Autor: angelo.oliveira
Fonesa e Senagri ocorreram na capital mineira de Belo Horizonte
A Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) participou, no período de 13 a 15 de junho, na capital mineira de Belo Horizonte, da reunião do Fórum Nacional dos Executores de Defesa Agropecuária – FONESA e do Seminário Nacional sobre os Insumos Agrícolas – SENAGRI. Na ocasião, a Diretora de Defesa Animal e Vegetal, Aparecida Andrade, representou a empresa que discutiu sobre os principais temas voltados para a defesa agropecuária nos estados, a exemplo da Influenza aviária, que foi o tema mais debatido no encontro.
Para os agricultores e produtores rurais, a novidade da 6ª edição do ‘Sergipe é aqui’ realizada nesta sexta, 16, em Nossa Senhora das Dores, foi o serviço de análise de solo viabilizado pela parceria entre Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) e Instituto Tecnológico e de Pesquisas do Estado de Sergipe (ITPS). O objetivo foi coletar amostras para análise e, com o resultado, recomendações serão feitas para os agricultores melhorarem suas plantações. Além desta novidade, a Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) se fez presente juntamente com suas vinculadas, para levar outras ações e serviços.
Durante toda a semana, uma equipe técnica da Emdagro visitou 30 propriedades de pequenos agricultores familiares no município, coletando amostras de solo, a fim de encaminhar para análise no ITPS, órgão delegado do Inmetro em Sergipe. “Essas amostras agora seguem para o ITPS analisar em seus laboratórios e definir as recomendações técnicas que devem ser adotadas pelos agricultores, a fim de melhorar o solo e, consequentemente, o plantio em suas lavouras”, explicou o diretor-presidente da Emdagro, Gilson dos Anjos. “A partir dessa análise é possível definir o que falta de nutrientes no solo e qual tipo de adubo e calcário a terra está precisando”, reforçou.
O agricultor Gildo Meneses, de 40 anos, ficou satisfeito em receber a equipe da Emdagro em seu sítio, no povoado Acensso, onde planta mandioca, milho e feijão. “Foi muito bom ter essa oportunidade, de analisar o solo de minha terra e saber como cuidar melhor dele”, disse.
Para o agricultor Fábio Santana, que há dez anos planta milho e cria gado no povoado Itaperoá, foi importante participar desse projeto. “Com o resultado dessa análise saberemos usar melhor os recursos que temos para tratar da terra, usando o adubo correto e, assim, garantindo uma melhor colheita no final”, atestou.
De acordo com o técnico agrícola da Emdagro, Gilberto Santana, a coleta de amostras de solo atende a uma série de critérios previamente estabelecidos. “A maioria dos agricultores visitados não vislumbra a importância dessa atividade, então fazemos também um trabalho educativo, demonstrando a importância de conhecer o solo onde plantam, para fazerem o uso correto de adubos e fertilizantes”, enfatizou.
Entrega de certificados
Outro serviço oferecido pela Seagri, por meio da Emdagro, no ‘Sergipe é aqui’, foi a emissão e entrega do Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF). A agricultora Maria Aparecida dos Santos, do povoado Acensso, na zona rural de Dores, veio ao Colégio Estadual General Calazans para receber seu CAF. “É um documento que todos nós agricultores familiares precisamos ter e foi de grande importância para minha aposentadoria”, disse a produtora rural, que é viúva e tem três filhos.
O casal Marleide Alves e José Renilson de Souza Dantas, que possui um sítio no povoado Mundo Novo, em Dores, também esteve no local para receber o documento da Emdagro. “Com o CAF em mãos, a gente consegue acesso a um empréstimo no banco para investir em nossa roça e colocar outros projetos pra frente”, disse o agricultor, que planta mandioca, feijão, entre outras culturas, e agora vai investir também na criação de gado de corte.
A medida visa coibir o trânsito de mudas clandestinas em Sergipe.
As mudas cítricas têm papel de destaque na cadeia produtiva do estado e tem recebido manutenção do status fitossanitário de ‘livre de pragas quarentenárias’ dos citros. Para manter a proteção dos pomares sergipanos, a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca, tem intensificado as fiscalizações sobre o transporte e comércio dessas mudas. A medida visa coibir a prática ilegal das já conhecidas mudas clandestinas que não possuem origem definida, uma vez que os materiais usados na produção delas não possuem certificação fitossanitária e apresentam alto o risco de estarem contaminados com pragas e doenças.
Além da realização de “blitz” em rodovias federais e estaduais, principalmente na região centro-sul do Estado, a equipe da fiscalização agropecuária da Emdagro tem intensificado os trabalhos na divisa com o estado da Bahia e feiras livres dos principais municípios sergipanos produtores de citros. “Mudas cítricas clandestinas são produzidas fora de ambiente protegido, utilizando como substrato o próprio solo e sem nenhum tipo de certificação, não garantindo ao produtor a origem genética e, tampouco, a isenção de pragas e doenças”, é o que observa a diretora de Defesa Animal e Vegetal da Emdagro, Aparecida Andrade.
Segundo ela, o HLB Greening é um exemplo de doença extremamente perigosa para a citricultura brasileira e uma ameaça à citricultura mundial. “Essa doença pode atingir todas as variedades e espécies de citros e não há medidas de controle capazes de eliminá-la completamente”, alertou a diretora. Ela reforça que a Emdagro sempre orienta a aquisição de mudas cítricas certificadas, ou seja, que são produzidas em viveiros telados, utilizando substrato livre de patógenos, com identidade genética livre de pragas e doenças, e obedecem a padrões estabelecidos em normatização federal.
Outras doenças
Outras doenças bastante importantes para a cultura são o cancro cítrico e a leprose. A primeira, por exemplo, afeta todas as espécies e variedades de citros de importância comercial. Os impactos desta doença estão relacionados à desfolha de plantas, à depreciação da qualidade da produção, pela presença de lesões em frutos, à redução na produção pela queda prematura de frutos e à restrição da comercialização da produção para áreas livres da doença.
Já a leprose é uma das principais doenças da citricultura e atinge, principalmente, laranjeiras doces. Nos frutos as lesões geralmente são rasas e necróticas, distribuídas por toda a superfície. Nos frutos verdes, observa-se um halo amarelo em torno da lesão e, à medida que ele amadurece, as lesões se tornam escuras e pouco deprimidas.
Laticínio Milk Vida, em Porto da Folha, recebeu a visita da equipe técnica da Emdagro.
Um trabalho importante desenvolvido pela Emdagro é a regularização dos estabelecimentos de produção de queijo para a obtenção do Serviço de Inspeção Estadual (SIE) dos produtos de origem animal, na qual tem sua qualidade sanitária avaliada. Essa ação garante que a produção de alimentos esteja apta ao consumo e permite a comercialização destes produtos entre os diversos municípios Sergipanos. Exemplo dessa realidade, o Laticínio Milk Vida, localizado no Povoado Junco, em Porto da Folha, de propriedade de Carlos José Soares, recebeu, na última semana, a visita técnica da equipe da Emdagro para acompanhamento das orientações demandadas pelo Serviço de Inspeção de Produto de Origem Animal, para a emissão do SIE.
A vistoria foi realizada conjuntamente com os técnicos da Emdagro da Inspeção e Engenharia e técnicos da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), que discutiram os aspectos técnicos construtivos, as alterações detalhadas dos projetos arquitetônicos, hidráulicos e sanitários em comparação com os aspectos executivos checados com as normas técnicas. “As discussões se estenderam sobre a operacionalidade do empreendimento, considerando o fluxo de produção, armazenamento, conservação e expedição, além das medidas sanitárias implantadas com a participação da equipe técnica do empreendimento”, comentou a coordenadora da inspeção de produto de origem animal, a médica Veterinária da Emdagro, Tâmara Roxana.
De acordo com a diretora de Defesa Animal e Vegeta da Emdagro, Aparecida Andrade, as visitas técnicas multiprofissionais são importantes para orientar os produtores a conquistarem novos mercados através da certificação do SIE. “Importante enfatizar que é indispensável a regularização dos estabelecimentos, pois aqueles que não possuem o registro são considerados clandestinos, podendo ter seus produtos apreendidos e destruídos pelas autoridades competentes” esclarece.
Com os desafios que vêm encontrando e suas conquistas e sonhos sendo realizados, o produtor José Carlos Soares, proprietário do Laticínio Milk Vida, não esconde o orgulho de está próximo de conseguir o selo do Serviço de Inspeção Estadual (SIE). “Há menos de 10 meses o projeto que fizemos era para uma fábrica de até 2 mil litros/dia, mas depois de conseguir um bom negócio com a aquisição da antiga instalação da Coopeagril, situada em Porto da Folha, solicitei ao engenheiro para alterar o projeto para uma indústria de capacidade de até 20 mil litros/dia. Por isso, nossa gratidão a toda a equipe técnica da Emdagro e Seagri pela visita realizada. Agradeço também o governador Fábio Mitidieri pela preocupação com a geração de emprego e renda no Estado. É a realização de um sonho em poder vender meus produtos legalizados direitinho e para todo Sergipe, e , quem sabe além fronteiras”, destacou o produtor.
Produtores de qualquer município que tenham interesse em participar desse programa devem procurar um escritório da Emdagro, levando documentação específica
Melhorar geneticamente o rebanho bovino de Sergipe é uma das metas do Governo do Estado. Para alcançar esse objetivo, uma das principais ações tem sido a realização do programa Mais Pecuária Brasil, de Inseminação Artificial por Tempo Fixo (IATF). Realizado pela Confederação Nacional de Agricultores e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer), em todo o país, o programa é coordenado em Sergipe pela Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), por meio da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), e já começou a render frutos. Nesta semana, nasceram no município de Itabi, no médio sertão, as duas primeiras bezerras resultados da inseminação feita em agosto do ano passado. O processo ocorreu na fazenda Bacurada, do produtor Orlando Meneses Neto, localizada no povoado Boa Hora.
Com foco em rebanhos de pequenos produtores, o programa IATF teve um percentual de prenhez de 55% das 402 matrizes inseminadas em 2022 no Estado de Sergipe. Além de Itabi, também foram contemplados os municípios de Amparo do São Francisco, Nossa Senhora de Lourdes, Lagarto, Monte Alegre, Nossa Senhora da Glória, Poço Verde e Porto da Folha. De acordo com a médica veterinária Izildinha Dantas, coordenadora de Pecuária da Emdagro, esse é um índice percentual considerado bom.
“Os técnicos da Conafer têm elogiado esse resultado. Em breve, também teremos bezerros de Nossa Senhora de Lourdes, onde a IATF ocorreu no dia subsequente à de Itabi”, disse, destacando que o programa tem resultados em produção e produtividade muito significativos, com alta qualidade genética, como constatado a partir dos animais de Itabi.
Para ser atendido pelo programa, o beneficiado precisa ser produtor familiar, com rebanhos de até 50 vacas e instalações mínimas (brete) para contenção dos animais. Estes precisam ser vacinados contra brucelose e febre aftosa, vermifugados, descarrapatizados e mineralizados. “A aceitação ao programa IATF é grande, mas ainda percebemos uma certa dificuldade de atendimento aos requisitos. Por outro lado, é muito gratificante para nós, que participamos do trabalho, ver a alegria dos produtores que já foram contemplados em outros projetos quando nascem os produtos desse trabalho de inseminação”, destacou Izildinha.
É o caso do pequeno produtor José Lima Júnior, mais conhecido na região de Poço Redondo como Najo Cachimbeiro. Com um plantel de 38 cabeças de gado, ele realizou pela primeira vez a inseminação apenas como produtor. Das duas vaquinhas inseminadas, uma deu cria. Há pouco mais de um ano, José Lima participou de um treinamento para capacitação de novos inseminadores, promovido pelo Governo do Estado, por meio da Seagri e da Emdagro, em parceria com a indústria de Laticínios Betânia. Ele próprio inseminou seus animais. “Estou muito satisfeito pelo resultado positivo. Das 13 fêmeas que inseminei, nove ficaram prenhes. Agora, é só esperar o período certo para o nascimento dos bezerrinhos”, comemorou o produtor, que reside em um território quilombola, no povoado Serra da Guia.
Segundo o secretário de Estado da Agricultura, Zeca Ramos da Silva, com o IATF, o Governo de Sergipe cumpre um papel de indutor de desenvolvimento da cadeia produtiva do leite, economicamente importante para o estado. “Os projetos visam dar mais sustentabilidade à cadeia do leite em Sergipe, com o aumento da produção de leite e da produtividade.Isto deve ocorrer em consequência da participação de animais provados geneticamente, através do uso de uma tecnologia mais avançada para o pequeno produtor”, comentou.
Meta para 2023
O diretor de Assistência Técnica e Extensão Rural da Emdagro, Jean Carlos Nascimento, observa que a previsão para 2023 é fazer a inseminação de 500 a 600 animais, atendendo tanto à pecuária de leite como à de corte. “Até o momento, já temos 15 produtores cadastrados, e um número de 181 vacas selecionadas. A ação ocorrerá nos municípios de Boquim, dia 21 de junho, e Riachão do Dantas, dia 3 de julho”, declarou, frisando que o programa está disponível para todos os municípios, desde que os produtores atendam os requisitos. O diretor informou ainda que o produtor de qualquer município que tenha interesse em participar deve procurar um escritório da Emdagro munido de documento pessoal (RG, CPF ou CNH), comprovante de residência, documento da propriedade e declaração de vacinação contra aftosa e brucelose.
“Em 2023, esperamos ultrapassar a meta do programa, com a inseminação de animais das raças holandesa, gir leiteiro, girolando e guzerá, para rebanho de leite. Para rebanho de corte, pretendemos inserminar animais das raças Nelore, Brasford, Brangus, Polled Hereford e Angus”, reforçou Jean Carlos, ao explicar que as raças são escolhidas pelo produtor. Para tanto, é necessária a orientação de um técnico da Emdagro, que verifica a genética existente na propriedade, a disponibilidade de alimentos e o tipo de manejo, entre outros aspectos.
Há 27 anos como zona livre da febre aftosa com vacinação, Sergipe agora está em vias de obter também o certificado de zona livre da doença sem vacinação. Para isso, o menor estado da federação precisa estar preparado para qualquer tipo de emergência. Diante dessa realidade, a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) estará realizando, no período de 27 a 31 de março, o primeiro simulado de atendimento à suspeita de febre aftosa, com o objetivo de treinar médicos veterinários em respostas rápidas e efetivas às possíveis ameaças da doença.
O simulado conta com o apoio e metodologia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e está dividido entre aulas teóricas e práticas, que acontecerão em dois momentos. As aulas teóricas serão realizadas em Aracaju, nos dias 27 a 29 e as aulas práticas, nos dias 30 e 31, no município de Lagarto, região centro sul de Sergipe. Serão abordados temas como a implementação das ações do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PNFA), a situação epidemiológica na América do Sul, os aspectos clínicos e epidemiológicos da doença no mundo e, na parte prática, um simulado de campo, em quatro propriedades já definidas.
De acordo com a diretora de Defesa Animal e Vegetal da Emdagro, Aparecida Andrade, o treinamento é de fundamental importância para o processo de retirada da vacina contra a febre aftosa no Estado. “O simulado tem como objetivo fortalecer os conceitos a respeito da epidemiologia, vigilância e ocorrência da febre aftosa. Também sobre os procedimentos a serem aplicados em cada uma das fases de investigação, de uma suspeita de doença vesicular, no atendimento de animais, colheita de material, biossegurança e fase de alerta dos casos suspeitos e prováveis de doença vesicular”, explicou.
O diretor-presidente da Emdagro, Gilson dos Anjos, vê com muita expectativa toda essa movimentação de retirada da obrigatoriedade da vacinação, nos próximos anos, em Sergipe. “Com a realização do simulado, o estado demostrará ao Ministério da Agricultura que estará preparado para a retirada obrigatória da vacinação contra a febre aftosa. Por meio dessa ação, teremos a oportunidade de treinar os médicos veterinários do serviço oficial da empresa, naquelas ações que devem ser tomadas, diante de uma situação real de emergência sanitária”, frisou.
Neste 8 de março, quando se comemora o Dia Internacional da Mulher, muito tem o que se destacar pelo protagonismo da mulher no desenvolvimento do setor agrícola, em Sergipe. Além do cuidado com a família, elas se destacam na produção de alimentos, na criação de animais, produção de artesanato, no plantio desde a semeadura até a colheita de forma sustentável e ainda são exemplos como guardiãs da biodiversidade. As mulheres trabalhadoras rurais também têm conquistado maior visibilidade e reconhecimento de seu papel na segurança da renda familiar.
O trabalho permanente de assistência técnica e extensão rural desenvolvido pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) e de sua vinculada, a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), vem motivando as mulheres trabalhadoras do campo a avançarem ainda mais em seu trabalho diário a exemplo de ações como horta comunitária com abordagem sustentável, assistência à criação de animais como ovinocaprinocultura e avicultura, artesanato e a aplicação de método monitoramento com as cadernetas agroecológicas.
Ferramenta metodológica criada para facilitar e ajudar no dia a dia da trabalhadora rural, as cadernetas agroecológicas contribuem para o entendimento de que a produção agrícola não lhe traz apenas uma renda complementar, e sim essencial. “Nelas as mulheres agricultoras anotam a produção obtida, considerando os produtos que consomem, vendem, trocam ou fazem doação, o que tem contribuído muito para mensurar o empoderamento econômico dessas trabalhadoras rurais, assim como tem feito a conexão com diversas políticas públicas”, observa Abeaci dos Santos, gestora de Organização e Desenvolvimento Social da Emdagro.
“A ferramenta auxilia especialmente na Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, a exemplo quando se discute as formas de aproveitamento dos alimentos, os desperdícios no momento da colheita e do transporte, do acondicionamento dos produtos e ainda a preocupação com o alimento seguro e livre das práticas intolerantes ambientais”, ressaltou.
Abeaci explica que, a partir da abertura e apoio oportunizado pela Constituição Federal de 1988, observou-se que as mulheres trabalhadoras rurais começaram a participar de diversas organizações, fortalecendo ainda mais suas lutas, em busca da ampliação de oportunidades de trabalho e renda, e contribuindo de forma mais concreta com o crescimento e desenvolvimento de suas comunidades, seus municípios e do próprio país.
“Foi durante esse processo que ocorreu a inserção das mulheres, de forma definitiva, nos espaços produtivos, nos mercados e na comercialização dos produtos, fato que caracteriza uma coisa que chamamos de Negócio Agrícola, visto que as mulheres passaram a entender que era possível dar um rumo diferenciado às suas atividades produtivas”, destacou Abeaci. “Também devemos considerar o manejo sustentável dos recursos naturais, que é uma marca importante da base econômica das mulheres e com isso, elas vão ganhando notoriedade”.
A produtora rural Ângela Maria de Jesus Feitosa, de 56 anos, fala com orgulho de tudo que conquistou na agricultura até hoje. Natural de Aquidabã, é a segunda do total de nove filhos, de um casal de agricultores, e mãe de duas filhas, criadas e educadas graças à força e perseverança de seu trabalho na terra, conforme ela faz questão de ressaltar. “Tenho uma filha engenheira florestal, formada pela Universidade Federal de Sergipe e a mais nova também já cursando a faculdade e isso se deve ao meu esforço, juntamente com meu marido, em nosso pedaço de terra, onde plantamos desde hortaliças a batatas, mandioca, feijão, inhame, macaxeira, entre outras culturas, sempre observando e respeitando o meio ambiente”, disse a agricultora que planta e comercializa seus produtos na Colônia Treze, município de Lagarto. “Devo muito do que conquistei até hoje à Emdagro, por ter me dado o conhecimento necessário, por meio de cursos e tecnologias apresentadas que me ajudaram muito a chegar até aqui”, ressaltou Ângela.
Encontro no Dia da Mulher
Para marcar o Dia das Mulheres com as mulheres do campo, a Seagri, por meio da Emdagro, realiza encontro com as trabalhadoras rurais da comunidade Piragi, município de Capela. Na oportunidade será feita uma avaliação sobre as ações já realizadas e debate com as agricultoras sobre “Diversificação de Cultura”. A comunidade já é atendida com o projeto de horticultura, com distribuição de sementes de hortaliças.
O estado de Sergipe ganhou mais um novo abatedouro frigorífico. Com investimento de R$ 12 milhões e capacidade para abater 300 animais por dia, foi inaugurado, nesta segunda-feira (05), a mais nova filial do Frigorífico D’ Matta, no município de Lagarto. Durante visita às instalações, o governador Belivaldo Chagas entregou à empresa, o Certificado do Serviço de Inspeção Estadual – SIE, emitido pela Emdagro, autorizando o funcionamento do local.
“Fico feliz em ver que a gente vai ter a reabertura já a partir dessa semana, do Frigorífico D’Matta, que vem atuar aqui no município. Depois das devidas adaptações, aqui vai ter condições de abater 300 bois por dia. Graças a Deus, um grupo privado, que já tem expertise no estado da Bahia, está investindo nesse frigorífico, para que a gente tenha uma carne de qualidade e totalmente fiscalizada, sem nenhum problema. Fico feliz, está aí a resposta de quem tem compromisso. Tudo foi feito em parceria com a iniciativa privada, com a Prefeitura de Lagarto e o Estado acompanhando naquilo que cabia. Portanto, é mais desenvolvimento industrial para Sergipe”, pontuou o governador Belivaldo Chagas.
Com anos no ramo de matadouro, o Frigorífico D´Matta, do empresário Valdomiro de Jesus Silva, possui sua matriz no município de Ribeira do Pombal, Bahia, e implantou, com recursos próprios, uma filial no município sergipano de Lagarto, com o intuito de atender a todo o estado, especialmente as regiões do Centro Sul e Sul.
De acordo com a sócia administrativa da empresa, Bianca Pimentel, a vinda para o estado se deu pela perspectiva de ampliação do mercado. “A gente é uma empresa privada com 15 anos de experiência. Quando surgiu a possibilidade da licitação, a gente agarrou com todas as forças e, desde então, são praticamente quatro anos de luta para que a gente pudesse abrir aqui. A gente visa proporcionar geração de emprego não somente para Lagarto, mas para todo o estado de Sergipe – cerca de 300 empregos, diretos e indiretos -, e garantir, para toda a população sergipana, uma carne bovina de qualidade, inspecionada. Vamos começar com bovinos, mas acredito que, daqui para frente, a gente pode amadurecer a ideia de abater outras espécies animais, como caprinos, ovinos e suínos também”, disse.
Certificação e fiscalização
Por meio da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), através do Serviço de Inspeção Estadual – SIE, o Estado orienta o empreendimento para a preservação da saúde pública, assegurando a inocuidade alimentar ao garantir a integridade dos produtos, coibir o abate clandestino, além de ampliar o mercado para produtos de origem animal e contribuir para que os estabelecimentos atendam a legislação vigente.
A fiscalização e certificação para frigoríficos no processamento de produtos de origem animal processados em frigoríficos tem como objetivo garantir à população a segurança de que esses produtos serão elaborados de forma segura, sem risco de ocasionar doenças transmitidas por alimentos.
“A Emdagro tem acompanhado desde a implantação, do início da construção, que é para garantir que o estabelecimento estivesse apto para fazer esse trabalho de abate. E, com o abate seguro, com o estabelecimento bem estruturado, oferta-se segurança alimentar, porque o abate é feito dentro das normas federais e estaduais, garantindo que a população adquira e consuma produtos e subprodutos animais com segurança. Outra coisa importante é que vai diminuir bastante o abate clandestino. E aqui, como tem toda essa estrutura, é um local que oferece a segurança de um produto livre de doença, qualquer situação que possa comprometer o consumidor”, declarou a diretora de Defesa Animal e Vegetal da Emdagro, Aparecida Andrade, ressaltando a importância do empreendimento para pecuária do estado.“ Esse é o quarto abatedouro frigorífico do estado de Sergipe – temos dois em Itabaiana e um em Propriá. Para o estado, é importante, significa um avanço na pecuária, porque os criadores de Lagarto e de toda a região agora têm onde abater. Então é um ganho importante tanto para os criadores quanto para os consumidores”.
Empregos
Vislumbrando o aquecimento da economia, a prefeita de Lagarto, Hilda Ribeiro, ressaltou a importância do empreendimento para a região.
“É um dia de muita alegria para todos nós. Um caminho vitorioso, graças a Deus e ao governo do Estado, que deu todo o apoio para que hoje a gente estivesse aqui, com o Frigorífico D´Matta sendo aberto e inaugurado no nosso município, trazendo mais de 300 empregos, de forma direta e indireta, para o nosso povo. Temos aqui em Lagarto, mais de 300 marchantes que precisavam muito que esse abatedouro fosse aberto. Com este abatedouro, eles não precisarão ir para fora, o que encarecia o seu trabalho. Então, hoje eu acredito que seja um sonho realizado para cada um deles. Vai potencializar ainda mais a nossa economia, trazendo emprego e gerando renda para o nosso povo”, destacou.
Já para o estoquista Robson Pereira dos Santos, a expectativa é de crescimento profissional com nova oportunidade de trabalho. “Antes de ser chamado para trabalhar estava fazendo apenas bicos, então estou muito esperançoso por retornar ao trabalho com carteira assinada”, comemorou.
*Matéria produzida pela Superintendência Especial de Comunicação
*Ao todo 52 projetos encontram-se na Emdagro em vias de regularização.
Com o objetivo de legalizar as queijarias de pequeno porte em Sergipe, o Governo do Estado, através da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca, e Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) realizou, no último dia 12, a entrega do Certificado do Serviço de Inspeção Estadual (SIE) para o Laticínio Aragão, localizado no município de Aquidabã. Com a certificação, o laticínio já pode comercializar seus produtos em supermercados, delicatessen, mercearias e pizzarias pois os consumidores passam a ter mais um atestado da qualidade dos produtos. A entrega foi realizada pelo Presidente da Emdagro, Jefferson Feitoza de Carvalho, juntamente com a Diretora de Defesa Animal e Vegetal, Aparecida Andrade, dos Coordenadores de Desenvolvimento Rural e de Inspeção Agropecuária, Ary Osvaldo Bomfim e Francisco Ronaldo Teles Cavalcanti, respectivamente.
Durante a entrega, o presidente destacou a importância da certificação, que garante ao queijeiro novos horizontes comerciais, e o trabalho da Emdagro nesse processo de regularização. “Essa é a consolidação de todo um processo de trabalho que a Emdagro vem desenvolvendo em relação à regularização das queijarias em Sergipe. A assistência técnica e extensão rural contribuiu desde o início do processo com orientação de como fazer a planta e de como pedir a licença simplificada junto a Adema, além do acompanhamento dos procedimentos legais para essa regularização, das boas práticas de fabricação, da articulação com os fornecedores de leite da região, onde se busca agora assegurar a qualidade dos produtos que ele produz. O laticínio Aragão, a partir dessa certificação, já pode concorrer com outros laticínios, inclusive, os de grande porte”.
Para o empreendedor José Aragão Santos Júnior o segredo é dedicação e acreditar que sempre é possível. “Esse certificado é um troféu em minha vida. Quero agradecer muito o empenho da Emdagro e dizer que hoje estou dando um novo rumo em meu negócio porque muitas portas serão abertas para o comércio e a oportunidade de oferecer um produto de qualidade para os consumidores. Muitos me diziam que não conseguiria essa certificação e eu acreditei e segui em frente com o apoio da Emdagro para muitos verem que o sonho é possível”, disse.
O Serviço de Inspeção Estadual (SIE) busca legalizar as agroindústrias no estado. Por meio da certificação, os pequenos produtores passam a negociar o produto com certificado de garantia de sanidade, e que pode ser vendido em qualquer estabelecimento, agregando valor e qualidade de procedência.
“Todo laticínio que não tem o Serviço de Inspeção Estadual é considerado clandestino, irregular e fica passível de ser abordado a qualquer momento pelos fiscais agropecuários, podendo ser fechado e seus produtos apreendidos, porque essa situação é de saúde pública e a venda de produtos sem inspeção é terminantemente proibida em qualquer local, diferentemente dos demais que ainda não estão regularizados, porque são passíveis de interferências do próprio Ministério Público, Vigilância Sanitária, da Emdagro podendo ser fechado a qualquer momento”, comentou a Diretora de Defesa Animal e Vegetal da Emdagro, Aparecida Andrade.
Segundo ela, “existem 52 laticínios que já se encontram com seus projetos aprovados na Emdagro, ou seja, estão em fase de regularização, principalmente, no município de Glória e Aquidabã, e faltam apenas os queijeiros executarem suas obras. Em seguida, eles deverão fazer o pedido de certificação de regularização aqui na Emdagro, assim como fez o Laticínio Aragão. E o fato dele ter recebido o certificado de inspeção vai estimular cada vez mais outros queijeiros que ainda não se regularizaram que venham se regularizar”, ressaltou a Diretora.
Além de contribuir para o desenvolvimento de variedades mais resistentes a pragas e mais produtivas, vai contribuir para a diversificação da fruticultura
A Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), por meio da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), implantou, em Boquim, uma unidade demonstrativa da cultura da banana. São cinco variedades em observação com objetivo de alcançar plantas mais produtivas e que sejam tolerantes a doenças.
A área experimental instalada equivale a 1,1 hectare e está localizada no povoado Punga, distante sete quilômetros da sede do município na propriedade do produtor Jéferson Júnior dos Santos. São 1.408 plantas distribuídas entre as variedades Banana Princesa, Banana da Terra Pacova, Banana Prata Pacoua, Banana Prata Gurutuba, Banana Prata Catarina.
De acordo com o secretário de Estado da Agricultura, Zeca da Silva, essa ação do Governo de Sergipe também contribui para a diversificação da fruticultura na região sul e para aumentar a produção do fruto. “Além de contribuir para o desenvolvimento de variedades mais resistentes a pragas e mais produtivas, essa iniciativa importante, implementada pela Emdagro, vai contribuir para a diversificação da fruticultura, visto que com a redução da área cultivada com laranja na região sul, esta pode ser mais uma alternativa econômica para os produtores”, pontua o secretário.
A responsabilidade técnica de implementação da unidade experimental é da Emdagro, que fornece as mudas e faz orientação técnica desde o plantio, aplicação de adubos e outros insumos, passando pelo desenvolvimento da planta até a colheita. A área é acompanhada de perto pelo engenheiro agrônomo e chefe da unidade regional da Emdagro em Boquim, Luiz Fernando de Oliveira, e pelo técnico e chefe local da empresa, Joetôneo Ferreira Neves. “É importante destacar que as variedades de banana têm um bom material genético que foram fornecidos pela Biofábrica do Sergipetec. A implantação de uma unidade produtiva com mudas de boa qualidade é um passo importante para se obter resultados positivos”, disse o técnico.
“A grande expectativa da Emdagro é de que ao longo de 18 meses, período de observação até a colheita, a área deixe de ser uma unidade de observação e passe a ser uma área de demonstração, replicando a experiência para centenas de produtores em todo o estado. O objetivo é doar as mudas de melhor qualidade, aprovadas na resistência às pragas e com boa produtividade e levar a tecnologia para o maior número de produtores”, complementou Ferreira Neves.
O produtor de bananas, José Cardoso da Hora, com o plantio de três tarefas de bananeiras no povoado Olhos D’água, em Boquim, é um dos que querem receber as novas variedades de banana. Ele conta que foi beneficiado pelo governo Estadual com o Programa de Avaliação da Fertilidade de Solos, que visa elevar a capacidade da produção agropecuária de forma sustentável ao pequeno produtor. “Os técnicos da Emdagro estiveram aqui, levaram amostra do solo e já me orientaram como fazer a adubação correta e como corrigir a acidez do solo. Isso vai ajudar muito na minha produção e, mais ainda, quando receber as novas mudas de bananeira”, contou José Cardoso.
Ele acrescentou que tem preferência pela variedade de Banana da Terra por ter melhor valor comercial. “Mesmo com essa variedade que já planto há muitos anos, consigo vender cerca de 400 bananas por semana, e tiro R$ 50,00 por um cento da Banana da Terra, já a Prata de R$ 8,00 a R$ 10,00 o cento. A banana-maçã também é bastante valorizada”, explica o produtor.
Produção de banana em Sergipe
Segundo dados do “Perfil da Agricultura em Sergipe 2019”, publicado pelo Observatório de Sergipe, a cultura da banana está entre os dez produtos agrícolas mais importantes do estado. Segundo esse documento, entre 2018 (22.859 toneladas) e 2019 (25.032 toneladas) houve um crescimento de 10% na produção. Com crescimento de 12% no valor de produção no comparativo de 2018 (R$ 27.952.000,00) e 2019 (R$ 31.205.000,00) dentre as culturas permanentes. Mesmo assim, a produção não atende à demanda estadual do fruto, necessitando comprar em outros estados do Nordeste.
Matéria produzida pela ASCOM/SEAGRI