Com recursos do Fomento Rural em parceria com o Governo do Estado, 86 trabalhadoras rurais do Quilombo Patioba viram suas realidades transformadas

Desde março do ano passado, 166 mulheres rurais, incluindo 86 quilombolas de Sergipe, têm suas vidas transformadas graças ao programa Ater Mulher. A iniciativa é uma parceria entre a Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), o Governo Federal, por meio dos Ministérios do Desenvolvimento Agrário (MDA) e do Desenvolvimento Social (MDS), com o Governo de Sergipe, por meio da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro). As mulheres quilombolas receberam suporte financeiro do Fomento Rural e assistência técnica para impulsionar suas atividades produtivas, promovendo autonomia econômica e desenvolvimento comunitário.

As 86 mulheres trabalhadoras rurais do Quilombo Patioba, em Japaratuba, por exemplo, são um símbolo do impacto do programa. As doceiras da comunidade criaram a Agroindústria Quilombola de Sergipe Mãe Zai, uma cozinha comunitária equipada com fornos industriais e infraestrutura moderna, possibilitada pelos recursos do fomento. Essa estrutura permitiu a ampliação da produção, aumento da renda e abertura de novos mercados.

Financiado pela Anater e pelo MDS, o Fomento Rural tem se mostrado uma ferramenta essencial para transformar a realidade das mulheres quilombolas. Além de oferecer recursos para melhorar a produção, ele contribui para a redução das desigualdades socioeconômicas e a valorização da cultura local.

Para o diretor de Ações Fundiárias da Emdagro, Marcelo dos Santos, o programa é um marco de transformação. “O Ater Mulher não apenas oferece suporte financeiro, mas também promove a autoestima e a independência das mulheres quilombolas, que agora enxergam possibilidades reais de crescimento e prosperidade”.

O diretor destaca ainda que, com foco na capacitação e no fortalecimento das produtoras rurais, o Ater Mulher tem estimulado a produção local em diversas áreas, como agricultura, pesca, mariscada, produção de doces e bordados. “Em seis quilombos sergipanos, mais de 600 mulheres participaram de cursos técnicos e práticos, adquirindo conhecimentos que impulsionam seus negócios e fortalecem as comunidades”, reforçou.

O papel estratégico da Emdagroomo responsável pela execução do programa em Sergipe, a Emdagro tem sido peça-chave no sucesso das ações. Por meio de assistência técnica e gestão local, a instituição garante que as mulheres quilombolas recebam o apoio necessário para aproveitar plenamente as oportunidades oferecidas pelo Ater Mulher.

“Ver os resultados do projeto nos motiva a continuar trabalhando para fortalecer a agricultura familiar e a identidade cultural dessas comunidades”, afirmou Marcelo dos Santos.

Impactos e perspectivas

O sucesso do programa destaca a importância de políticas públicas que combinem capacitação técnica com investimento financeiro. O impacto nas comunidades quilombolas reforça a necessidade de expandir iniciativas como o Ater Mulher, garantindo que mais mulheres possam conquistar autonomia e qualidade de vida.O projeto, promovido pelo Governo de Sergipe por meio da Emdagro, continua a transformar histórias e fortalecer o papel das mulheres como protagonistas de suas comunidades. Com mais fomento e capacitações, o Ater Mulher segue pavimentando o caminho para um futuro mais inclusivo e sustentável.

Na tenda da Seagri, empresas vinculadas levaram informações e realizaram atendimentos aos agricultores familiares

O programa de governo itinerante ‘Sergipe é aqui’ chegou nesta quinta-feira, 23, a Neópolis, na região do baixo São Francisco, para realizar sua 38ª edição. Conhecida como a “Capital Sergipana do Frevo”, a cidade também se destaca pelo grande potencial agrícola e por abrigar o Distrito de Irrigação Platô, uma estrutura física pública que compõe o patrimônio do Governo do Estado. Neste dia de atendimentos e serviços administrativos e sociais voltados à população local, a Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) mais uma vez esteve presente, com suas empresas vinculadas (Coderse, Emdagro e Pronese) levando informações e realizando atendimentos público aos agricultores familiares.

O estande da Agricultura recebeu muitos visitantes atraídos pela distribuição de 50 mudas frutíferas, cuidadosamente preparadas pela Emdagro. No local também foi feito o encaminhamento de 70 amostras de solo para análise pelo ITPS, e entregues 15 carteiras de Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAFs). Técnicos da empresa estavam a postos para prestar informações sobre emissão da carteirinha, cadastramento de pequenos produtores para vacinação de animais contra a Brucelose e Clostridiose, cadastramento para inseminação artificial em bovinos, ovinos e caprinos, e regularização fundiária.

Anair Queiroz e Claudemiro dos Santos estiveram presentes e passaram na tenda da Agricultura, garantindo mudas de graviola. Eles têm um sítio nos arredores de Neópolis, onde plantam várias fruteiras. “Não sou agricultora, mas amo plantar e amo graviola. Saber que hoje estou satisfazendo essas duas paixões, não tem preço. Agradeço à Emdagro por nos dar oportunidade de contribuir com o meio ambiente, plantando mudas em casa, e realizar um sonho”, ressaltou Anair.

Já Claudiane Silva Ferreira recebeu sua carteirinha de agricultora familiar, e planeja novos horizontes com o CAF. “É a primeira vez que faço meu cadastro e vim hoje aqui no estande da Agricultura para pegar meu documento. Ele representa uma conquista para nós, porque a gente vive da agricultura, e com o cadastro muitas coisas boas virão”, comemorou a moradora do povoado Sítio São José.

No município de Neópolis, a Emdagro assiste a 352 agricultores familiares e vacinou, durante a semana de realização do governo itinerante, 25 animais contra a brucelose. Em 2024, o município recebeu quatro toneladas de sementes de milho, beneficiando 400 agricultores, e 70 toneladas de arroz, que ajudaram 693 rizicultores. As sementes fazem parte do Programa Estadual Sementes do Futuro.

Outro programa que recebe o apoio da Emdagro é o ‘Mão Amiga Cana de Açúcar’, que beneficiou 65 trabalhadores em 2023 e 70 em 2024.

Coderse em Neópolis

Durante o ‘Sergipe é aqui’, a Coderse fez uma exposição de itens produzidos no Platô de Neópolis. A área, que fica a 9 quilômetros da sede do município, é dividida em 41 lotes e ocupada por 40 empresários agrícolas (concessionários). A estrutura é administrada pela Associação dos Concessionários do Distrito de Irrigação do Platô de Neópolis (Ascondir), que possui concessão pública para cultivar a terra e operar o sistema.

Patrimônio da Coderse e administrado pelos seus concessionários, o Platô de Neópolis produziu quase 160 mil toneladas de frutas, mais de 51 milhões de cocos e 1.900.000 m² de grama ornamental e esportiva durante o ano de 2024. Os 41 lotes, sob cessão gerida pela companhia do Governo do Estado, geraram 3.500 empregos diretos.

A Coderse expôs ainda a maquete de uma Unidade de Produção de Água Dessalinizada do Programa Água Doce. Técnicos da companhia estiveram no local prestando informações sobre a locação, perfuração, limpeza e teste de vazão em poços comunitários, além de informar sobre a instalação, manutenção e recuperação de sistemas simplificados de abastecimento de água.

Em 2024, a Coderse perfurou e fez limpeza com teste de vazão em novo poço para atender às cerca de 130 pessoas que vivem no Assentamento 1º de Maio, com a produção de 1.127 litros de água por hora e investimentos de R$ 67.023,75, com recursos dos governos Federal e Estadual.

Por: Seagri

Com o suporte da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe, o produtor orgânico Adelson Fonseca inaugura a casa do mel com capacidade de beneficiar anualmente 1,3 mil quilos de mel

Começou a operar nesta segunda-feira, 20, a Casa de Mel do produtor orgânico Adelson Fonseca, conhecido como Seu Delson, no município de Campo do Brito. O empreendimento é um marco para a apicultura da região, oferecendo uma estrutura que atende às exigências legais e garante a qualidade do mel produzido. Assistido pela equipe do escritório da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) de Itabaiana, Seu Delson é certificado na produção orgânica de frutas e hortaliças e integra a Cooperativa de Produtores Orgânicos de Garangau. Agora, ele também se destaca como apicultor, produzindo mel de abelhas com ferrão e sem ferrão. Tudo isso é fruto de um trabalho que começou com o reflorestamento de sua propriedade há três anos, realizado com o apoio técnico da Emdagro, que ofereceu assistência técnica e doou 1,8 mil mudas nativas e frutíferas.

A casa de mel, construída com recursos próprios do produtor, tem capacidade de beneficiar aproximadamente mais de 1,3 mil quilos de mel por ano, a depender da florada e do clima, e é a única com essa estrutura na região. Além de beneficiar a produção de Seu Delson, o espaço estará disponível para outros três apicultores vizinhos.

O projeto foi elaborado pelo engenheiro civil Hugo Rocha, da Emdagro, garantindo conformidade com todas as exigências sanitárias e estruturais. Segundo ele, o trabalho foi pensado para valorizar os pequenos produtores da região. “É gratificante participar de um projeto que não só impulsiona a economia local, mas também contribui para uma apicultura sustentável e regularizada. A casa de mel é um exemplo de como iniciativas bem planejadas podem transformar a vida dos produtores”, destacou Hugo.

Como a elaboração e execução do projeto obedeceu às exigências legais, seu Delson já deu início ao processo de regularização de sua agroindústria junto ao Serviço de Inspeção Estadual (SIE) da Emdagro, um passo essencial para a comercialização de seu mel.

Para o produtor, o apoio da Emdagro foi fundamental para concretizar o projeto. “A Emdagro foi essencial em cada etapa, desde as orientações para o reflorestamento até a elaboração da planta da casa de mel. Eu só tenho a agradecer pela orientação e pelo suporte que recebi”, celebrou Delson.

A iniciativa prevê a transferência de recursos financeiros no valor total de R$ 4.600,00 para cada beneficiário

Com o objetivo de impulsionar a geração de trabalho e renda no meio rural e enfrentar a pobreza e a insegurança alimentar e nutricional, o Governo do Estado, através da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), por meio da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (EMDAGRO), deu início ao cadastramento de famílias no Programa Fomento Rural no município de Boquim.

A iniciativa prevê a transferência de recursos financeiros no valor total de R$ 4.600,00 para cada beneficiário, que serão investidos em atividades produtivas previamente planejadas e aprovadas no sistema do Governo Federal.

Na manhã desta terça-feira (14), o programa foi oficialmente lançado na residência da produtora de plantas ornamentais Benalva de Menezes, uma das beneficiárias, marcando a entrega simbólica do benefício às primeiras 11 famílias aprovadas. Durante o evento, foram apresentadas informações e orientações sobre as etapas do programa.

O cadastramento teve início entre novembro e dezembro de 2024, no povoado Miguel dos Anjos, em Boquim, e abrange famílias que desenvolverão uma variedade de atividades produtivas, como criação de galinhas, cultivo de plantas ornamentais, serviços de borracharia, bar e restaurantes, lanchonetes, confeitaria, salão de beleza, revenda de cosméticos e semijoias, entre outras.

Jean Carlos Nascimento, Diretor de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa (DIRATERP), destacou a relevância da ação para a transformação social no campo. “Esse programa não é apenas sobre repasse de recursos, mas sobre transformar vidas no meio rural. As famílias beneficiadas terão a oportunidade de investir em atividades que não só geram renda, mas também resgatam a dignidade e promovem o fortalecimento econômico das comunidades rurais. É um trabalho que reforça o compromisso do Governo do Estado com o desenvolvimento sustentável.”

A iniciativa é uma demonstração do esforço conjunto da Emdagro, Seagri e Governo do Estado para criar oportunidades e fomentar o protagonismo das famílias rurais em Sergipe.

Reunião alinha medidas de prevenção contra a influenza aviária e garante retorno seguro dos eventos no Estado

A Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (EMDAGRO) realizou, na manhã desta terça-feira (14), uma reunião estratégica com o objetivo de reforçar as medidas de biosseguridade para a realização de torneios de aves no estado. O encontro, que aconteceu na sede da empresa, em Aracaju, contou com a presença do Presidente Gilson dos Anjos, da Diretora de Defesa Animal e Vegetal, Aparecida Andrade, e representantes das Associações de Ornitologia responsáveis pela organização dos eventos.

Os torneios de pássaros, populares em Sergipe, são eventos que atraem criadores e admiradores, com competições que avaliam o canto e as plumagens das aves. Entretanto, em razão da atual situação zoossanitária, com foco na prevenção contra a Influenza Aviária, o reforço nas medidas de segurança tornou-se essencial. “A reunião foi bastante produtiva, pois alinhamos com os representantes das associações as orientações necessárias para que os eventos sejam realizados com total segurança. O cumprimento das normas é imprescindível para evitar futuras suspensões e garantir a saúde das aves e dos participantes”, destacou Aparecida Andrade.

De acordo com a Portaria EMDAGRO nº 23/2024, o retorno dos torneios foi permitido mediante o cumprimento de rígidas regras de prevenção. Entre as medidas estão a obrigatoriedade de controle sanitário das aves, a desinfecção dos ambientes e o cumprimento dos protocolos estabelecidos no plano de biosseguridade.

O Presidente Gilson dos Anjos reforçou a importância da colaboração de todos os envolvidos. “A Emdagro está comprometida com a segurança sanitária e com a preservação da cultura dos torneios de pássaros. Contamos com o apoio dos criadores para seguir as orientações e assegurar a continuidade dos eventos no estado”.

A Emdagro segue monitorando a situação zoossanitária e disponibiliza canais de comunicação para orientação e esclarecimento de dúvidas aos criadores e organizadores. A parceria entre as entidades públicas e os criadores é fundamental para a preservação da tradição dos torneios e a proteção da avicultura sergipana.

Experiências exitosas têm se espalhado pelo estado mostrando a viabilidade do projeto

A Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) está mudando vidas em todo o estado com a instalação de 159 hortas ao longo de 2024. Este trabalho tem como objetivo promover segurança alimentar e garantir uma alimentação saudável para pequenos agricultores e suas famílias, através de um planejamento sazonal que potencializa os períodos de cultivo.

Exemplos inspiradores desse projeto podem ser encontrados no agreste sergipano. Em Nossa Senhora Aparecida, a Escola Municipal Perciliano dos Santos, localizada no Povoado Cruz das Graças, é um dos destaques. Ali, 152 estudantes são beneficiados com alimentos frescos que enriquecem a merenda escolar. A horta local produz uma ampla variedade de vegetais e ervas, incluindo cenoura, couve, alface, alho, salsa, pimentão, tomate, cebola, quiabo, batata, cheiro verde, capim santo, são, dipirona, hortelã, erva doce e outros.

Josefa Santana da Costa, servidora do município de Ribeirópolis e responsável pela horta da Escola Municipal Perciliano dos Santos, destacou a importância do apoio técnico oferecido pela Emdagro. “Com a orientação dos técnicos Dilma Maria dos Santos Tavares e Mário José Caires, conseguimos estruturar a horta, que hoje está produzindo muito mais. Esse apoio foi essencial para transformar a ideia em realidade”, enfatizou.

Em São Miguel do Aleixo, o impacto também é significativo. A Associação Sistema de Serviço Social Missão Sergipe desenvolve, com apoio técnico da Emdagro, hortas orgânicas nos povoados Boa Vista, Malhada dos Negos e Várzea do Enxú, beneficiando 39 crianças e adolescentes com alimentos saudáveis e promovendo a conscientização sobre a produção sustentável.

Ribeirópolis, outro município atendido pela Emdagro, é exemplo de como as hortas escolares, associativas e domésticas podem transformar vidas. Nos povoados Caraíbas e Malhadas das Capelas, 18 produtores colhem os frutos desse trabalho, não apenas em termos de produção alimentícia, mas também de fortalecimento comunitário e esperança renovada.

Dilma Maria dos Santos Tavares, técnica em economia doméstica da Emdagro, ressaltou o papel da assistência técnica nesse processo. “Nosso trabalho vai além de orientar sobre o cultivo. Através de capacitações e palestras educativas, mostramos como as hortas podem ser uma fonte de autonomia e sustento para as famílias, criando um impacto positivo que se reflete na saúde e na qualidade de vida”, afirmou.