Barreira sanitária da Emdagro impede entrada de aves irregulares no estado

Seagri e empresas vinculadas fortalecem pecuária leiteira em Poço Redondo

Durante a realização do governo itinerante, o município foi escolhido para o lançamento da edição 2025 do programa de distribuição de sementes de palma forrageira

 


O ‘Sergipe é aqui’ chegou à sua 54ª edição, em Poço Redondo, no alto sertão, nesta sexta-feira, 8. O município, considerado como maior bacia leiteira do estado, com uma produção de 109,8 milhões de litros de leite por ano, recebeu a caravana de ações e serviços, do projeto de governo itinerante, realizado pelas secretarias e órgãos estaduais, entre eles a Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri).

Juntamente com suas vinculadas – Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Coderse), Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) e Empresa de Desenvolvimento Sustentável do Estado de Sergipe (Pronese) – a Seagri atendeu a todos que estiveram na tenda da Agricultura, onde foram distribuídas mudas de árvores frutíferas, entregues certificados de vacinação de animais e Cadastros de Agricultor Familiar (CAFs), amostras para análise de solo ao ITPS, e apresentação da maquete do Programa Água Doce, entre outras ações.

Também na oportunidade, o governador Fábio Mitidieri lançou a edição 2025 do programa Sementes dos Futuro – Palma, beneficiando 30 produtores da região com a entrega de 1.120 raquetes de palma por produtor, num total de 33.600 raquetes entregues somente este ano. A iniciativa está entre os diversos incentivos do Governo de Sergipe para o fortalecimento da bacia leiteira, onde se destacam também o melhoramento genético (IATF), a assistência técnica da saúde dos animais – o estado está há 28 anos livre da febre aftosa – como também a assistência técnica e certificação dos laticínios e a disponibilização de sementes de milho e de palma, para forragem, ou seja, para alimentação dos animais.

Em Poço Redondo, a equipe técnica da Emdagro atua no atendimento direto às famílias rurais, em culturas e criações, prestando informações sobre a emissão da carteirinha do Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF), no cadastramento de pequenos produtores para vacinação de bezerras contra Brucelose, vacinação de bovinos, ovinos e caprinos contra Clostridiose e para , inseminação artificial de seus rebanhos, além de fazer a inscrição de agricultores no programa. Mão Amiga Leite, que apoia pequenos produtores de leite durante o período de escassez, com a seca, concedendo parcelas financeiras aos produtores do sertão que possuem até dez cabeças de gado.

Ainda durante o ‘Sergipe é aqui’, a Emdagro também realizou cadastramento para regularização fundiária e distribuiu 60 mudas de árvores frutíferas. Maria do Socorro Correia tem uma chácara na região rural de Poço Redondo e ficou muito satisfeita ao receber uma muda de jambo para plantar em seu pomar. “Gosto muito de frutas e no meu terreno já tenho pés de pêra, maçã, graviola, pinha, pitanga, amora e também já tinha de jambo, agora ganhei mais um para completar minha plantação”, destacou, ao elogiar a iniciativa da gestão estadual em realizar esse dia de ações e serviços em seu município.

Garantia Safra

O município de Poço Redondo é o que mais tem agricultores inscritos no programa Garantia Safra, em Sergipe. Realizado pelo Ministério de Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) e financiado pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), o programa garante ao agricultor familiar um benefício financeiro, caso perca sua safra, devido ao fenômeno da estiagem ou do excesso hídrico.

Administrado em Sergipe por meio da Seagri, a Emdagro fica responsável pela inscrição dos agricultores. Em Poço Redondo, 3.477 agricultores inscritos para a safra 2023/2024 já receberam o benefício, num total de R$ 4,17 milhões pagos ao município.

Outros 3.724 agricultores fizeram sua inscrição na safra 2024/2025 e aguardam o período de solicitação de vistorias, para iniciar a análise dos laudos e o pagamento dos benefícios. As inscrições para a safra 2024/2025 já estão abertas e os agricultores devem procurar os escritórios da Emdagro para fazerem seu cadastro.

Programa Água Doce

Desde o início de 2023, foram beneficiadas aproximadamente 1.115 pessoas, com um investimento em torno de R$ 39,3 mil em ações de manutenção geral, capacitação, análise físico química e bacteriológica da água, oficinas de sustentabilidade ambiental e troca de membranas de osmose reversas nas duas unidades do Programa Água Doce, nos povoados Areias e Serra da Guia, em Poço Redondo.

Estão em andamento também a abertura, recuperação, limpeza e implantação de barragens de pequeno e médio porte em Poço Redondo e outros municípios da região. No município foram preparadas 103 destas aguadas, sendo sete de médio porte, com o investimento aproximado de R$ 1,1 milhão até o momento, atendendo aproximadamente 3.800 pessoas.

O produtor de leite, Pedro Soares dos Santos, ressaltou o atendimento que recebeu da equipe técnica da Coderse. “Só tenho a agradecer e me ajudou muito no meu trabalho, porque antes a barragem era muito pequena e não era recuperada. E agora estou muito satisfeito, tem até muita água, já pegou água da chuva. É muito difícil a gente conseguir água, porque a carrada custa R$ 300, e com esse benefício do Governo do Estado em parceria com a prefeitura, nos ajudou muito. Hoje temos a água que Deus mandou”, comemora.

Adutora do Leite

Poço Redondo será o município mais beneficiado com a obra da Adutora do Leite, principalmente o povoado Santa Rosa do Ermírio, e, receberá o maior trecho e número de benfeitorias da estrutura. Serão mais de 100 quilômetros de extensão, que vão levar água bruta do rio São Francisco até o município de Nossa Senhora da Glória, passando por Canindé de São Francisco, Poço Redondo, Monte Alegre de Sergipe e garantindo água para dessedentação animal nestes e outros municípios sertanejos. São cerca de 15 mil pessoas que vivem na zona rural do município e que tem como atividade principal, na sua maioria, a produção de leite. Em poucos dias o governo do Estado espera terminar a etapa de estudos e projetos necessários ao início da construção da obra.

 

Edição de 2025 do programa Sementes do Futuro – Palma chega a municípios do sertão sergipano

Programa já beneficiou 713 agricultores familiares em todo o estado, com a entrega de quase um milhão de raquetes de palma nos últimos três anos

Pelo terceiro ano consecutivo, produtores sergipanos recebem sementes de palma forrageira. A planta é muito utilizada nas regiões áridas como alimento para animais por sua resistência a longos períodos de seca, sendo uma alternativa valiosa para a alimentação do rebanho em áreas com baixa disponibilidade hídrica. A ação faz parte do Programa Sementes do Futuro – Palma, iniciativa do Governo do Estado que tem fortalecido a pecuária de leite em Sergipe com a distribuição de raquetes de palma forrageira a pequenos produtores rurais. O lançamento da edição deste ano aconteceu na última sexta-feira, 8, no município de Poço Redondo, no alto sertão sergipano, durante a 54ª edição do ‘Sergipe é aqui’.

O secretário de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca, Zeca Ramos da Silva, destacou que o programa foi idealizado para garantir reserva estratégica de alimento para o rebanho bovino nos períodos de estiagem prolongada. “O programa já beneficiou 713 agricultores familiares em todo o estado, com a entrega de quase um milhão de raquetes de palma nos últimos três anos. Ao todo, foram investidos R$ 504.615,00 pelo Governo do Estado”, detalhou.

Entregue pelo governador Fábio Mitidieri durante o evento, a iniciativa distribui 295.680 raquetes da variedade IPA Sertânia, destinadas a 264 pequenos produtores de 17 municípios sergipanos. O investimento para este ano é de R$ 209 mil. Cada beneficiário recebe 1.200 raquetes de palma, o que vai reduzir os custos da ração animal. Serão atendidos produtores dos municípios de Nossa Senhora da Glória, Lagarto, Riachão do Dantas, Tomar do Geru, Nossa Senhora das Dores, Carira, Poço Redondo, Poço Verde, Monte Alegre de Sergipe, Itabi, Gararu, Tobias Barreto, Canindé de São Francisco, Canhoba, Porto da Folha, Frei Paulo e Pedra Mole.

Desde sua criação, o Sementes do Futuro – Palma tem passado por importantes aperfeiçoamentos. Em 2023, foram distribuídas 286 mil raquetes da variedade Orelha de Elefante Mexicana, beneficiando 190 produtores em sete municípios, com investimento de R$ 99.814,00. No ano seguinte, em 2024, a mudança para a variedade IPA Sertânia, produzida pelo Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), atendeu a uma reivindicação dos agricultores, que apontaram os espinhos como um problema no manejo da variedade anterior.

A IPA Sertânia, por sua vez, além de ser resistente à praga cochonilha do carmim, tem boa palatabilidade para os animais e não possui espinhos, o que facilita o manejo da lavoura. Naquele ano, foram distribuídas 362.600 raquetes para 259 produtores de 14 municípios, com um aporte de R$ 195.800,00.

De acordo com o secretário Zeca da Silva, o objetivo do programa vai além da simples distribuição de mudas. “A proposta é fomentar a formação de campos de multiplicação de material genético de qualidade, fortalecendo a agricultura familiar e assegurando a autonomia dos produtores para multiplicarem suas próprias sementes, contribuindo para o desenvolvimento sustentável do setor agropecuário sergipano”, explicou.

Produtores aprovam

Para o agricultor familiar Joanderson Joaquim dos Santos, um dos beneficiados pelo programa, a chegada das raquetes de palma representou um grande alívio. “Quero agradecer à Emdagro e ao Governo do Estado por essa palma, que foi utilizada aqui na propriedade para alimentar os animais e também para formar um banco de sementes. Com essa palma, deixei de comprar no comércio, onde o preço de uma tarefa de palma sai a 5 mil reais em média. Isso ajuda muito no bolso do pequeno produtor”, ressaltou.

Outro criador contemplado é José Izaías dos Santos. Ele já planeja o que vai fazer com a palma recebida. “Estou muito feliz em estar recebendo esse programa aqui, em Poço Redondo. Foi um presente! Vamos plantar para que, daqui a dois anos, a gente retorne aqui para mostrar ao governo o quanto fomos beneficiados por esse programa maravilhoso, que vai nos permitir reduzir os custos da ração para o gado leiteiro. Estamos muito agradecidos ao governador pelo que está fazendo por nós”, enfatizou.

Para a equipe técnica da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), responsável pelo distribuição aos criadores, o lançamento do programa Sementes do Futuro – Palma em Poço Redondo reforça o compromisso do Governo do Estado com os homens e mulheres do campo, oferecendo alternativas viáveis para conviver com os desafios do semiárido e promover a segurança alimentar do rebanho e a melhoria da renda rural.

 

Emdagro capacita engenheiros agrônomos para emissão de CFO e CFOC em Sergipe

Curso de habilitação fortalece a defesa sanitária vegetal no estado e amplia segurança no comércio de produtos agrícolas

A Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), por meio da Coordenadoria de Defesa Vegetal, iniciou nesta terça-feira (06) o Curso de Habilitação de Responsáveis Técnicos para emissão de Certificado Fitossanitário de Origem (CFO) e Certificado Fitossanitário de Origem Consolidado (CFOC). A capacitação, que ocorre até o dia 08 de agosto, no auditório da sede da empresa, em Aracaju, reúne 40 participantes, entre engenheiros agrônomos da Emdagro e profissionais externos de diferentes regiões do estado.

O curso tem como objetivo qualificar os profissionais para atuarem na prevenção fitossanitário da produção vegetal, garantindo a rastreabilidade, a sanidade e a origem dos produtos cultivados em Sergipe. Para a diretora de Defesa Animal e Vegetal da Emdagro, Aparecida Andrade , a ação é estratégica. “Quero dar as boas vindas a todos e dizer que o curso visa formar profissionais habilitados para fortalecer a atuação da defesa sanitária vegetal no estado, ampliando a rede de Responsáveis Técnicos aptos a identificar, monitorar e agir preventivamente contra pragas de interesse quarentenário”, destacou.

A habilitação para emissão de CFO e CFOC é regulamentada pela Instrução Normativa nº 33, de 24 de agosto de 2016, do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), e exige conhecimentos técnicos atualizados sobre legislação fitossanitária, pragas quarentenárias e boas práticas de monitoramento e controle.

Durante a capacitação, os participantes aprofundam conteúdos teóricos voltados para a identificação de sintomas, procedimentos de inspeção, preenchimento de documentos e exigências legais relacionadas à emissão dos certificados. “O foco do curso são 12 pragas quarentenárias que afetam diretamente as cadeias produtivas da banana e dos citros, culturas de grande importância para a economia agrícola sergipana, a exemplo da Sigatoka-negra, Mancha Preta dos Citros, Cancro Cítrico, Greening, Mosca-do-Mediterrâneo e Mosca-da-Carambola”, frisou o Coordenador de Defesa Vegetal da Emdagro Alberto Ferreira do Nascimento Junior.

Além de técnicos da Emdagro, o curso conta com a presença de profissionais que atuam diretamente com a agricultura em diversos municípios sergipanos. Para a engenheira agrônoma e Secretária de Agricultura do município sergipano de Umbaúba, Flávia dos Santos Lima Ribeiro, a capacitação representa um passo importante para seu crescimento profissional e para o fortalecimento da cadeia produtiva local:

“Este é um curso de extrema importância, principalmente porque nos tornaremos responsáveis por certificações fitossanitárias na nossa região. Está sendo muito enriquecedor, com profissionais capacitados nos transmitindo todo o conhecimento necessário. Formei há cerca de cinco anos e desde então atuo na assistência técnica e extensão rural, tanto na iniciativa privada quanto em instituições públicas. Hoje estou como secretária de agricultura, mas decidi participar pensando no meu crescimento profissional e na contribuição que posso dar ao nosso estado com essa certificação”, relatou.

A importância da qualificação vai além das fronteiras sergipanas. Profissionais de outros estados também participam da formação, como é o caso do engenheiro agrônomo José Fernandes Lapa Júnior, do Distrito de Irrigação Porto Novo, na Bahia, que ressaltou o impacto positivo do curso para os produtores baianos:

“Lá na nossa região, os produtores estão aguardando há muito tempo uma oportunidade como essa. Ter a possibilidade de participar deste curso aqui em Sergipe é uma grande conquista, porque a certificação de origem é fundamental para que eles possam enviar seus produtos para fora do estado. Com certeza, essa habilitação vai garantir rastreabilidade e segurança em todo o país, e facilitar nosso trabalho no dia a dia”, afirmou.

Ao final do curso, os participantes aprovados estarão aptos a atuar como Responsáveis Técnicos habilitados junto à Emdagro para emissão de CFO e CFOC, contribuindo com o fortalecimento da defesa agropecuária, a prevenção da disseminação de pragas e o acesso seguro dos produtos sergipanos aos mercados interestaduais e internacionais.

Sergipe apresenta resultados expressivos em Assistência Técnica e Extensão Rural durante o segundo dia da 40ª Reunião Extraordinária da Asbraer

Gestão estadual também apresentou conquistas em pesquisa, regularização fundiária e irrigação

A força da agricultura familiar sergipana foi evidenciada no segundo dia da 40ª Reunião Extraordinária da Asbraer, realizada em Aracaju, nesta quarta-feira, 31. Com uma programação técnica dedicada às experiências exitosas de Sergipe, o evento teve como destaque as apresentações de dirigentes e técnicos da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), órgão que executa as políticas de assistência técnica, extensão rural, pesquisa agropecuária e ações fundiárias no estado.

Abrindo os painéis do dia, o presidente da Emdagro e vice-presidente nacional de Pesquisa da Associação Brasileira das Entidades de Assistência Técnica e Extensão Rural, Pesquisa Agropecuária e Regularização Fundiária (Asbraer), Gilson dos Anjos, apresentou um panorama da atuação integrada da instituição. Ele destacou que a Emdagro atua de forma transversal, com ações em Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), pesquisa, defesa agropecuária e regularização fundiária, além de contar com uma coordenadoria dedicada à agroecologia.

Segundo o presidente, somente em 2024, a Emdagro atendeu 26.900 agricultores familiares e emitiu mais de 56 mil CAFs. Além disso, executou 1.934 coletas de amostras de solo como parte das ações de orientação técnica para o uso sustentável dos recursos naturais. No campo da pesquisa, o programa ‘Sementes do Futuro’ se destaca, com a doação de 517 toneladas de sementes de milho, 453 toneladas de arroz e mais de 6.000 toneladas de palma forrageira para os pequenos produtores do estado.

Gilson ressaltou ainda que Sergipe ocupa o 1º lugar em produtividade de grãos no Brasil em 2024, consolidando-se como referência nacional no uso eficiente de tecnologias no campo. No eixo da pecuária, a Emdagro realizou 1.054 inseminações em bovinos e 177 em ovinos e caprinos, além de oferecer vacinação gratuita para produtores com até 30 cabeças de gado.

“Com ações como o ‘Mão Amiga’ e os 47 mil cadastros no Garantia-Safra, a Emdagro garante apoio nas entressafras e reforça sua presença no dia a dia dos agricultores”, destacou o presidente.

Fundiária moderna

Em seguida, o diretor de Ações Fundiárias da Emdagro, Marcelo Silva, detalhou o modelo de governança fundiária adotado em Sergipe. Com uma atuação focada em três frentes – terras devolutas do Estado, assentamentos estaduais e assentamentos do Crédito Fundiário – a diretoria vem transformando a forma como os processos de regularização são conduzidos.

A Emdagro digitalizou 60 mil processos fundiários a custo zero, com mão de obra interna capacitada, tornando todo o acervo acessível a técnicos, produtores e órgãos públicos. Além disso, desenvolveu o Sistema de Emissão de Títulos de Regularização, vinculado ao SIGA, que permite maior agilidade e autonomia na emissão de documentos.

“O programa ‘Minha Terra’, executado em parceria com a Secretaria de Estado da Agricultura e Desenvolvimento Rural, tem promovido a democratização do acesso à terra em Sergipe com mais agilidade, transparência e justiça fundiária”, afirmou Silva.

Inclusão produtiva

Na sequência, o diretor de Ater e Pesquisa, Jean Carlos Nascimento, apresentou as estratégias adotadas para ampliar a inclusão produtiva e a inovação no campo. Ele destacou ações específicas voltadas a mulheres, jovens rurais e povos tradicionais, além de parcerias com movimentos sociais para fortalecer os sistemas agroecológicos e sustentáveis.

Já o pesquisador da Coordenação de Pesquisa da Emdagro, Marcelo Mendonça, trouxe ao debate os avanços na produção de bioinsumos por meio da unidade on farm desenvolvida pela instituição. Essa tecnologia permite que o próprio agricultor produza seus insumos a partir de microrganismos nativos, como alternativa ecológica ao uso de agrotóxicos.

Marcelo também apresentou as linhas de pesquisa em fitossanidade, entomopatogênicos, microbiologia do solo e o desenvolvimento de estimulantes naturais para promoção de crescimento vegetal, especialmente adaptados ao clima e às necessidades dos agricultores sergipanos.

“Sergipe tem investido fortemente em pesquisa aplicada, com laboratórios próximos às universidades e em diálogo permanente com a extensão rural e os produtores. É ciência voltada à prática no campo”, ressaltou.

Iniciativas estratégicas

Entre os programas de destaque, foram apresentados ainda o ‘Citricultura Sustentável’, que visa a diversificação dos porta-enxertos e a redução do custo das mudas para os citricultores, e a introdução da cultura do cacau no sertão sergipano, especialmente em Canindé de São Francisco, município do alto sertão sergipano, após estudos técnicos que comprovaram a viabilidade do cultivo em novas áreas.

Irrigação

O presidente da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Coderse), Paulo Henrique Sobral, apresentou as estratégias da instituição para garantir a segurança hídrica rural. A Coderse é responsável por programas como o ‘Água Doce’ e a gestão de sete perímetros irrigados que atendem majoritariamente a agricultura familiar. Em 2024, a produção superou 600 mil toneladas de alimentos, gerando cerca de R$ 959,5 milhões em renda. “Hoje, o que se produz e o que gera de riqueza no perímetro.

Sergipe sedia 40ª Reunião Extraordinária da Asbraer e se consolida como capital nacional da regularização fundiária e da pesquisa agropecuária

Evento reúne representantes dos 27 estados, Governo Federal, Anater e dirigentes das Empresas de Assistência Técnica e Extensão Rural de todo o país

 


Sergipe se transformou, entre os dias 30 de julho e 1º de agosto, no principal centro de discussões da assistência técnica, extensão rural, regularização fundiária e pesquisa agropecuária do Brasil. O motivo foi a realização da 40ª Reunião Extraordinária da Associação Brasileira das Entidades Estaduais de Assistência Técnica e Extensão Rural (Asbraer), que congrega as 32 instituições públicas estaduais de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) e pesquisa agropecuária do país.

O evento, sediado pelo Governo de Sergipe por meio da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) e da Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), reuniu lideranças de todos os estados brasileiros, técnicos, gestores, representantes do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), em um momento estratégico de debate e articulação política.

A abertura oficial ocorreu na manhã de quarta-feira, 30, com a presença do presidente da Asbraer, Otávio Martins Maia, da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) de Minas Gerais; do vice-presidente de Ater da entidade, Rafael Gouveia, da Emater de Goiás; do presidente da Emdagro e vice-presidente nacional de Pesquisa Agropecuária da Asbraer, Gilson dos Anjos; e do presidente da Coderse, Paulo Henrique Sobral. Representantes de todas as regiões do país participaram do encontro, fortalecendo a unidade e a integração do sistema público de Ater e pesquisa agropecuária.

Em sua fala de abertura, o presidente da Emdagro, Gilson dos Anjos, deu as boas-vindas aos participantes e destacou os avanços da agropecuária sergipana por meio de políticas públicas implementadas com foco no pequeno produtor.

“É com grande alegria que recebemos esta 40ª Assembleia da Asbraer em Sergipe. É uma honra sediar um evento tão importante, com representantes de todo o país e parceiros estratégicos. Não tenho dúvida de que este é um espaço essencial para discutirmos políticas públicas urgentes para o fortalecimento da agricultura familiar”, afirmou Gilson.

Ele reforçou que o Governo de Sergipe tem feito sua parte para transformar a realidade do campo, com ações como a distribuição gratuita de sementes de arroz e milho por meio do programa Sementes do Futuro; a entrega de mais de 648 mil raquetes de palma forrageira para reservas alimentares do rebanho; a inseminação artificial gratuita em propriedades com até 50 vacas, com mais de mil matrizes já inseminadas; a vacinação contra brucelose, com mais de 5.900 bezerras imunizadas.

“Com políticas públicas eficazes, inovação e compromisso, estamos garantindo dignidade a quem vive da terra”, concluiu Gilson.

O recém-eleito presidente da Asbraer, Otávio Martins Maia, agradeceu a recepção e ressaltou a importância da assembleia como espaço de troca e mobilização. “Cada edição promove um intercâmbio de experiências e fortalece a articulação política em defesa da assistência técnica e da agricultura familiar. É urgente que o Governo Federal assuma maior protagonismo no financiamento dessas ações”, declarou Maia.

Ele alertou para a carência de pessoal nas instituições estaduais e a necessidade de garantir recursos para contratação, valorização e estruturação das equipes técnicas, que são responsáveis por transformar realidades no campo brasileiro.

A presidente do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), Alcineide Nascimento, também destacou a relevância do evento para o fortalecimento das entidades públicas de Ater. “A assembleia tem papel fundamental ao colocar em pauta a necessidade de ampliação dos investimentos. Sem uma extensão rural forte, não há como garantir o sucesso das políticas públicas no campo”, frisou.

Ela reforçou que a extensão rural é, em muitos casos, o único elo entre o agricultor e o Estado, sendo a responsável por garantir cidadania e desenvolvimento às comunidades rurais.

Representante do Governo Federal, o presidente da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), Jefferson Coriteac, destacou o compromisso da agência em apoiar as entidades públicas de assistência técnica em todo o país. “É uma honra participar desta assembleia. Nosso papel é facilitar a transferência de recursos para as Emateres e empresas públicas estaduais, ampliando a capilaridade das ações no campo”, afirmou Coriteac.

O presidente da Anater também elogiou o trabalho da Emdagro e fez um chamado à mobilização. “Quero parabenizar o presidente Gilson pelo exemplo que é Sergipe. Reforço aqui um convite: façam essa força-tarefa junto ao MDA. Quanto mais articulação, mais recursos virão. A Anater está pronta para apoiar.”

Ele ainda destacou o papel do Instrumento Específico de Parceria (IEP) como ferramenta de formalização das demandas dos estados junto ao MDA, e conclamou as entidades a articularem continuamente com o ministério para garantir avanços concretos.

Agenda nacional

A 40ª Reunião Extraordinária da Asbraer está sendo marcada por intensos debates para a formação de uma agenda estratégica em prol da agricultura familiar com temas sobre: financiamento dos serviços públicos de Ater; Regularização fundiária e acesso à terra; Fortalecimento das OEPAs (Organizações Estaduais de Pesquisa Agropecuária); Inovação tecnológica no campo; Capacitação e valorização dos extensionistas rurais; Ampliação dos contratos com a Anater; Articulação com o MDA para liberação de recursos federais.

Gestão e inovação

Ao sediar o encontro, Sergipe reforça sua posição de destaque no cenário da agricultura familiar brasileira. Com políticas inovadoras e uma gestão comprometida com o campo, o Estado se apresenta como modelo de atuação integrada entre pesquisa, extensão, sanidade animal e produção sustentável.

A realização da 40ª Assembleia da Asbraer em Aracaju não apenas evidenciou a força das instituições públicas de Ater, como também colocou Sergipe no centro das decisões que moldarão o futuro do campo brasileiro. “Seguiremos firmes, fortalecendo a agricultura familiar e garantindo dignidade a quem vive da terra”, finalizou Gilson dos Anjos.

Programação

A programação foi iniciada com a reunião extraordinária da Asbraer que elegeu a nova diretora para o exercício 2025/207, sendo eleito Presidente Nacional Otávio Martins Maia, presidente da Emater do Estado de Minas Gerais, e o vice-presidente Nacional de Ater da Asbraer, Rafael Gouveia, que é presidente da Emater de Goiás, seguido da abertura oficial da Conferência.

À tarde, o foco foi uma ampla discussão sobre Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF) e, encerrando o dia, o presidente da Anater, Jefferson Coriteac, conduziu um diálogo sobre os instrumentos específicos da agência com as entidades associadas da Asbraer.

Nesta quinta-feira (31), o Estado de Sergipe, por meio da Emdagro, apresenta suas experiências e ações estratégicas, a exemplo do panorama do Setor Agropecuário, a ser apresentado pelo presidente Gilson dos Anjos; das Ações Fundiárias, com Marcelo dos Santos, diretor de Ação Fundiária da Emdagro; das ações de Ater , com Jean Carlos Nascimento Ferreira, diretor de Ater e Pesquisa; da pesquisa agropecuária, por Marcelo da Costa Mendonça, coordenador de Pesquisa e Inovação Tecnológica.

Temas estratégicos nacionais, como Alteração da Lei de Proteção de Cultivares (Lei 9.456/97), com Dra. Vânia Mota Cirino, do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná, e Isaac Sassi (Asbraer), segurança hídrica rural, com Paulo Henrique Sobral, presidente da Coderse; Congresso Nacional da Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Assistência Técnica, Extensão Rural e da Pesquisa, do setor Público Agrícola do Brasil, com José Cláudio Fidélis; Projeto de Lei do Sistema Unificado de Assistência Técnica e Extensão Rural (a definir); COP 30 e mudanças climáticas, com Joniel Abreu, Emater do Pará; apresentação do acordo de cooperação entre o INSS e a Emater de Rondônia, com Gilberto Waller Júnior (Instituto Nacional do Seguro Social) e Iracema da Costa Coelho e; um Panorama da plataforma Agronegociar, com Gustavo Reis, Basílio Rodrigues Júnior e Caio Rocha encerraram o dia.

Já nesta sexta-feira, 1º de agosto, a discussão gira em torno da Inovação, integração e campo, apresentação do sistema Solus para execução de crédito rural e um diálogo estratégico interno, voltado à integração das ações entre os estados.

Durante a tarde, está prevista uma visita técnica à propriedade do agricultor José Adelson Fonseca, no povoado Garangau, em Campo do Brito, no agreste sergipano, e à Cooperativa dos Produtores de Farinha de Mandioca do município.

Encerrando a Conferência, neste sábado, 2, a programação será um encontro técnico no município de Canindé de São Francisco, alto sertão de Sergipe, reunindo a equipe da Emdagro e todos os participantes da assembleia.

 

Emdagro avalia variedades de tomates para produção orgânica

Iniciativa abre novas perspectivas para o fortalecimento da cadeia produtiva de orgânicos no estado

A Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) implantou, no Centro de Desenvolvimento de Tecnologia em Agroecologia (CDT-Agroecologia), localizado em Itabaiana, uma nova unidade de observação com variedades de tomate de alto potencial para o cultivo orgânico. A iniciativa fortalece a agricultura sustentável no estado e resulta de uma parceria com o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná).

As sementes foram doadas por um agrônomo do IDR-Paraná, especialista em cultivo de tomate orgânico, fortalecendo a colaboração técnica entre as duas instituições. A experiência tem como foco o estudo do desempenho de diferentes cultivares adaptadas ao sistema orgânico, com o objetivo de ampliar as alternativas de produção para os agricultores familiares sergipanos.

Durante os trabalhos, foi realizada a técnica conhecida como desponta do tomateiro, que consiste na retirada das brotações apicais da planta. Esse manejo visa promover a maturação mais uniforme dos frutos e obter tomates com tamanho mais padronizado — características ideais para a extração de sementes viáveis, que posteriormente poderão ser repassadas a agricultores interessados em diversificar suas lavouras com variedades promissoras.

Entre as cultivares avaliadas, destacaram-se a Cereja Vermelho (Cerejão), a Osu Blue e a Camaquã, esta última do tipo sweet grape. A Osu Blue, em especial, chama atenção pela coloração azulada dos frutos, resultado da alta concentração de antocianinas — compostos antioxidantes benéficos à saúde. Essa característica pode representar uma interessante oportunidade para nichos de mercado voltados a alimentos funcionais e à produção orgânica.

De acordo com o Engenheiro Agrônomo Lucas Travassos, responsável técnico pela ação no CDT-Agroecologia, a iniciativa abre novas perspectivas para o fortalecimento da cadeia produtiva de orgânicos no estado.

“A unidade de observação permite que a gente avalie o comportamento dessas variedades em condições locais e, com isso, possamos orientar melhor os agricultores sobre quais cultivares apresentam maior adaptação e produtividade. Além disso, reforçamos nosso compromisso com a produção de alimentos saudáveis e com a conservação da agrobiodiversidade”, destacou.

A Emdagro segue promovendo ações de incentivo à agroecologia e à agricultura orgânica em Sergipe, buscando alternativas sustentáveis que gerem renda, respeitem o meio ambiente e contribuam com a segurança alimentar da população.

 

Emdagro capacita técnicos e inicia Censo Citrícola em 15 municípios sergipanos

A iniciativa representa um marco na reorganização da citricultura sergipana

Com o objetivo de fortalecer a cadeia produtiva dos citros em Sergipe, a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) deu início à capacitação de técnicos para a realização do Censo Citrícola, uma das ações estratégicas do Programa Citricultura Sustentável. A capacitação foi executada pelo Coordenador de Agricultura e Sustentabilidade Ambiental da Emdagro, Eduardo Barreto, e ocorreu no município de Estância, onde reuniu profissionais de 14 escritórios da Emdagro que atuarão em 15 municípios produtores de citros no estado.

O Censo tem como principal meta levantar dados sobre as comunidades citrícolas, subsidiando o planejamento de políticas públicas e ações de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater). Entre os objetivos específicos estão: conhecer a realidade atual da citricultura sergipana, melhorar o planejamento das ações da Emdagro, definir estratégias mais eficientes de atuação no setor e sugerir políticas públicas específicas. A instituição ressalta que o Censo não se trata de um diagnóstico, mas sim de uma base de informações estratégicas para orientar decisões.

Para a execução do levantamento, os técnicos contarão com um conjunto de ferramentas como: mapas dos municípios e relação das comunidades (Emdagro), banco de dados do Cadastro Ambiental Rural (CAR) da Adema, formulários físicos e online via Google Forms, GPS, veículos e grupos de WhatsApp para agilizar a comunicação e logística. A operação contará com 21 técnicos da Emdagro, distribuídos entre os escritórios regionais. Cada profissional será responsável por um ou mais municípios.

Serão contemplados 15 municípios: Arauá, Boquim, Pedrinhas, Cristinápolis, Estância, Indiaroba, Itaporanga, Itabaianinha, Salgado, Tomar do Geru, Umbaúba, Lagarto, Santa Luzia do Itanhy, Riachão do Dantas e Neópolis. Juntos, esses municípios somam 592 comunidades cadastradas, com uma população estimada em mais de 422 mil habitantes, segundo dados do IBGE (2022). Boquim, considerado tradicionalmente o maior polo da citricultura no estado, contabiliza 37 comunidades, enquanto Lagarto lidera em número de comunidades cadastradas, com 71.

Avanço para o setor

Com o mote “Conhecer para fortalecer”, a ação se insere no esforço do Governo de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), para garantir uma citricultura mais produtiva, sustentável e competitiva.

De acordo com o Diretor de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa da Emdagro (Diraterp), Jean Carlos Nascimento Ferreira, o Censo é uma ação estruturante para todo o setor. “Essa iniciativa representa um marco na reorganização da nossa citricultura. A partir desses dados, conseguiremos elaborar estratégias mais eficientes, identificar gargalos e potencialidades e, sobretudo, atuar com maior precisão junto às comunidades rurais. É um grande passo para a consolidação de políticas públicas que realmente dialoguem com a realidade do campo”, destacou o diretor.

A expectativa é que, a partir dos dados coletados, o estado possa desenvolver políticas mais precisas e promover avanços significativos no setor, beneficiando agricultores familiares, cooperativas e todo o arranjo produtivo local.

 

Emdagro distribui mudas nativas e frutíferas nos municípios de Boquim, Estância e Graccho Cardoso


Na última quinta-feira, 26 de junho, a equipe da Coordenadoria de Apoio à Organização da Produção da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (COOAPO/Emdagro) realizou ações de incentivo à arborização urbana e ao fortalecimento da agricultura familiar nos municípios de Boquim, Estância e Graccho Cardoso.

Em Boquim, a atividade contou com o apoio do secretário municipal de Agricultura, Jadson Costa Santos, e da secretária de Meio Ambiente, Verônica São Pedro. Durante a visita, foi realizado um plantio simbólico de três mudas de árvores nativas em uma das praças da cidade, como marco da ação conjunta entre os órgãos. Ao todo, foram entregues 15 mudas de espécies frutíferas e 80 mudas de árvores nativas, que, segundo Verônica, serão destinadas ao paisagismo de praças, ruas e escolas da cidade.

A Engenheira Agrônoma Cleuza Guimarães, da Emdagro e membro da COOAPO, destacou a importância da ação. “Mais do que doar mudas, estamos promovendo a conscientização ambiental e incentivando práticas sustentáveis, tanto nas áreas urbanas quanto nas propriedades rurais. São gestos simples que fazem diferença no dia a dia das comunidades e no futuro do nosso meio ambiente.”

Já no município de Estância, a Emdagro entregou 30 mudas de cacau à produtora Cristineide Ávila de Carvalho, integrante da Organização de Controle Social (OCS) de Estância. As mudas irão compor a área de produção da agricultora, promovendo a diversificação da propriedade e contribuindo para o fortalecimento da agricultura agroecológica na região. Com o novo cultivo, Cristineide poderá ampliar a variedade de produtos ofertados em feiras locais, como a feira do SEASIC, consolidando ainda mais o circuito de comercialização direta entre campo e consumidor.

Cristineide conta com o apoio do esposo, José Nildo Pereira Lopes, nas atividades rurais do dia a dia. O casal é exemplo de trabalho e dedicação na produção de alimentos saudáveis e sustentáveis em Sergipe.

A iniciativa da Emdagro reforça o compromisso do Governo do Estado com o meio ambiente e com o desenvolvimento da agricultura familiar, por meio da doação de mudas que promovem o reflorestamento urbano e a produção agroecológica no campo.

Reunião na Emdagro discute profissionalização e certificação da produção de ovos caipiras em Sergipe

Ação teve objetivo de fomentar a organização da produção, dos entrepostos e do registro sanitário


A sede da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) foi palco de uma importante reunião voltada à profissionalização e à regularização da cadeia produtiva de ovos caipiras no estado, nesta segunda-feira, 16. O encontro reuniu produtores integrantes da chamada ‘Rota Caipira’, que abrange os municípios de Poço Verde e Itabaiana, além de representantes do Sebrae, Senar e Universidade Federal de Sergipe (UFS).

A iniciativa da Emdagro teve como principal objetivo fomentar a organização da produção, dos entrepostos e do registro sanitário, conforme exigências normativas do Ministério da Agricultura, para esse tipo de atividade econômica. A proposta é garantir que os produtores possam acessar mercados mais exigentes e captar recursos em todas as esferas — municipal, estadual e federal — por meio da profissionalização de seus processos produtivos.

Durante o encontro, técnicos da Emdagro apresentaram uma lista com os principais requisitos para que os produtores obtenham a certificação necessária à produção de ovos caipiras. Entre as exigências estão a avaliação prévia do terreno para registro, a comprovação da capacidade de produção, estrutura física adequada, aplicação de técnicas de manejo e outros critérios técnicos e sanitários.

Outro ponto destacado foi a importância da presença de um médico veterinário responsável técnico, profissional habilitado para responder por todo o processo de produção dos ovos. Esse cuidado é indispensável, seja em empreendimentos individuais, associações ou cooperativas, visando garantir a segurança e a qualidade do produto final.

A reunião também abordou a necessidade de observar as normas de acessibilidade estabelecidas pelo Ministério do Trabalho, especialmente no que se refere à contratação de pessoas com deficiência, para assegurar a inclusão nas diversas etapas do processo produtivo.

De acordo com o coordenador de Inspeção da Emdagro, Emerson Sales, a certificação é um passo fundamental para a legalização e expansão do setor. “Estamos orientando os produtores para que cumpram cada etapa exigida, pois só assim conseguirão registrar seus entrepostos e acessar mercados mais valorizados. É um processo que garante segurança para o consumidor e sustentabilidade para o produtor”, ressaltou.

Já a diretora de Defesa Animal e Vegetal da Emdagro, Aparecida Andrade, destacou o papel da instituição nesse processo. “A Emdagro tem atuado de forma integrada com outras instituições para garantir que esses produtores possam crescer de forma estruturada e dentro da legalidade. A produção de ovos caipiras é uma oportunidade real de desenvolvimento rural com geração de renda e inclusão produtiva”, afirmou.

A chamada ‘Rota Caipira de Ovos’, organizada pela Associação dos Produtores de Ovos Caipiras (Ascop), tem se consolidado como um modelo de agregação de valor ao produto, com foco em uma produção diferenciada e de qualidade superior, voltada para mercados mais exigentes e para o consumo consciente.

Com ações como essa, a Emdagro reafirma seu compromisso com o fortalecimento da agricultura familiar e com a sustentabilidade econômica das cadeias produtivas no estado.

 

Última atualização: 28 de julho de 2025 10:29.