Agricultores do Projeto Jacaré-Curituba conhecem experiências bem-sucedidas com o cultivo do cacau em Arauá

Intercâmbio objetivou apresentar a diversificação produtiva com culturas alternativas como o cacau

Na última terça-feira (23), agricultores do Perímetro Irrigado Jacaré-Curituba, localizado em Canindé de São Francisco, participaram de uma visita técnica ao município de Arauá, com o objetivo de conhecer experiências bem-sucedidas com o cultivo do cacau em solo sergipano. A iniciativa contou com o apoio da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) e buscou fomentar a diversificação produtiva entre os produtores do alto sertão sergipano.

A primeira parada do grupo ocorreu na propriedade do agricultor Manoel da Conceição, referência no município pelo sucesso alcançado com o plantio de cacau em áreas sergipanas. Manoel compartilhou suas experiências e técnicas com os dez agricultores visitantes e os técnicos da Emdagro que os acompanharam, destacando os bons resultados de produtividade e a viabilidade econômica da cultura na região sul do estado.

No período da tarde, a comitiva seguiu até a propriedade de Zé de Chico, também em Arauá, onde pôde conhecer de perto tanto o processo de plantio quanto o ponto de comercialização do cacau produzido na localidade. Os participantes da visita tiveram a oportunidade de entender a cadeia produtiva como um todo, desde a lavoura até a comercialização dos frutos.

Para o Coordenador de Agricultura da Emdagro, Eduardo Barreto, a visita foi estratégica para incentivar a diversificação produtiva nas regiões do semiárido sergipano. “É fundamental que agricultores de outras regiões do estado conheçam experiências de sucesso com culturas alternativas como o cacau. Além de ampliar as possibilidades de renda, a diversificação contribui para a sustentabilidade da produção agrícola”, afirmou.

O agricultor José Edilânio da Silva, do Projeto Jacaré-Curituba, em Canindé de São Francisco, destacou a importância da iniciativa. “Foi uma experiência muito proveitosa. Ver de perto como o cacau pode se desenvolver em Sergipe nos inspira a buscar novas alternativas de produção. Agradeço a Emdagro por me proporcionar essa visita, a seu Manoel e a Zé de Chico pela recepção. Vimos aqui de tudo um pouco, variedades dos frutos do cacau, adubação e poda. Gostei muito do dia de hoje ”, declarou.

A visita técnica reforça o compromisso da Emdagro em estimular o intercâmbio de conhecimentos e boas práticas entre agricultores sergipanos, promovendo alternativas sustentáveis e adaptáveis às diferentes realidades regionais do estado.

 

Emdagro celebra 63 anos promovendo desenvolvimento agropecuário em Sergipe

Criada em 1962, ela desempenha papel essencial, impactando direta e indiretamente mais de 30 mil produtores rurais

Nesta quinta-feira, 24, a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), comemora 63 anos de atuação em prol do fortalecimento da agricultura e pecuária em todo o estado. Desde sua criação, em 1962, a empresa tem desempenhado um papel essencial no apoio aos agricultores sergipanos, impactando direta e indiretamente as vidas de mais de 30 mil produtores rurais.

Com uma trajetória marcada pela dedicação ao desenvolvimento rural, a Emdagro oferece serviços de Assistência Técnica, Extensão Rural, Defesa Animal e Vegetal, Ações Fundiárias e Pesquisas, contribuindo significativamente para o avanço do setor agropecuário em Sergipe. Seu trabalho tem sido fundamental para a promoção da sustentabilidade e o fortalecimento da agricultura familiar.

A história da Emdagro é uma trajetória de evolução e adaptação às necessidades do setor agropecuário sergipano. Desde sua criação como Ancar-SE, em 1962, até os dias de hoje, a empresa tem se mantido como um pilar fundamental para o desenvolvimento rural do estado. Seu legado de compromisso e dedicação continua a impulsionar o progresso da agricultura e pecuária em Sergipe, garantindo um futuro sustentável.

O secretário de estado da Agricultura, Zeca da Silva, destacou que as ações da Emdagro vão além da extensão rural, impactando positivamente a vida de toda a população. “É uma empresa completa, que vai desde a pesquisa e assistência técnica, até a extensão rural, passando pela regularização fundiária. Ações fundamentais para o setor agropecuário e que ajudam a fortalecer os agricultores familiares. Chamo a atenção também para o trabalho importantíssimo da defesa animal e vegetal, que garante a sanidade da produção e a segurança alimentar de toda a população. Por todo esse trabalho, feito com compromisso e responsabilidade, parabenizo os profissionais que ali trabalham“, pontuou.

O presidente da Emdagro, Gilson dos Santos, endossou as palavras do secretário ressaltando que a empresa é uma das principais ferramentas de inclusão social para os agricultores e agricultoras familiares sergipanos, desempenhando um papel estratégico no fortalecimento do agronegócio local. Gilson também fez questão de valorizar o papel dos servidores da Emdagro na transformação da realidade do campo.

“Cada servidor e servidora que passou ou permanece na Emdagro tem uma marca na história da agricultura sergipana. São homens e mulheres que, com comprometimento, sensibilidade e conhecimento técnico, ajudaram a construir políticas públicas que mudaram a vida de milhares de famílias rurais. A atuação desses profissionais é, sem dúvida, o maior patrimônio da nossa instituição”, ressaltou o presidente.

Com mais de seis décadas de trabalho, a Emdagro reafirma seu compromisso com o desenvolvimento do campo, contribuindo para uma agropecuária mais forte, justa e sustentável em Sergipe.

 

Emdagro fortalece ações de prevenção e controle da Sigatoka Negra na cultura da bananeira em Sergipe

Plano de Contingência Estadual é reforçado com monitoramento constante, capacitação técnica e ações educativas para proteger a bananicultura sergipana

 


A Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) vem intensificando, de forma estratégica e preventiva, suas ações de monitoramento e controle da Sigatoka Negra — doença considerada uma das mais severas e preocupantes para a cultura da banana em todo o mundo. Mesmo com a detecção pontual de um foco isolado no final do ano passado, em uma área extrativista do município de Indiaroba, imediatamente erradicado, o estado não apresenta registros de ocorrência significativa da praga. Ainda assim, a Emdagro tem atuado de forma contínua para evitar sua disseminação.

A cultura da bananeira possui grande relevância social e econômica para o agronegócio sergipano, com uma área colhida estimada em 2.072 hectares e produção anual de aproximadamente 28.720 toneladas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2023. Os municípios de Neópolis, Santana do São Francisco e Japoatã são os principais produtores da fruta no estado.

A Sigatoka Negra, causada pelo fungo Pseudocercospora fijiensis, é uma doença foliar altamente agressiva, com potencial para provocar queda acentuada na produtividade das lavouras, além de prejudicar a qualidade dos frutos por induzir à sua maturação precoce. A praga, que chegou ao Brasil em 1998, já está presente em 24 unidades federativas, com registros recentes nos estados da Paraíba e, pontualmente, em Sergipe.

Frente a esse cenário, a Emdagro tem implementado um conjunto de medidas preventivas, com destaque para a atuação da Diretoria de Defesa Animal e Vegetal, por meio da Coordenadoria de Defesa Vegetal. Entre as ações estão a Educação Sanitária junto aos produtores, com foco na conscientização sobre os riscos da doença, práticas de manejo cultural adequadas e aquisição de mudas de procedência idônea.

Além disso, a Capacitação Técnica de profissionais da assistência técnica da própria Emdagro tem sido fundamental para garantir que as orientações cheguem corretamente ao campo. Técnicos estão sendo treinados para recomendar práticas como o uso de variedades resistentes, manejo nutricional equilibrado e cuidados na condução da lavoura.

Outro eixo de atuação é o levantamento fitossanitário contínuo em todas as regiões produtoras do estado. As equipes da Defesa Vegetal vêm monitorando rotineiramente as áreas com o objetivo de detectar precocemente possíveis focos e agir de maneira eficaz e imediata, como ocorreu em Indiaroba, onde o foco identificado foi rapidamente eliminado.

A diretora de Defesa Animal e Vegetal da Emdagro, Aparecida Andrade, destaca o compromisso da instituição com a sanidade vegetal do estado. “A Emdagro tem atuado de forma técnica, responsável e preventiva para proteger a bananicultura sergipana. O nosso trabalho é voltado para evitar que a Sigatoka Negra se estabeleça em nossas áreas produtivas. Estamos em constante monitoramento, com ações educativas e estratégias de controle baseadas em evidências técnicas e no plano estadual de contingência. A erradicação do foco em Indiaroba demonstrou a agilidade e a eficiência da nossa equipe”, afirmou.

O Plano de Contingência Estadual implantado pela Emdagro segue os critérios técnicos definidos pelo Ministério da Agricultura e pela própria experiência de monitoramento no campo. A atuação da instituição reflete o compromisso com a sustentabilidade da produção agrícola no estado, preservando a sanidade das lavouras e garantindo a segurança alimentar e econômica de milhares de produtores que dependem da banana como principal fonte de renda.

Com esse trabalho coordenado, a Emdagro reafirma seu papel essencial na defesa sanitária vegetal e na proteção da agricultura sergipana contra ameaças fitossanitárias que comprometem o desenvolvimento sustentável do campo.

Emdagro realiza ciclo de palestras sobre Sigatoka Negra com foco em variedades resistentes

Evento reuniu técnicos, produtores e pesquisadores na sede da empresa em Aracaju

 


Com o objetivo de fortalecer o combate à Sigatoka Negra, doença fúngica que compromete a produtividade dos bananais, a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) promoveu, na manhã da última segunda-feira (14), um Ciclo de Palestras sobre a Sigatoka Negra – Identificação e Controle, com ênfase na utilização de variedades resistentes como estratégia sustentável para o manejo da cultura da banana. O evento aconteceu na sede da Emdagro, em Aracaju, e contou com a presença de técnicos da empresa e representantes do setor produtivo.

A programação foi dividida em três palestras técnicas. A primeira, ministrada pelo técnico da Defesa Agropecuária da Emdagro, Fábio Leal, abordou os dados gerais, sintomas e formas de identificação da doença, trazendo informações importantes para o diagnóstico precoce da Sigatoka Negra. Em seguida, o pesquisador da Emdagro, Marcelo Mendonça, lotado na Diretoria de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa (Diraterp), apresentou estratégias de manejo e controle da doença, reforçando boas práticas agrícolas e alternativas integradas para reduzir os impactos da infestação nos cultivos.

Encerrando o ciclo, um representante da Biotecnologia destacou os avanços no desenvolvimento e uso de variedades resistentes à Sigatoka Negra, apontando a importância da genética vegetal como aliada do produtor.

Para a diretora de Defesa Animal e Vegetal da Emdagro, Aparecida Andrade, o evento reforça o compromisso da empresa com a capacitação contínua dos agentes do campo. “A Sigatoka Negra representa uma ameaça real à bananicultura sergipana, e o enfrentamento a essa doença passa pela informação, pela orientação técnica e pela adoção de medidas sustentáveis. Este ciclo de palestras foi pensado exatamente para isso: promover conhecimento e fortalecer o trabalho integrado entre pesquisadores, técnicos e agricultores”, destacou.

A iniciativa reafirma a atuação da Emdagro como agente de apoio ao produtor rural e de defesa do patrimônio agropecuário sergipano, contribuindo para a sanidade vegetal, o aumento da produtividade e o desenvolvimento de uma agricultura mais resiliente e sustentável.

 

Governo itinerante ‘Sergipe é aqui’ promove inclusão produtiva no campo em Simão Dias

Produtores rurais do município foram em busca de apoio técnico, acesso ao crédito, programas de melhoramento genético, vacinação de rebanhos, regularização fundiária e outros serviços essenciais ao fortalecimento da produção agrícola local

Nesta sexta-feira, 11, o município de Simão Dias recebeu a 45ª edição do programa ‘Sergipe é aqui’, iniciativa do Governo do Estado que leva à população mais de 160 serviços públicos de forma itinerante. Entre os destaques da ação, estiveram os serviços oferecidos pela Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), em parceria com suas vinculadas: a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) e a Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse).

Com foco na agricultura familiar, o estande da Agricultura reuniu dezenas de produtores rurais do município, em busca de apoio técnico, acesso ao crédito, programas de melhoramento genético, vacinação de rebanhos, regularização fundiária e outros serviços essenciais ao fortalecimento da produção agrícola local.

Durante o evento, a Emdagro distribuiu 55 mudas frutíferas, entregou três documentos do Cadastro da Agricultura Familiar (CAF), encaminhou 30 amostras de solo ao Instituto Tecnológico e de Pesquisas do Estado de Sergipe (ITPS) para análise e realizou atendimentos para emissão de CAFs e das carteiras de identificação de agricultores familiares. O órgão também orientou pequenos produtores para vacinação de bezerras contra Brucelose e de bovinos, ovinos e caprinos contra Clostridiose, além de realizar ações voltadas à inseminação artificial e à regularização fundiária.

Um dos momentos simbólicos da ação foi a assinatura do financiamento de R$ 8 mil pelo jovem agricultor Isaac Trindade Aquino, por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) Jovem, do Banco do Nordeste (BNB), com acompanhamento da Emdagro, para sua atividade de suinocultura. O jovem de 22 anos, que trabalha com os pais em Simão Dias, assinou o contrato para investir na criação de suínos. “Já trabalho com minha família na roça de verduras e legumes, e agora quero iniciar meu negócio próprio, aí vou aproveitar essa oportunidade”, destacou.

Pronaf Jovem

O Pronaf Jovem é uma política pública, do Governo Federal, realizada pelo Governo do Estado, por meio da Emdagro, em parceria com o BNB, e representa uma conquista histórica da agricultura familiar, fruto da mobilização das federações de Agricultura. Seu objetivo é promover a inserção dos jovens, com idade entre 18 e 27 anos, no mercado de trabalho rural, disponibilizando um crédito de R$ 8 mil por família, para o jovem investir na produção e se integrar de forma ativa ao sistema produtivo.

Atualmente, o escritório da Emdagro em Simão Dias conta com 1.500 famílias cadastradas no CAF, e estima-se que cerca de 80% dessas famílias poderão acessar esse benefício.

Desenvolvimento de recursos hídricos

A Coderse levou para o ‘Sergipe é aqui’ o atendimento em perfuração e instalação de poços tubulares profundos, em atenção à população rural simãodiense. A companhia tem em seu currículo a perfuração de mais de 210 poços no município e atua no acompanhamento das comunidades e na manutenção dos sistemas de dessalinização do Programa Água Doce (PAD).

No PAD, são três unidades de produção de água dessalinizada em Simão Dias, situadas nos assentamentos 8 de Outubro, Carlos Lamarca e povoado Jaqueira, atendendo um total de 200 famílias nessas comunidades. Para explicar o funcionamento do programa para a população presente ao governo itinerante, a Coderse trouxe e apresentou uma maquete detalhada de uma unidade do ‘Água Doce’.

Produção em destaque

Simão Dias segue como um dos principais polos produtivos do estado, com rendimento médio de seis mil quilos de milho por hectare. Para 2025, estima-se o cultivo de 28 mil hectares de milho e 100 hectares de feijão, além de uma expressiva atividade pecuária com cerca de 28 mil cabeças de gado. Atualmente, a Emdagro presta assistência técnica a 2.160 pequenos produtores rurais no município.

Em 2024, a empresa também entregou 665 títulos de propriedade rural em Simão Dias. Ainda este ano, foram distribuídos três mil quilos de sementes de milho beneficiando 300 agricultores, por meio do Programa Sementes do Futuro. No campo da saúde animal e melhoramento genético, a Emdagro vacinou 12 bovinos contra a Brucelose e 50 ovinos contra a Clostridiose. Também foram protocolados 21 ovinos e quatro caprinos no programa de Inseminação Artificial por Tempo Fixo (IATF), do ‘Mais Genética no Sertão’.

Histórias que inspiram

Gustavo Santos Fontes Modesto trabalha com seus pais Marcelo e Vilma, no povoado Colônia. Ele esteve no estande da Agricultura para receber seu CAF, que considera uma grande conquista. “A gente já planta milho e tem uma criação de gado de corte. Agora, com esse documento, vou poder pegar um empréstimo no banco e investir ainda mais para ajudar minha família. Nasci e fui criado na roça, terminei meu ensino médio e aqui quero permanecer trabalhando como agricultor, que é o que gosto de fazer”, pontuou.

Outro momento emocionante foi a entrega do título de propriedade rural à agricultora Jaciara Santos de Santana, representada por seu pai, Domingos Batista de Santana. “Esse título é muito importante para nós, que só tínhamos um recibo. Com ele, podemos acessar crédito e garantir a terra para os nossos filhos”, disse Domingos.

A presença da Seagri, Emdagro e Coderse em Simão Dias reafirma o compromisso do Governo de Sergipe com o fortalecimento da agricultura familiar, a inclusão produtiva e o desenvolvimento sustentável do interior sergipano. Ações que geram autonomia, renda e qualidade de vida para quem vive e produz no campo.

Fotos: Vieira Neto

 

Ação educativa em Boquim recolheu seis toneladas de embalagens de agrotóxicos

A ação é realizada com participação de vários parceiros como Emdagro, Ardase, Senar e prefeituras

 


De acordo com a legislação, compradores de defensivos devem efetuar a devolução das embalagens, tampas e sobras dos materiais aos estabelecimentos comerciais indicados na nota fiscal, para destinação ambientalmente adequada. O Governo do Estado, por meio da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), continua incentivando e orientando produtores e empresas revendedoras de produtos agropecuários quanto à necessidade de descartar corretamente as embalagens vazias de agrotóxicos, a fim de preservar o meio ambiente e cuida da saúde dos trabalhadores rurais e consumidores dos produtos agrícolas.

Ações educativas são realizadas em parceria com a Associação dos Revendedores de Produtos Agropecuários do Estado de Sergipe (Ardase), com o objetivo conscientizar o produtor rural e facilitar a devolução das embalagens vazias de agrotóxicos. A última ação realizada aconteceu esta semana, no dia 8, no escritório da Emdagro, em Boquim, numa atividade conjunta da Secretaria da Agricultura, por meio da Associação dos Revendedores (Ardase), do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e prefeitura local. Na ocasião, foram recolhidos três caminhões, com aproximadamente seis toneladas de embalagens para reciclagem.

O secretário de Estado da Agricultura, Zeca da Silva, destacou a iniciativa das empresas revendedoras e produtores nesta ação. “Parabenizamos todos os envolvidos neste trabalho, especialmente as empresas por meio da Ardase, pela importância da destinação correta dessas embalagens que contribui para preservação do meio ambiente e da saúde humana. A conscientização dos agricultores, aliada ao apoio das prefeituras e das empresas revendedoras, em parceria com o Governo, é essencial para o sucesso das iniciativas de coleta e manejo adequado dessas embalagens em Sergipe”, pontua.

O evento reuniu produtores rurais de Boquim, Estância, Indiaroba, Cristinápolis, Salgado, Arauá e Itabaianinha que participaram de uma palestra sobre “a importância do recolhimento das embalagens vazias de agrotóxicos”. Durante a ação, os produtores puderam fazer o descarte correto das embalagens, contribuindo para a preservação do meio ambiente e para a segurança do trabalhador rural e de suas comunidades.

Conforme explica a diretora de Defesa Animal e Vegetal da Emdagro, Aparecida Andrade, a devolução das embalagens vazias é de responsabilidade dos estabelecimentos que comercializam com agrotóxicos, conforme o que está descrito na Lei 14.785, de 27 de dezembro de 2023. “Diante disso, os estabelecimentos montaram a associação (Associação dos Revendedores de Produtos Agropecuários do Estado de Sergipe – Ardase) que construiu dois galpões em Ribeirópolis, onde são recolhidas e armazenadas as embalagens vazias, para, posteriormente, seguirem para São Paulo, onde serão encaminhados para reciclagem ou incineração”, explica.

A representante da Ardase, Marivânia Félix, destacou as boas práticas no campo, a conscientização ambiental e a necessidade do produtor rural cuidar da terra para que o meio ambiente seja entregue melhor para as próximas gerações. “Durante minha palestra, destaquei as questões legais, sobre as recentes atualizações normativas que tratam sobre os agrotóxicos, o armazenamento de produtos cheios na propriedade e sobre as embalagens vazias, bem como seu transporte”, afirma ao destacar que, mais uma vez, a ação superou as expectativas. “A próxima ação no município de Boquim será no dia 5 de novembro”, frisa.

Ao longo de todo o ano de 2024, ações como essa renderam bons resultados, somando 114 toneladas de embalagens vazias recolhidas. De acordo Marivânia Félix, esse resultado de 2024 foi cinco vezes maior que o total recolhido nos primeiros anos, quando iniciou esse trabalho. “É um resultado recorde. Desde 2002 não tínhamos recolhido volume tão grande. Este é um sinal de que nosso trabalho educativo está surtindo efeito, com apoio da Emdagro, principalmente “, completa.

 

Sergipe registra maior crescimento da produção de leite no Nordeste, aponta BNB

Levantamento com base em dados do IBGE revela que Sergipe teve aumento de 22,6% na produção leiteira entre o primeiro trimestre de 2024 e de 2023

Estudo do Banco do Nordeste (BNB), feito com base nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), constatou que Sergipe teve o maior crescimento na produção de leite na região Nordeste, se comparados os três primeiros meses de 2024 e 2023. De acordo com o levantamento, o aumento foi de 22,6%, ou seja, o estado subiu de 107,8 mil para 132,2 mil litros de leite produzidos neste período. O segundo lugar ficou com a Bahia, que registrou crescimento de 10,7%.

Para o secretário de Estado da Agricultura, Zeca Ramos da Silva, os números refletem o resultado de investimento dos produtores e de políticas públicas consistentes da gestão estadual. Segundo o gestor, Sergipe vive um momento histórico no setor leiteiro, graças a um trabalho abnegado dos produtores, integrado com os municípios, e os incentivos do Governo de Sergipe. Entre eles, apoio técnico, ações de inseminação artificial, sanidade animal, incentivo à produção e beneficiamento do leite e ao escoamento, com melhoria das estradas e compra de alimentos da agricultura familiar, além de crédito rural. “Estamos vendo os resultados de um governo que acredita no potencial do campo e investe no produtor. Com isso, conseguimos gerar mais renda, garantir alimento de qualidade e fortalecer a economia do nosso estado”, ressalta.

A avaliação de que os resultados são fruto de uma série de investimentos e ações estratégicas do Governo de Sergipe voltadas ao fortalecimento da cadeia produtiva do leite é confirmada pelo presidente da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), Gilson dos Anjos, que detalha os investimentos. “Entre eles, podemos destacar o programa Sementes do Futuro, que este ano doou 206 toneladas de sementes de milho e 648 mil raquetes de palma a 500 pequenos produtores, como insumos importantes para a ração animal. Também foram aplicadas tecnologias de melhoramento genético, como a Inseminação Artificial por Tempo Fixo, com mil fêmeas inseminadas entre 2023 e 2024. A Emdagro também oferece Assistência Técnica e Extensão Rural e realiza a doação de kits de ordenha”, pontua algumas das ações da pasta.

O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura e Desenvolvimento Rural (Seagri), incentiva, também, o escoamento da produção por meio do Programa de Aquisição de Alimentos Leite (PAA Leite), que adquire 90 mil litros de leite por mês para beneficiar três mil famílias de baixa renda. O apoio direto aos produtores também é garantido pelo Programa Mão Amiga Bacia Leiteira, que atende 3.142 pequenos criadores com quatro parcelas de R$ 250, e por linhas de crédito rural operadas pelo Banco do Estado de Sergipe (Banese). Só em 2024, foram investidos R$ 56,8 milhões disponíveis para custeio e investimento na pecuária sergipana pela instituição bancária estatal.

Adutora do Leite

Com o objetivo de fomentar ainda mais o potencial do estado na pecuária leiteira e agronegócio, o Governo do Estado apresentou a produtores sergipanos o projeto da Adutora do Leite, que abastecerá com águas do Rio São Francisco os municípios de Canindé do São Francisco, Poço Redondo, Nossa Senhora da Glória e Monte Alegre. Com um investimento da ordem de R$ 250 milhões, o projeto encontra-se na fase de estudo.

A Adutora do Leite será uma solução para a dessedentação animal no trajeto entre Canindé de São Francisco e Nossa Senhora da Glória, com uso da água captada pela Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse) no Rio São Francisco. A obra, reivindicação antiga na região que mais produz leite em Sergipe, levará água aos diversos tipos de criatórios comerciais, rebanhos que somam aproximadamente 265 mil animais, sendo 180 mil somente bovinos, dos cinco municípios no trajeto de 108,60 km de extensão grande empreendimento: Canindé de São Francisco; Poço Redondo, passando pelo polo leiteiro de Santa Rosa do Ermírio; Porto da Folha; Monte Alegre de Sergipe e Nossa Senhora da Glória.

Somente na bovinocultura de leite, principal atividade econômica do alto sertão sergipano, a perspectiva é que a produção leiteira dos cinco municípios ultrapasse os 296.062.000 litros por ano, registrado em 2022. Outra expectativa é que, com a água da Adutora do Leite diminuindo as distâncias de acesso e aumentando a oferta de abastecimento hídrico, os custos para os pecuaristas diminuam e cresça o potencial na região para investimentos em aumento e melhoria genética dos rebanhos. Mais produção, animais, tecnologia e infraestrutura empregada geram mais renda e novos postos de trabalho para o povo sertanejo.

Enquanto as obras da Adutora do Leite não entram em fase de execução, o governo já deu início às obras de outra adutora importante, a do Curralinho, em Porto da Folha, em fevereiro último, representando uma solução definitiva para o abastecimento de água na região. A concessionária Iguá Sergipe, empresa vencedora do leilão da concessão parcial dos serviços da Deso, será a responsável pelo sistema, que impactará, sobretudo, no abastecimento de água à população.

 

Agricultores e criadores de São Domingos são atendidos com serviços da Agricultura na 44ª edição do ‘Sergipe é aqui’

Tradicionalmente conhecido como importante polo de produção de farinha de mandioca, o município teve sua diversidade produtiva em evidência no evento

A 44ª edição do ‘Sergipe é aqui’ foi realizada nesta sexta-feira, 4, no município de São Domingos. Localizada na região agreste do estado e com potencial econômico voltado para a agricultura, com destaque para a produção de farinha, a cidade foi transformada na sede do governo por um dia. Na oportunidade, o município contou com serviços realizados pela Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), por meio de suas vinculadas: Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) e Empresa de Desenvolvimento Sustentável do Estado de Sergipe (Pronese).

De acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2023, São Domingos se destaca por seu cultivo de mandioca, com produção média anual de seis mil toneladas, seguido da laranja, com 542 toneladas por an, e de milho, com 300 toneladas anuais. Na criação de animais, os galináceos pontuaram com 15 mil cabeças, seguida de bovinos, com 4.418 cabeças de gado e suínos, com 1.280 cabeças. Entre os produtos de origem animal se destacam o leite de vaca, com produção de 126 mil litros e ovos de galinha, com produção de 24 mil dúzias.

Durante o dia de atividades no ‘Sergipe é aqui’, o Governo do Estado, por meio da Emdagro, distribuiu duas toneladas de sementes de milho para 200 agricultores cadastrados, em uma iniciativa do programa Sementes do Futuro. Também em São Domingos, a empresa realizou mais uma ação do programa Cultivando Hortas, que levou para o Centro de Excelência Emiliano Ribeiro a implantação de uma horta escolar com 200 mudas de tomate, 150 de pimentão e 50 de repolho e doação de 141 pacotes de 100 gramas cada, com variedades de sementes de hortaliças e leguminosas, como tomate, pimentão, repolho, quiabo, couve, cebolinha, alface, beterraba e coentro.

Para o secretário de Agricultura e Meio Ambiente do município, Jeziel Tavares, mais conhecido como ‘Neguinho de Venâncio’, foi muito importante receber as ações do governo no município, promovendo uma aproximação maior com a população. “São Domingos vive 90% da produção agrícola, com destaque principalmente para a mandioca, e é um importante polo de produção de farinha em Sergipe, com 100 casas de farinha ativas, gerando 1.200 empregos diretos”, destaca.

A farinha de mandioca produzida no município é comercializada diretamente para pequenos comerciantes e também terceirizada, para revenda em grandes mercados.

Agricultores beneficiados

O agricultor Cladio Vieira aproveitou a oportunidade e fez a coleta de solo de sua propriedade para encaminhar para análise pelo Instituto Tecnológico e de Pesquisas do Estado de Sergipe (ITPS). Com conhecimento no assunto e já acostumado a realizar essa atividade, o produtor rural que se dedica ao plantio de mandioca, batata doce, macaxeira e hortaliças, assim como à criação de cabras de leite, faz regularmente essa atividade, por entender a sua importância. “Cada cultura exige uma necessidade de nutrientes, qual adubo usar, qual o PH do solo, sua acidez, se precisa de calcário e qual quantidade usar, então estou sempre atento a isso para que minha produção seja boa e eu esteja ciente de como corrigir o que for necessário”, observou.

O produtor José Alves Santana esteve no estande da Agricultura para receber o certificado de vacinação, após ter recebido a equipe da Emdagro em sua propriedade, quando seus animais foram vacinados contra a Brucelose e Clostridiose. “Recebi os técnicos da Emdagro que foram vacinar 11 animais na minha propriedade. Eles chegaram com as duas vacinas (Brucelose e Clostridiose) e o aplicador e vacinaram os animais, e hoje vim aqui para pegar meu certificado. Estou bastante contente”, contou o produtor.

Jailma Nascimento Souza também esteve no estande da Agricultura para conseguir sua muda de acerola. Ela saiu bastante satisfeita. “Gosto de plantar. Na minha propriedade, planto muita coisa, aí eu soube que a Emdagro estava distribuindo as mudas frutíferas e vim saber se tinha de acerola. Já garanti a minha. Estou muito satisfeita, porque sei que as mudas distribuídas pela Emdagro são de qualidade”, disse a agricultura satisfeita.

Coderse presente

A Coderse é responsável pela frente de trabalho dos recursos hídricos; perfura e instala poços; constrói e recupera sistemas de abastecimento, cisternas, barragens; tem sete e administra seis perímetros irrigados. Participante de todas as 44 edições do governo itinerante, a Coderse levou para os sãodominguenses, na tenda da Agricultura, os seus serviços em perfuração e instalação de poços tubulares, e expôs o trabalho realizado na região semiárida de Sergipe, por meio de uma maquete do Programa Água Doce (PAD).

Programa Água Doce

Sergipe tem implantadas 29 unidades de produção de água dessalinizada, onde atende mais de duas mil famílias do semiárido, com o fornecimento de 17.400 litros de água potável por dia. O Governo do Estado, por meio da Seagri e da Coderse, está concluindo a construção de mais três sistemas de abastecimento, para atender mais 400 famílias em Poço Verde, Carira e Porto da Folha. Em 2024, o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional veio a Sergipe e anunciou recursos para a construção de 11 novas unidades do PAD em Sergipe.

Fotos: Vieira Filho

 

Sergipe avança na certificação da produção de mudas de cacau para expandir produção

Iniciativa busca reduzir custos para agricultores e impulsionar cacauicultura sergipana com mudas locais certificadas

 


O Governo de Sergipe, através da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), por meio da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), iniciou o processo de credenciamento para a produção de mudas certificadas de cacau junto ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). A iniciativa visa reduzir a dependência dos agricultores locais de viveiristas da Bahia, onde atualmente as mudas certificadas são adquiridas ao custo de R$ 9 por unidade.

A cultura do cacau no estado ocupa uma área de 32,4 hectares, distribuída nos municípios de Arauá, Boquim, Estância, Lagarto, Itaporanga, Indiaroba, Itabaianinha, Santa Luzia e Umbaúba. A falta de produção local de mudas certificadas tem sido um dos principais entraves para a expansão da cacauicultura sergipana. Para mudar essa realidade, a Emdagro deu início ao credenciamento de produtores, começando com o agricultor Jivonaldo Pereira, da Comunidade de Nova Descoberta, no município de Indiaroba, que concentra a maior área plantada do estado.

A expectativa é que, a partir do segundo semestre de 2025, a propriedade do agricultor produza 6 mil mudas certificadas de cacau clonal, podendo atender entre 35 e 40 pequenos agricultores familiares. Segundo Jean Carlos Nascimento, diretor de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa da Emdagro, esse é um passo essencial para fortalecer a cadeia produtiva do cacau em Sergipe.

“Estamos iniciando um processo que pode transformar a produção de cacau no estado. Com mudas certificadas produzidas localmente, reduzimos custos para os agricultores e garantimos maior controle sobre a qualidade e sanidade das plantas. Esse é um avanço fundamental para o setor”, destacou.

Inicialmente, apenas dois agricultores familiares serão credenciados pelo Mapa para a produção de mudas certificadas, contando com o suporte da Emdagro. Para os interessados em se tornar viveiristas certificados, é necessário realizar o credenciamento diretamente junto ao Ministério da Agricultura e contratar um responsável técnico para acompanhar a produção.

No caso do produtor Jivonaldo Pereira, a Emdagro fornecerá apoio técnico por meio de um engenheiro agrônomo, que supervisionará e orientará a produção das mudas em viveiro telado. “A Emdagro está dando a oportunidade de eu começar a fazer meu viveiro de mudas de cacau. Tenho que agradecer a Deus que esse é o sonho que estou realizando. Essa é a hora!”, comemorou.

A certificação das mudas será realizada pelo Ministério da Agricultura, também responsável pela fiscalização da produção. No entanto, o sucesso dessa iniciativa dependerá da demanda e da viabilidade de distribuição das mudas aos agricultores familiares. “Precisamos alinhar essa estratégia com os órgãos competentes para garantir que o projeto tenha o impacto desejado”, concluiu Jean Carlos Nascimento.

Com o credenciamento em andamento, a expectativa é que a produção local de mudas certificadas impulsione a expansão da cultura do cacau em Sergipe, proporcionando mais oportunidades para os agricultores e fortalecendo a economia rural do estado.

 

Programa de inseminação artificial apoiado pelo Governo de Sergipe promove melhoria nos rebanhos de pequenos produtores

A partir do Programa Mais Genética no Sertão, resultados positivos têm mudado a realidade de criadores de ovinos e caprinos da agricultura familiar atendidos

Em março de 2024, Sergipe aderiu ao Programa Mais Genética no Sertão, com objetivo de permitir a pequenos produtores de caprinos e ovinos o acesso a inseminação com sêmen das melhores raças, além de receberem apoio logístico da Confederação Nacional de Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer). Após um ano, com o apoio do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), os resultados positivos modificaram a realidade desses produtores.

O programa promove o melhoramento genético dos rebanhos de caprinos e ovinos no estado, aumentando a produtividade e qualidade dos produtos derivados diretamente desses animais. Foram 185 inseminações em um ano, com percentual de 22% de prenhez, a partir de uma parceria entre a Conafer e a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro). São atendidos criadores dos municípios de Nossa Senhora da Glória, Poço Verde, Porto da Folha, Simão Dias e Tobias Barreto.

Mais do que os números, porém, são as histórias que mostram a mudança de realidade dos pequenos produtores, a partir da iniciativa. É o caso de José Hamilton Araújo, produtor no município de Simão Dias. Há 40 anos na área, ele ressalta o apoio constante da Emdagro, e como o Mais Genética no Sertão tem impactado diretamente seu trabalho. “A Emdagro dispensa comentários porque, desde o início, temos benefício com ela. Está sempre nos ajudando, resolvendo os problemas, orientando em relação aos animais, alimentação e roça. E essa nova parceria foi uma maravilha. Melhora a qualidade, a produtividade do que estamos fazendo, e a venda, também. Recentemente, vendi uma criação por um valor maior. Tudo isso traz bons resultados para nós”, exalta José Hamilton.

O produtor faz parte de um assentamento em Simão Dias, com cinco produtores que possuem 80 animais ao total. Um deles é Antônio Claudiomiro, que também foi beneficiado. “A Emdagro veio, aqui, antes, já começou todo o processo e, agora, deu início à inseminação. É algo caro e esse auxílio ajuda bastante a gente. Sozinhos, não iríamos conseguir. Estamos fazendo agora para lucrar lá na frente. Só temos a ganhar”, pontua.

Processo de inseminação

Para que a inseminação seja realizada, existe um conjunto de regras a serem seguidas. O produtor deve ser dono de, no máximo, 50 cabeças, além de ter o seu rebanho vacinado contra a clostridiose, conhecida como ‘doença dos sete males’. A Emdagro proporciona a vacinação, caso o produtor não a tenha em seu rebanho. O proprietário deve ir até o escritório local da Emdagro e apresentar atestado de vacina, cadastro feito na Emdagro, cópia da identidade e do comprovante de residência.

A técnica de Inseminação Artificial por Tempo Fixo (IATF), utilizada há dois anos pelo Governo do Estado, acontece em três etapas. Na primeira, os técnicos vão até propriedades e fazem o diagnóstico, para identificar quais animais estão ‘limpos’ (não prenhes). Após oito dias, é retirado o implante para aplicação de novos hormônios, e, no décimo dia, é feita a inseminação. Após isso, em um período entre 45 e 60 dias, há o diagnóstico de gestantes, e os animais que não ficaram prenhes passam novamente pelo processo.

“O processo propõe a inseminação em lotes, o que é bom produtivamente porque o tem uma padronização de produção. Esse processo é feito por meio de um protocolo hormonal, proporcionando ao produtor que ele faça a inseminação nos seus animais com raças melhoradas. Todos os reprodutores são puro sangue, de produtores contratados pela Conafer”, explica o médico veterinário da Emdagro, Maurício Kalil.

Além disso, há uma técnica específica de controle do animal, para que a inseminação aconteça da melhor forma possível. A Emdagro utiliza a técnica da tração cervical, que não necessita de procedimento cirúrgico, como detalhou o médico veterinário da Conafer, Esdras Medeiros. “Ela não pede anestesia, mas é preciso saber onde pinçar e tracionar. Usa-se a contenção física, ao invés de outras que pedem a sedação e o operatório. Isso evita que se machuque o animal”.

Benefícios ao produtor

O objetivo de melhorar o rebanho por meio da inseminação artificial gera diversos benefícios aos pequenos produtores. De forma geral, o processo é caro, e estes produtores não possuem condições de arcar com os custos sozinhos em lotes. Por isso, o apoio do Governo de Sergipe chega em boa hora.

“Já calculamos que cada inseminação custa, em média, R$ 200 ao produtor. É uma ajuda de grande valor. A Emdagro, junto à Seagri e à Conafer, promove ao pequeno produtor algo que está longe dessa realidade. Sem os convênios que a Seagri fez, teríamos muita dificuldade em promover esse serviço. É algo fundamental”, frisa Maurício Kalil.

Há, também, o conhecimento gerado a partir desta iniciativa. A partir dele, não apenas os produtores aprendem etapas específicas, como os próprios especialistas entendem melhor as realidades de cada um deles. “Passamos conhecimento aos produtores, ensinando sobre controle de rebanho, aconselhamento reprodutivo, separação de lotes, entre outros, e aprendemos, também, conhecendo manejos diferentes, e entendendo que a realidade é diferente em cada propriedade”, pontua Esdras Medeiros.

Mas o principal é a melhoria da condição de trabalho e de vida dos pequenos produtores. Ao aderir ao Programa Mais Genética no Sertão, Sergipe beneficia diretamente estes trabalhadores, aumentando os lucros e modificando a realidade dos mesmos. “O programa busca atender a agricultura familiar, melhorar o rebanho com acessibilidade a quem não tem acesso fácil. Também traz um ganho futuro porque trazemos genética de fora, com uma heterogeneidade que melhora o rebanho. Todos têm a ganhar”, finaliza Maurício Kalil.

ASN

 

Última atualização: 14 de abril de 2025 10:52.