Agricultores de Arauá recebem apoio da Emdagro na comercialização da produção
Mercados institucionais garantem renda para organização de agricultores do município
A agricultura familiar é responsável por grande parte da produção agropecuária de Sergipe. Ela garante que 70% dos alimentos produzidos cheguem às mesas das pessoas. Entretanto, os caminhos percorridos, desde a produção até o consumidor final, não são nada fáceis se não houver um apoio qualificado que possa direcionar a caminhada. É nesse contexto, dentre tantos outros, que a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), órgão de assistência técnica e extensão rural vinculado à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Rural e da Pesca, vem desempenhando um papel fundamental nesse processo de comercialização ao auxiliar os pequenos produtores desde o plantio da semente até o acesso aos diferentes mercados consumidores.
É o que acontece com agricultores familiares do município de Arauá, região Sul do Estado, que, com o apoio dos técnicos do escritório da Emdagro no município, buscaram acessar os principais canais de comercialização. “Nós, extensionistas rurais, ao orientar o agricultor no tocante à produção – da porteira para dentro – orientamos também sobre a comercialização dessa produção, ou seja, da porteira para fora. Esse é um trabalho que vem sendo muito bem conduzido pelos técnicos da Emdagro do município de Arauá que orientam os
agricultores sobre a venda em feiras livres, Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), entrega em domicílio, Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e pontos de venda”, enfatizou o Assessor Técnico em Comercialização da Emdagro, o economista Wagner de Aragão Brito.
O assessor detalha como vem sendo realizada a comercialização no município, além dos canais de venda em feiras livres, que possuem uma característica interessante por ser uma modalidade mais popular e democrático que existe. “Por isso, incentivamos os nossos agricultores a participarem desse tipo de mercado, buscando inibir a figura do intermediário e, consequentemente, fazendo com que o agricultor familiar, ao vender sua produção diretamente na feira livre, consiga agregar mais valor aos seus produtos”, reforçou Wagner.
Nos mercados institucionais, por exemplo, o Assessor explica que ao acessar o PNAE, os agricultores familiares e suas organizações podem vender seus produtos para a merenda escolar, respeitando-se as referências nutricionais, os hábitos alimentares, a cultura e a tradição alimentar da localidade, pautado na sustentabilidade e diversificação agrícola da região, na alimentação saudável e adequada. “Já o PAA é um programa que tem a finalidade
de incentivar a agricultura familiar, compreendendo ações vinculadas a distribuição de produtos agropecuários para pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional”, detalhou.
Tanto em um programa (PNAE) como no outro (PAA), o assessor da Emdagro destaca uma organização fornecedora de produtos, que é o Grupo de Jovens Cooperativista da Colônia Sucupira (COOPERJOS), em Arauá, que viabilizaram projetos que, somados, ultrapassam o valor de mais de meio milhão de reais. “Com o PAA, o projeto é de 296 mil reais, beneficiando 37 agricultores com a comercialização de Laranja, mamão, maracujá, melancia, milho verde, macaxeira a vaco, banana, inhame e tangerina. Com o PNAE, no valor aproximado de 250 mil reais, 48 produtores beneficiados comercializam pimentão, quiabo, milho verde, pão de macaxeira, tangerina, macaxeira a vaco, mamão, melancia, cebolinha, laranja, coentro, couve, abacaxi, abóbora, banana e batata doce”, detalhou Wagner Brito.
Para o agricultor familiar e membro do grupo de jovens COOPERJOS, Pedro Oliveira, a Emdagro tem tido uma participação importante nesse processo de comercialização. “A
Emdagro é muito importante para nós, porque, além de nos prestar assistência técnica individual e coletiva, ela assessora a cooperativa com a elaboração de projetos da agricultura familiar também. Agradecemos muito esse apoio dos técnicos da Emdagro de Arauá, o Elizaldo, Luiz e o Anselmo que não nos deixa na mão, sempre nos apoiando. Graças à Emdagro pudemos tirar nossa Declaração de Aptidão do Produtor (DAP), que é o documento essencial para acessarmos esses mercados institucionais”, reconheceu o agricultor.
Outras formas de comercialização que os agricultores familiares têm são a venda direta em domicílio, que é modalidade de mercado que consiste em entregar os produtos produzidos pelo produtor na localidade que o freguês escolher. Nessa modalidade, a produção é toda da propriedade para garantir a qualidade. E a outra forma de comercialização são os pontos de vendas, que é um local estratégico onde os produtos são vendidos.
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Última atualização:
1 de dezembro de 2021 13:42.
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