Integração de políticas públicas transforma vida de agricultores em Aquidabã

A propriedade rural do casal de agricultores Joseval de Souza e Cristiane de Jesus Souza, localizada na Comunidade Curralinho, município de Aquidabã, é o reflexo de políticas públicas que vêm dando certo no campo. Beneficiários de programas que garantem ao trabalhador rural a geração de emprego e renda nas suas próprias localidades, seu Joseval e dona Cristiane produzem, com o apoio da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), tudo aquilo que é necessário para o seu sustento e dos seus quatro filhos.

 

Além do uso da irrigação e da assistência técnica, que leva até eles orientações sobre a adoção de práticas que otimizem a produção agrícola da propriedade, o casal ainda participa dos Projetos Dom Távora, do Mais Palmas para Sertão, do Programa de Distribuição de Sementes de Milho e do Programa de Melhoramento Genético por Inseminação Artificial Por Tempo Fixo (IATF), promovidos pelo governo do Estado, através da Secretaria de Estado da Agricultura e da Emdagro, que oferece apoio constante in loco. Com isso, seu Joseval e dona Cristiane conseguem cultivar hortaliças, milho, criar ovelhas e porcos, além de comercializar na feira de agricultura orgânica, no centro da cidade, sua produção de couve, alface, cebolinha e coentro.

 

Eles contam que o trabalho nunca foi fácil e que, por isso, precisaram pensar e agir diferente. Orientados por técnicos da Emdagro, resolveram moldar sua propriedade para receber os benefícios que as políticas públicas proporcionariam. Passaram, então, a adotar técnicas que levassem mais qualidade de vida para toda a família, conservação e proteção ao meio ambiente, e uma produção mais saudável, através da agricultura orgânica. ”É uma alegria pra gente. Queira ou não, nós conseguimos ter um retorno com a comercialização de nossa produção, que fazemos com muito orgulho no sistema agroecológico, porque a nossa saúde está em primeiro lugar”, diz dona Cristiane.

 

Segundo a agricultora, o apoio da Emdagro tem sido fundamental. “Só temos a agradecer aos técnicos, porque se não fossem eles nós não seríamos o que somos hoje. A Emdagro nos deu assistência, entregou 20 kg de sementes de milho e 30 sacos de raquetes de palma, elaborou nosso projeto para a compra de oito ovelhas, além do poço para irrigação. Foi só glória em nossa vida”, enumera dona Cristiane.

 

Acompanhando as ações da Emdagro no município, o presidente da empresa, Jefferson Feitoza, visitou a propriedade do casal e se mostrou satisfeito não só pelo trabalho realizado pelos técnicos da empresa, mas, principalmente, por saber que as políticas públicas estão conseguindo transformar a vida dos agricultores no Estado. “É gratificante presenciar os resultados desse trabalho, realizado dia a dia, junto ao homem do campo. Estou ainda mais feliz em perceber que o agricultor tem internalizado nossas orientações e assumido o papel de protagonista da sua própria evolução. Eles estão de parabéns pelo brilhante trabalho que estão desenvolvendo em sua propriedade”, ressaltou Jefferson, que está fazendo uma série de visitas aos agricultores assistidos, para acompanhar a execução das principais políticas públicas desenvolvidas pelo Governo de Sergipe, através da Emdagro. Em Aquidabã, ele foi acompanhado pelos técnicos do escritório da Emdagro, e pelo Secretário de Agricultura do município, Alciberto Valença.

 

 

 

 

 


 

 

 

 

 

Emdagro realiza palestra sobre Controle biológico

Tirar da própria natureza a solução que reduz a incidência de pragas e doenças que acometem as plantas, foi com essa abordagem que a Emdagro realizou, na manhã da última segunda-feira (02), em Aracaju, uma palestra sobre Controle Biológico. O evento contou com a participação do Presidente da Emdagro, Jefferson Feitoza de Carvalho, e de e técnicos e assessores da empresa, do Secretário de Estado de Agricultora, Desenvolvimento Rural e da Pesca, André Bomfim, do Presidente do SergipeTec, Brenno Barreto, do prefeito de Indiaroba, Ednaldo Nascimento, de agricultores, professores e estudantes do IFS, representantes de associações e cooperativas de agricultores e de órgãos públicos.
Na ocasião, o evento foi aberto pelo presidente da Emdagro, Jefferson Feitoza de Carvalho, que deu as boas vindas a todos os presentes e frisou a importância de se discutir sobre agrotóxicos. “Nós temos percebido que os agricultores sergipanos têm se utilizado cada vez mais de agrotóxicos em suas lavouras e, com isso, tem pedido à empresa alternativas de produtos que controlem pragas e doenças que não fossem tóxicos. Diante disso, sabendo que existem empresas nacionais que tem seus produtos formulados, nós quisemos apresentar aos nossos técnicos, produtores rurais, professores, estudantes e à comunidade em geral alguns dos produtos existentes no mercado e que podem oferecer mais saúde para eles e uma alimentação saudável na mesa do consumidor”.
Comentando sobre a liberação de mais agrotóxicos por parte do Governo Federal, o Secretário de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Rural e da Pesca, André Bomfim, disse que esse trabalho da Emdagro é de suma importância para conscientizar o agricultor sobre a utilização desses defensivos agrícolas. “A gente fica feliz e parabeniza a Emdagro, na pessoa do presidente Jefferson, pela iniciativa de está discutindo em Sergipe esse tema de grande relevância para a sociedade, que é a produção e alimentos cada vez mais saudáveis, principalmente, nesse momento em que o Governo Federal vem liberando ainda mais a comercialização de novos agrotóxicos. Por isso, é importante a Emdagro ter puxado essa discussão para que a gente possa dar ao agricultor outras oportunidades que não seja apenas uma agricultura convencional. É mostrar que existem outras formas de controle de pragas e de doenças que a gente acredita muito, porque vem dando certo na agricultura nacional e internacional”, ressaltou ele.
 Ainda em sua fala, o Secretário destacou a Unidade de Produção de Inimigos Naturais (UPIN) e disse que está discutindo com os órgãos envolvidos para iniciar a execução da unidade. “A gente vem conversando muito com o presidente do SergipeTec, Brenno Barreto, e a Emdagro para que a gente possa colocar em execução a UPIN, inclusive, estamos estudando a possibilidade de uma parceria público-privada (PPP), o que vai ajudar bastante o incentivo da agricultura sustentável aqui no Estado”, frisou o Secretário.
Para o agricultor da comunidade Lagoa Seca, Município de Simão Dias, José Cláudio Rodrigues dos Reis, as palestras foram muito importantes. “Nós sempre tivemos esse sonho de conhecer mais sobre os produtos biológicos, por ser uma saída para o homem do campo deixar de usar um pouco mais agrotóxicos. Nós não usamos muito o biológico por não conhecermos, mas depois que conversamos com os técnicos da Emdagro, numa ação que realizou em nossa comunidade, nós conseguimos abrir os olhos para esse uso desgovernado de agrotóxicos no Estado”.
Já a estudante de agroecologia do Instituto Federal de Sergipe (IFS), Elaine Cristina Mota Oliveira, que também é produtora de orgânico, disse que a proposta da palestra foi apresentar opções para o cultivo de uma alimentação saudável. “As palestras no dia de hoje trouxe mais opções, mostrando que existem diversas pesquisas em andamento para solucionar o problema do uso indiscriminado de agrotóxicos, com foco no sistema integrado de controle de praga”, enfatizou.
Abordagens
Com o tema controle biológico, a Emdagro ofereceu duas abordagens: a primeira sobre inseticidas e fungicidas biológicos, numa palestra ministrada pelo Eng. Agr° Gleidson Oliveira dos Santos, da empresa Rural/Koppert do Brasil; e segunda sobre química verde e rastreabilidade, que teve como palestrante o Eng. Agr° João Anísio Dourado Mendes, da empresa Aqua do Brasil.
Saúde no Campo
Com a palestra sobre Controle Biológico, a Emdagro reforça um trabalho importante que vem acontecendo em 13 municípios de Sergipe, que é o Projeto Saúde no Campo, uma ação institucional que busca, através de parcerias com prefeituras e órgãos municipais, levar ao meio rural orientações sobre o uso responsável de agrotóxicos. “Essa ação de hoje é uma ação do Projeto Saúde no Campo, que já beneficiou com capacitações aproximadamente 700 produtores em 13 municípios e a tendência é aumentar esses número”, ressaltou a Coordenadora de Defesa Vegetal da Emdagro, Aparecida Andrade.

Citricultura é tema de capacitação de técnicos e secretários municipais de Agricultura

    Questões relativas à produção, produtividade e comercialização da laranja, tangerina e limão estiveram entre os principais assuntos discutidos no Curso de Atualização em Citricultura, realizado pela Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) em Boquim, em parceria com a Prefeitura de Umbaúba. Durante o encontro, que teve a duração de dois dias, técnicos da Emdagro, gestores municipais da Agricultura e equipes dos 14 municípios que compõem a região citrícola do Estado puderam nivelar informações e atualizar conhecimentos sobre as culturas e suas respectivas cadeias produtivas.

A proposta do curso, segundo o consultor Arthur Castro, foi mostrar práticas de manejo para que os técnicos consigam indicar, aos agricultores, caminhos possíveis para a melhoria da produtividade e rentabilidade das suas lavouras, sem destruir o meio ambiente. “Não são técnicas muito difíceis, mas são práticas que demonstram novas tecnologias que viabilizam ao agricultor aumentar sua produtividade, como o plantio de novos pomares, correção e fertilização do solo, nutrição para altas produções, indução de colheita fora de época, manejo para tolerância à seca, manejo de pragas e doenças”, detalhou o consultor.

Segundo o Secretário de Agricultura de Umbaúba, Edgar Campos Serqueira Filho, o curso foi pensado diante da necessidade de encontrar uma saída para a questão da citricultura, através do nivelamento de informações. “Ainda existe muita informação equivocada no campo e a partir do alinhamento dessas informações, como proposto neste curso, poderemos esclarecer o agricultor, mostrando que a citricultura é viável se ela for bem produzida, evitando gastos desnecessários”, comentou.

Na avaliação do Secretário de Agricultura, Comércio, Indústria e Meio Ambiente de Boquim, Luiz Carlos do Nascimento, o curso foi muito proveitoso. “A citricultura continua sendo um excelente negócio e nós devemos aproveitar essas novas tecnologias apresentadas para produzir mais, informando aos agricultores sobre essas tecnologias, porque são eles que vão colocar a ‘mão na massa’”, afirmou.

Carlos Alberto Souza Torres, Chefe do escritório regional da Emdagro de Boquim, comentou que o curso atende a uma demanda de capacitação da equipe técnica. “Incentiva o pessoal a ler, a estudar, a pesquisar mais sobre o assunto da citricultura. Com isso, a empresa deverá definir as diretrizes a serem seguidas e nós vamos sentar e analisar para chegar a um resultado mais suficiente, no que tange ao desenvolvimento dos municípios da região citrícola”, concluiu.

Além de técnicos da Emdagro, secretários municipais de agricultura e assessores, também participou do evento o Diretor de Assistência Técnica e Extensão Rural da Emdagro, Esmeraldo Leal.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Sergipe prepara ações para se manter área livre da Febre Aftosa, agora sem vacinação

Emdagro conduz Grupo Gestor do Plano Estratégico do Programa Nacional de Prevenção e Erradicação da Febre Aftosa

Alinhando ações de preparação de Sergipe para se tornar área livre da Febre Aftosa sem vacinação a partir do ano de 2021, o Grupo Gestor do Plano Estratégico do Programa Nacional de Prevenção e Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA) se reuniu, na sede da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), onde foram discutidas as diretrizes traçadas para o Estado. Instituído pela Emdagro através da Portaria 094/2018, o Grupo Gestor vai implementar as ações estratégicas do Plano junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

“O grupo vai tratar das definições de metas para a elaboração do Plano Estratégico Estadual para a Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa, além de planejar, executar e avaliar o andamento das diferentes ações que deverão ser implementadas aqui no Estado”, explicou o Presidente da Emdagro, Jefferson Feitoza. Ainda segundo o Presidente, os próximos passos do Grupo serão fazer uma ampla discussão com os setores envolvidos, a fim de dar visibilidade sobre o programa de prevenção e erradicação da doença e unir esforços para o sucesso das ações, de forma a apoiar a Defesa Sanitária no Estado.

“Buscaremos fazer fóruns de discussões, debates, palestras e treinamentos, não só para os grupo já envolvido, mas também – e principalmente – para os pecuaristas, que são a parte mais interessada. É preciso dar ciência a todos sobre os planos estratégicos, que preveem, inclusive, uma atuação mais rigorosa do serviço de fiscalização agropecuária”, frisou o presidente da Emdagro, que reafirma a importância de Sergipe permanecer como zona livre de Febre Aftosa – status mantido há 24 anos pelo Estado, com vacinação.

Para o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Sergipe (Faese) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Ivan Sobral, Sergipe dá um passo importante com a instalação do grupo gestor. “Nós já possuímos o status de área livre da Febre Aftosa com vacinação, o que estamos agora é, justamente, tratando dos próximos passos para tirarmos essa vacinação. Pra isso, deixamos marcado, para o próximo dia 28 de setembro, um fórum com os criadores, sobre a erradicação da Febre Aftosa, e colocar em que nível o Estado de Sergipe já se encontra dentro do Programa Nacional de Prevenção e Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA)”, detalha Ivan.

Além de Ivan Sobral, participaram da reunião, o Diretor Administrativo da Emdagro, Roberto Messias, representando o presidente da Emdagro, Jefferson Feitoza; representante da Superintendência Federal de Agricultura, Vera Minan; da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Rural e da Pesca, Tânia Maria Silveira Reis; e o presidente da Associação de Criadores de Sergipe, Djenal Neto.

Sobre o Grupo Gestor

Fazem parte da composição do Grupo Gestor representantes de entidades públicas, a exemplo da Emdagro (responsável pela condução do processo por ser o órgão que faz a Defesa Agropecuária em Sergipe); da Superintendência Federal de Agricultura em Sergipe; da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Rural e da Pesca (Seagri) e do Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV/SE); além de entidades privadas, como a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Sergipe (Faese), a Associação de Criadores do Estado de Sergipe, e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).

Fórum discute fortalecimento dos serviços de Defesa Agropecuária no Nordeste

O Estado de Sergipe foi representado pela Empresa de Desenvolvimento Agropecuário – Emdagro no Fórum Nacional de Executores de Sanidade Agropecuária (Fonesa Nordeste), realizado na última quarta-feira (21) em Teresina, Piauí. O encontro reuniu gestores e técnicos em torno da discussão sobre a importância do setor agropecuário para o desenvolvimento socioeconômico do Nordeste brasileiro, com vistas à necessidade de avanços na classificação sanitária de doenças dos animais e pragas vegetais, maior inserção dos produtos agropecuários nordestinos no comércio exterior e a garantia do abastecimento interno, segurança  alimentar e proteção do meio ambiente.

Como resultado das discussões, os gestores de Defesa Agropecuária redigiram uma carta endereçada ao Consórcio de Governadores do Nordeste, que também se reuniu em Teresina nesta semana, onde expuseram a importância da defesa agropecuária estadual para a mitigação de riscos sanitários frente às classificações trazidas pelos diversos programas sanitários do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Buscaram, ainda, apoio para a adesão e implantação do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal – SISBI-POA; a disponibilização de um sistema informatizado único de defesa agropecuária para todos os estados do Nordeste.

De acordo com o presidente da Emdagro, Jefferson Feitoza, também foram encaminhadas demandas relativas à inclusão da pauta da Defesa e Inspeção Agropecuária na agenda do Consórcio de Governadores do Nordeste. “É preciso priorizar a defesa do repasse de recursos federais aos Estados para subsidiar a Defesa, financiando as ações de prevenção, controle e erradicação de doenças dos animais e pragas vegetais. Então, os desafios são enormes e os setores de defesa agropecuária do Nordeste necessitam dessa consciência coletiva para garantir a expansão do mercado consumidor e permitir a comercialização de produtos em todo o território nacional”, destacou Jefferson Feitoza.

Para a Coordenadora de Defesa Vegetal da Emdagro, Aparecida Andrade, que também participou do Fórum, dentro do contexto da Defesa Agropecuária, é importante destacar a Defesa Vegetal, tendo em vista a alta produção e o potencial de crescimento das exportações de frutas, grãos, dentre outros. “A agropecuária tem o papel fundamental de favorecer e promover o desenvolvimento regional, melhorando a qualidade de vida dos agricultores”, concluiu.

 

 

 

 

 

 

Servidores da Emdagro fazem homenagem ao dia dos pais

Na manhã da última sexta-feira, dia 9, servidores da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) promoveram um café da manhã em homenagem ao dia dos pais. Como todos os anos, o esforço da equipe de Recursos Humanos e do Serviço Social, objetivou, além de homenagear os pais da empresa, a integração de todos para comemorar um dia tão especial como um dia dedicado a eles.
A manhã iniciou com um chamamento ao público através de muita música pelos setores da empresa, convidando a todos para acompanharem a apresentação da peça teatral com o tema bíblico “O filho pródigo”, encenada pelos próprios servidores.
Em seguida, todos os servidores se dirigiram ao hall da empresa para confraternizarem-se em café preparado com muito carinho e dedicação, regado de muitas bolos, doces, salgados, refrigerantes e sucos, o qual contou com a colaboração de todos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Sementes de palma forrageira começam a chegar para criadores do Alto Sertão

Com investimento de mais R$ 1 milhão na bacia leiteira, Governo distribui raquetes de palma a 872 produtores de 12 municípios.
Produtores rurais de diversos municípios sergipanos já começaram a receber sementes de palma forrageira, ao longo desta semana. A entrega começou por Poço Redondo e Canindé de São Francisco, na última quarta-feira, 25, seguindo para Porto da Folha e Monte Alegre. Os outros oito municípios que serão contemplados serão atendidos na sequência. Três milhões de raquetes de palma da variedade ‘Orelha de Elefante Mexicano’ foram adquiridas pelo Governo de Sergipe, para distribuição a 872 pequenos criadores do Alto Sertão. Cada um receberá 3.400 raquetes, exclusivas para o replantio, e três sacos de adubo. Para participar do programa, cada produtor deverá repassar metade da produção a outros criadores, após as plantas atingirem o tamanho de colheita, multiplicando o alcance, ao possibilitar que cinco vezes mais pessoas sejam beneficiadas.
“Uma raquete dessas pode ser multiplicada por dez, daqui a um ano e meio. Se um produtor tem 3.400 raquetes para plantar, ele vai colher 34.000, das quais 50% serão distribuídos para os demais agropecuaristas, para que a gente dissemine a variedade o mais rápido possível com os outros criadores”, explicou o engenheiro agrônomo Ary Bonfim, chefe do escritório regional da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe em Nossa Senhora da Glória. A Emdagro é quem executa o projeto, fruto de termo de cooperação técnica firmado entre as secretarias de Estado da Agricultura – Seagri e da Inclusão Social – Seit, que é quem destina o recurso na ordem de R$ 1 milhão, oriundo do Fundo Estadual de Combate à Pobreza. Considerando também as sementes de milho e de arroz adquiridas, a edição 2019 do Programa de Distribuição de Sementes envolveu o investimento de R$ 2.590.000,00 pelo governo de Sergipe.
No Assentamento Lagoa das Areias, em Poço Redondo, seu José Correia cria oito vacas de leite, carneiros, cabras e porcos. Seus animais, que na época de chuvas de inverno se alimentam de capim e forragem de milho, têm na palma forrageira a alternativa viável no verão, quando todas as outras espécies vegetais secam, exceto as cactáceas. No escritório da Emdagro do município, ele buscou as raquetes da nova variedade, muito maiores que as que já plantava em seu lote. “Me surpreendi com o que vi. Quero sempre tirar a semente delas, para não acabar mais. Aqui no Sertão a cultura da gente é essa, é a palma. A gente utiliza na forrageira, faz o farelo, corta na cocheira e o gado come. Então, para nós foi uma satisfação chegar esse projeto aqui, para depois abranger todos os nossos companheiros. Nós só podemos agradecer”, disse.
No povoado União, assentamento Barra da Onça, em Poço Redondo, Dona Maria da Graça Santos também considerou a nova palma melhor que a variedade que ela e o marido já plantavam no lote, para atender ao rebanho de vacas de leite e ovelhas. “A importância da palma é muito grande. É com ela que a gente cria os bichinhos. Quando chegar aquele verão, em que não tiver aquela trovoada de tempos atrás, se não tiver a palma para dar ao gado, nós não temos futuro. Temos que ir plantando, para não deixar faltar, para sempre ter para os bichinhos. E essas sementes chegaram em boa hora, foi uma benção essa palma chegar. A gente vai plantar e depois tirar semente”, contou.
A palma Orelha de Elefante Mexicana é resistente a estresse hídrico e à Cochonilha-do-carmim, praga capaz de devastar os palmais. Por essa razão, conforme explica Ary Bomfim, a Emdagro decidiu inserir essa variedade, como forma de divulgação, em todos os 12 municípios [Aquidabã, Canindé, Gararu, Itabi, Monte Alegre, Poço Redondo, Poço Verde, Porto Da Folha, Simão Dias, Tobias Barreto, nossa senhora da Glória e de Lourdes]. “O produtor vai receber 3.400 raquetes para plantio, no espaçamento de 80 por 50, e também receberão três sacos de adubo superfosfato simples, para facilitar e agilizar o processo de crescimento”, completou Ary. Ainda segundo ele, as sementes de palma vieram do município de Monteiro, na Paraíba, com qualidade sanitária, vegetativa e física avaliadas como “muito boas”.

Emdagro convoca guardiões para multiplicação de bancos de sementes crioulas de milho

A dois agricultores orgânicos dos municípios de Itabaiana e Campo do Brito, foi incumbida a função de guardiões de sementes crioulas. Objetivando a segurança alimentar e a preservação patrimonial de quatro variedades de milho, a escolha teve por base o Projeto “Sementes Crioulas” da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), realizado no âmbito do Programa Águas de Sergipe.

Por denominação, as sementes crioulas são variedades desenvolvidas, adaptadas ou produzidas por agricultores familiares, assentados da reforma agrária, quilombolas ou indígenas, com características bem determinadas e reconhecidas pelas respectivas comunidades. “Elas são passadas de geração em geração e conservadas em bancos de sementes. Este ano, inclusive, o governo de Sergipe incluiu 30 toneladas de sementes crioulas de milho entre os produtos entregues pelo Programa de Distribuição de Sementes, tamanha a sua importância para a preservação da riqueza natural das nossas terras”, disse o secretário de Estado da Agricultura, André Bomfim.

Os agricultores orgânicos Marcelo Dias Polido, do povoado Bom Jardim [Itabaiana]; e José Adelson da Fonseca, povoado Garangau [Campo do Brito] estiveram entre os 1200 pequenos produtores rurais da região que foram capacitados e, agora, receberam a missão de realizar o manejo e conservação das sementes. “A atual forma de produção é focada nos transgênicos e em sementes de alta produtividade que, no fim das contas, têm um custo ambiental bem alto, então vejo como um resgate ter esse investimento em sementes crioulas. Sendo assim, para nós, receber a missão de conservar, multiplicar essas sementes e encontrar outras pessoas que pensam e valorizam os orgânicos, é muito importante”, afirmou Marcelo Dias.

O agricultor José Adelson, por sua vez, ressalta que a tarefa de ser um guardião das sementes crioulas é uma forma reviver a cultura de seus antepassados. “Nossos ancestrais só plantavam dessas sementes e estou muito satisfeito em ter sido escolhido como guardião delas, porque sabemos que se trata de uma cultura sadia e de melhor qualidade para a saúde”, disse. Ao todo, foram distribuídos 8 kg de quatro variedades de sementes crioulas para cada um dos guardiões, que buscarão criar bancos de sementes em suas comunidades.

“Esses produtores já têm a consciência da preservação ambiental e fazem o manejo agroecológico, fator que, para nós, dá maior certeza de que serão difusores dessas tecnologias em suas comunidades”, frisou o chefe do escritório local da Emdagro em Itabaiana, Waltenis Braga. Ainda de acordo com ele, através do Programa, vários consultores do Sul do país vieram a Sergipe falar sobre agroecologia, irrigação e manejo de água e solo. “Durante essas visitas, tivemos a grata satisfação de receber de presente as sementes crioulas. A partir daí, aproveitando o Centro de Difusão Tecnológica (CDT) que temos em Itabaiana, começamos a fazer a multiplicação das sementes, que entregarmos aos guardiões”, completou Waltenis.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Acadêmicos de medicina da UFS assistem palestra sobre agrotóxicos

“Acho de suma importância para a nossa formação enquanto acadêmicos, nesse momento do curso, temas como esse sobre os impactos dos agrotóxicos na saúde, porque, futuramente, estaremos sendo cobrados em questões dessa temática”, avalia Rodrigo Almeida Santiago de Araújo, acadêmico da disciplina de Saúde do Trabalhador do curso de Medicina da Universidade Federal de Sergipe (UFS) ao participar da palestra sobre “Os impactos do uso dos agrotóxicos na saúde humana”, realizada pela Coordenadoria de Defesa Vegetal da Emdagro, ocorrida em dois momentos no Hospital Universitário (HU).

No primeiro momento houve uma contextualização sobre os agrotóxicos, no qual foi apresentado o que é agrotóxico, qual o seu modo de ação, principais grupos químicos, base legal, quais as culturas agrícolas que mais usam e as principais contaminações. No segundo momento, foi apresentado os efeitos dos agrotóxicos na saúde humana, as principais vias de exposição, os cuidados após a aplicação e os primeiros socorros (rótulo e bula). “Equipamento de Proteção Individual e as ações de combate ao uso indiscriminado e venda irregular dos agrotóxicos também compuseram os temas da palestra”, disse a palestrante Aparecida Andrade, coordenadora de Defesa Vegetal da Emdagro.

Aparecida achou louvável a preocupação do professor Antônio Samarone, titular da disciplina Saúde do Trabalhador, do curso de Medicina da UFS que solicitou a palestra sobre agrotóxicos. “É muito importante que os profissionais da saúde sejam envolvidos com nessa temática dos agrotóxicos em virtude de darem sub-notificações. Então, quando o trabalhador rural e o aplicador de agrotóxicos se intoxicam e procuram o atendimento médico, o profissional ainda sente dificuldades de fazer um diagnóstico preciso, por isso, eles precisam saber de que maneira esse paciente trabalha, qual a ocupação dele, qual o nível de higienização que ele tem no trabalho dele, se ele se protege, qual o tipo de produto que usa, então, tudo isso para permitir ao médico chegar a um diagnostico preciso e com eficiência”, detalhou a Coordenadora.

Ainda segundo a Coordenadora, a Emdagro desenvolve um Programa denominado Saúde no Campo, onde, em parcerias com 10 prefeituras, vem capacitando profissionais das áreas de saúde, educação, agricultores e aplicadores sobre a prevenção e controle dos impactos do uso de agrotóxicos na saúde humana e no meio ambiente.

 

CITRICULTURA | Municípios debatem soluções para o setor produtivo

Reunidos em Umbaúba, no I Seminário Estadual Sobre Citricultura, representantes dos 14 municípios do pólo citrícola sergipano (Arauá, Boquim, Cristinápolis, Estância, Indiaroba, Itabaianinha, Itaporanga, Lagarto, Pedrinhas, Riachão do Dantas, Salgado, Santa Luzia do Itanhy, Tomar do Geru e Umbaúba) discutiram soluções para questões que afetam o cultivo, como pragas, necessidade de revitalização dos pomares e propostas de crédito. Participaram agentes públicos das prefeituras municipais, pequenos e médios produtores, empresas de assistência técnica e pesquisa, e agentes financeiros.

Conforme o cenário atual da citricultura em Sergipe apresentado pelos expositores, apesar da queda na produção desde o final da década de 1990, a laranja continua sendo um dos principais cultivos agrícolas do estado, respondendo por 3,0% do nosso Produto Interno Bruto (PIB). O suco concentrado de laranja e derivados constituem os principais produtos de exportação (65,4%) de Sergipe, que se destaca como quinto maior produtor de laranja do Brasil (depois de SP, MG, PR e BA) e segundo do Nordeste. A importância social do cultivo é significativa. Cerca de 40 mil pessoas sobrevivem da citricultura em Sergipe, em cerca de 11 mil estabelecimentos agropecuários, em sua maioria, de base familiar (81%).

Um dos sinais de que a citricultura precisa de atenção, contudo, está na queda da produção, que saiu de 822.000 t em 2011 para 421.353 t em 2017. A produtividade, no mesmo período, declinou de 14,5 t por hectare para 11 t/ha. No seminário, o assessor estadual da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário (Emdagro), Walter Ferreira Ramos, fez um balanço histórico do crescimento e declínio do cultivo em Sergipe. Segundo ele, nem o crescimento nem a diminuição da produção estão associados a apenas um fator. 

“No auge da citricultura [décadas de 1980 e 1990], quando Sergipe chegou a ser o segundo produtor nacional de laranja, havia uma combinação de fatores, como assistência técnica, pesquisa, crédito rural e mercado, que contribuíram para o estado ser referência. Hoje, temos um contexto diferente: mercado de preço regulado internacionalmente; novos hábitos alimentares que diversificaram o consumo de frutas e sucos; o surgimento de novas pragas e doenças; e a fragilidade econômica dos produtores rurais”, explica Walter.

O diretor técnico da Emdagro, Esmeraldo Leal, reiterou a importância do seminário e da atuação conjunta para se encontrar caminhos para a citricultura. “O governo está atento e atuante sobre os problemas da citricultura. Só em assistência técnica rural, a Emdagro investiu R$ 40 mil em 2019, atendendo mais de 2.100 produtores nos 14 municípios da região”, destacou Esmeraldo, pontuando ainda outras diversas ações e programas realizados pela Seagri, com parceiros como a Seit, a Conab, e outros. 

Ainda segundo ele, a Emdagro realiza outras ações, como a organização de produtores em associações ou cooperativas; o apoio à comercialização e acesso aos programas da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB). “Também realizamos, em parceria com a Secretaria de Inclusão e Trabalho (SEIT), o Programa Mão Amiga, que auxilia financeiramente o catador de laranja, que na entressafra praticamente fica sem trabalho. Na assistência técnica, estimulamos o produtor à diversificação do plantio com outras frutíferas (abacaxi, acerola, banana, cacau, açaí); auxiliamos a produção de material básico de citros (sementes e borbulhas) em ambiente protegido, tornando disponível para os viveiristas. Fazemos, ainda, o monitoramento e a fiscalização das fronteiras, para evitar introdução de pragas e doenças nocivas à citricultura”, relacionou Esmeraldo.

A importância da defesa vegetal na citricultura foi o tema abordado pelo representante da Superintendência Federal da Agricultura (SFA) em Sergipe, André Barreto Pereira. A palestra do representante do Governo Federal explicou para os produtores detalhes da legislação que regulamenta a produção e comercialização das mudas dentro de critérios técnicos e com certificação. Ainda segundo ele, a legislação atual não impede que o produtor produza sua própria muda apenas para consumo interno ou faça o plantio direto no solo. “A manutenção de um sistema de produção de mudas cítricas em ambiente protegido (viveiros telados) depende de nova regulamentação”, defendeu André Barreto.

Na avaliação do secretário municipal da Agricultura de Umbaúba, Edgar Cerqueira, foi importante a participação de todos os municípios da região e das instituições. “Organizamos o seminário com os próprios parceiros, que trouxeram suas sugestões para revitalização da nossa citricultura. Contamos com a experiência das instituições sergipanas”. Também o representante da secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), Hugo Carlos Coelho, considerou satisfatório o evento. “Nosso objetivo foi discutir soluções conjuntas para fortalecer este importante setor econômico. Acho que conseguimos o resultado esperado”, analisou.

Pesquisa e combate à mosca negra 

O pesquisador Marcelo da Costa Mendonça destacou as contribuições da Emdagro na pesquisa fitossanitária voltada para o controle de pragas e outros danos à citricultura. “Nosso principal problema hoje é a mosca negra. Temos realizado ações de controle e orientação técnica junto aos produtores”, disse o pesquisador, que destacou duas ações em andamento. “Em curto prazo, estamos desenvolvendo um tipo de nanobioinseticida preparada a partir do óleo essencial de laranja, com aplicação no controle de insetos na agricultura. Esse trabalho é realizado em parceria com a UFS e tem o apoio do BNB. Temos também a Unidade de Produção de Inimigos Naturais (UPIN), já com 600 m² de área construída, onde se investiu R$ 1.431.655,19, que está em andamento, sob a execução do SergipeTec”, explicou Marcelo.

Segundo diagnóstico feito pelo pesquisador Hélio Wilson de Carvalho, da Embrapa Tabuleiros Costeiros, nos pomares sergipanos, com poucas exceções, predomina o uso da combinação laranjeira pera e limoeiro cravo. “Cerca de 90% dos pomares sergipanos está fundamentado em apenas uma variedade de enxertia, deixando a lavoura vulnerável a pragas, doenças e outros efeitos que podem levar à perda da safra. É preciso que haja alternativas de lavouras”, argumenta Hélio. Neste sentido, a Embrapa realiza experimentos com foco na avaliação e validação de novas variedades de citros. Segundo ele, é a maior área de copas e porta-enxertos do Brasil com 237 variedades que já começam a ser adotadas por produtores do Sul Sergipano e Nordeste Baiano, como alternativas às opções tradicionais de limão, laranja, tangerina e outros.

“Como a base da citricultura sergipana é de pequeno produtor, ele sugere a organização de sistemas de produção de até 2 hectares, obedecendo as indicações técnicas da Embrapa de porta-enxerto, adubações, densidade e de plantio para tentar reerguer a citricultura, buscando uma produtividade acima de 25 t/ha”, completou o pesquisador da Embrapa. Ele considera que a baixa produtividade atual, de 11 t/ha, significa que o produtor não está usando tecnologia, ficando fora do mercado e reduzindo seu lucro. O chefe-geral da Embrapa Tabuleiros Costeiros, Marcelo Fernandes, integrou a mesa de abertura, traçou um panorama das pesquisas da Embrapa como foco na citricultura e colocou a instituição à disposição dos agricultores para a realização de dia de campo nas unidades experimentais da Embrapa.

Acesso a mercado e crédito

O seminário contou, ainda, com palestra do representante do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Matheus Felizola, que apresentou alternativas de comercialização para a cultura da laranja. Gerentes do Banco do Estado de Sergipe e do Banco do Nordeste também participaram, e apresentaram linhas de financiamento específicas disponíveis para o setor agrícola. Tanto o gerente de área de crédito do Banese, Bruno Santiago, como o gerente do Banco do Nordeste, Ricardo Luiz Carvalho Osório, destacaram o benefício da Lei Federal 13.340, que tirou muitos produtores do endividamento e abriu novas possibilidades de operações de crédito.

Fonte: Ascom/Seagri

Última atualização: 4 de junho de 2019 12:48.