Treinamento contou com aulas teórica e prática, e foi promovido como pena alternativa, após autuação pela Emdagro de algumas propriedades na região
Agricultores e trabalhadores nas lavouras de laranja da região de Santa Luzia do Itanhy e Umbaúba, no sul do estado, participaram de um curso sobre o uso correto de agrotóxicos, promovido pela Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), através da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro). Realizado nos dias 10 e 11 de novembro, na Fazenda Sapezinho, no povoado Progresso, em Santa Luzia do Itanhy, o treinamento contou com aulas teórica e prática, e foi promovido como pena alternativa, após autuação pela Emdagro de algumas propriedades na região.
De acordo com a engenheira agrônoma, Aglênia Araújo, coordenadora de insumos agropecuários da Emdagro, funcionários da empresa responsável pela venda dos agrotóxicos foram chamados para realizar a capacitação prática, a fim de ensinar as técnicas de aplicação do produto e esclarecer as dúvidas do público presente, formado por 34 pessoas, entre produtores e aplicadores de agrotóxicos. “Em nossas fiscalizações às propriedades rurais, realizamos um trabalho educativo e punitivo, e com essa capacitação esperamos que os produtores entendam o que está errado e aprendam a fazer de forma correta”, observou.
No primeiro dia do curso, com aulas teóricas realizadas pela equipe da Emdagro, os participantes puderam obter informações sobre legislação, de como adquirir o agrotóxico de forma correta, exigindo a nota fiscal, sobre o transporte e armazenamento correto do produto, de não reutilizar as embalagens vazias e como descartá-las adequadamente, bem como a utilização correta dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), entre outros assuntos.
Já no segundo dia foram observados aspectos práticos, através da apresentação de slides e simulação prática na lavoura, utilizando água. “Ao adquirir o produto é importante identificar o risco de classificação toxicológica e observar todos os cuidados de manuseio, desde a preparação do agrotóxico para uso na plantação, até as recomendações de quando será possível colher os frutos dessa lavoura”, ressaltou o agrônomo Vinícius Santos, assistente técnico da empresa que comercializa os agrotóxicos e palestrante do segundo dia.
Conforme a engenheira agrônoma da Emdagro, Aldira Beatriz Barroso, esse é o terceiro curso que a empresa promove neste ano. Os dois primeiros foram realizados em propriedades rurais dos municípios de Areia Branca e Umbaúba. “Ainda este ano vamos fazer mais um em Lagarto, em data a ser programada”, observou ao destacar sobre a importância da participação de todos que utilizam o agrotóxico em suas lavouras e, principalmente, dos trabalhadores que manuseiam o produto. “É importante que todos estejam cientes sobre as consequências na saúde e também no meio ambiente, pelo uso incorreto dos agrotóxicos”, reforçou.
Para o proprietário da Fazenda Sapezinho, Ariel Oliveira de Menezes, foi importante participar do treinamento e aprender mais. “O conhecimento nunca é demais e quando esses cursos vêm até a gente é bom porque eles nos dão uma orientação melhor. O pessoal da Emdagro tem dado uma boa assistência pra gente do campo. Eles estiveram aqui em minha propriedade e sentiram falta de algumas coisas, como o uso correto dos equipamentos de proteção, então sugeriram a realização desse curso que não só atendeu a minha propriedade como a outros produtores da região. Tenho certeza que a partir de agora vamos utilizar melhor os agrotóxicos em nossa lavoura”, afirmou o produtor de laranja.
O agricultor Manoel Francisco Barbosa, que há 20 anos planta laranja e milho no povoado Limoeiro, em Arauá, saiu satisfeito do treinamento. “Confesso que eu não conhecia bem como funcionava a aplicação do agrotóxico e sobre as consequências de armazenar embalagens vazias. A partir de agora, quando eu contratar alguém para aplicar o produto em minha lavoura, vou ficar ainda mais atento e cobrar que só faça o serviço se aceitar utilizar o kit de proteção completo”, disse. “Vou exigir tudo que foi orientado no curso, é melhor pra mim, pra não ser multado e importante pra quem trabalha comigo, para que não venha ter problemas de saúde no futuro”, afirmou.
Ascom Seagri
Última atualização:
26 de novembro de 2021 13:04.