Plano de Contingência Estadual é reforçado com monitoramento constante, capacitação técnica e ações educativas para proteger a bananicultura sergipana

A Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) vem intensificando, de forma estratégica e preventiva, suas ações de monitoramento e controle da Sigatoka Negra — doença considerada uma das mais severas e preocupantes para a cultura da banana em todo o mundo. Mesmo com a detecção pontual de um foco isolado no final do ano passado, em uma área extrativista do município de Indiaroba, imediatamente erradicado, o estado não apresenta registros de ocorrência significativa da praga. Ainda assim, a Emdagro tem atuado de forma contínua para evitar sua disseminação.
A cultura da bananeira possui grande relevância social e econômica para o agronegócio sergipano, com uma área colhida estimada em 2.072 hectares e produção anual de aproximadamente 28.720 toneladas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2023. Os municípios de Neópolis, Santana do São Francisco e Japoatã são os principais produtores da fruta no estado.
A Sigatoka Negra, causada pelo fungo Pseudocercospora fijiensis, é uma doença foliar altamente agressiva, com potencial para provocar queda acentuada na produtividade das lavouras, além de prejudicar a qualidade dos frutos por induzir à sua maturação precoce. A praga, que chegou ao Brasil em 1998, já está presente em 24 unidades federativas, com registros recentes nos estados da Paraíba e, pontualmente, em Sergipe.
Frente a esse cenário, a Emdagro tem implementado um conjunto de medidas preventivas, com destaque para a atuação da Diretoria de Defesa Animal e Vegetal, por meio da Coordenadoria de Defesa Vegetal. Entre as ações estão a Educação Sanitária junto aos produtores, com foco na conscientização sobre os riscos da doença, práticas de manejo cultural adequadas e aquisição de mudas de procedência idônea.
Além disso, a Capacitação Técnica de profissionais da assistência técnica da própria Emdagro tem sido fundamental para garantir que as orientações cheguem corretamente ao campo. Técnicos estão sendo treinados para recomendar práticas como o uso de variedades resistentes, manejo nutricional equilibrado e cuidados na condução da lavoura.
Outro eixo de atuação é o levantamento fitossanitário contínuo em todas as regiões produtoras do estado. As equipes da Defesa Vegetal vêm monitorando rotineiramente as áreas com o objetivo de detectar precocemente possíveis focos e agir de maneira eficaz e imediata, como ocorreu em Indiaroba, onde o foco identificado foi rapidamente eliminado.
A diretora de Defesa Animal e Vegetal da Emdagro, Aparecida Andrade, destaca o compromisso da instituição com a sanidade vegetal do estado. “A Emdagro tem atuado de forma técnica, responsável e preventiva para proteger a bananicultura sergipana. O nosso trabalho é voltado para evitar que a Sigatoka Negra se estabeleça em nossas áreas produtivas. Estamos em constante monitoramento, com ações educativas e estratégias de controle baseadas em evidências técnicas e no plano estadual de contingência. A erradicação do foco em Indiaroba demonstrou a agilidade e a eficiência da nossa equipe”, afirmou.
O Plano de Contingência Estadual implantado pela Emdagro segue os critérios técnicos definidos pelo Ministério da Agricultura e pela própria experiência de monitoramento no campo. A atuação da instituição reflete o compromisso com a sustentabilidade da produção agrícola no estado, preservando a sanidade das lavouras e garantindo a segurança alimentar e econômica de milhares de produtores que dependem da banana como principal fonte de renda.
Com esse trabalho coordenado, a Emdagro reafirma seu papel essencial na defesa sanitária vegetal e na proteção da agricultura sergipana contra ameaças fitossanitárias que comprometem o desenvolvimento sustentável do campo.
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