Emdagro introduz substrato de fibra de coco para produção de mudas cítricas em Boquim

Objetivo da proposta é reduzir custos com a aquisição de insumos vindo da Bahia

Na última semana, a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) promoveu uma iniciativa inovadora em Boquim, trazendo uma alternativa sustentável e econômica para os produtores de mudas cítricas na região. Fruto da reunião realizada no dia 12 de abril, membros da Associação de Pequenos Viveiristas de Boquim e produtores de mudas foram apresentados à proposta de substituir o tradicional substrato de casca de pinus por fibras de coco, um recurso mais acessível e localmente disponível.

O encontro, que contou com a presença de técnicos da Emdagro, incluindo Valbério Paolilo, Luiz Meneses, Luiz Pessoa, além do chefe do escritório regional de Boquim, Luiz Fernandes, teve como destaque a demonstração prática dos métodos para produção de mudas com o novo substrato de fibra de coco, que levou em consideração a medição inicial do teor de sais, seguido do processo de lavagem, desinfecção e novo monitoramento dos níveis sais para posterior plantio, após ser atingido níveis de salinidade adequados, aplica-se a técnica da fertirrigação para nutrição das plantas.

A mudança proposta pela Emdagro visa não apenas reduzir os custos de produção, mas também promover um impacto positivo na economia local. Atualmente, os viveiristas de Boquim enfrentam desafios com o alto custo da casca de pinus, importada do Estado de São Paulo. A substituição por fibras de coco, produzidas a poucos quilômetros na Bahia, representa uma solução mais acessível e sustentável.

O presidente da Associação de Pequenos Viveiristas de Boquim, Roberto Pereira da Mota, expressou sua satisfação com a parceria e os benefícios esperados: “Estamos nesse processo para vermos como é que vai ficar o resultado, sobretudo na redução dos custos com a produção dos porta enxertos, cujo substrato é o da fibra do coco, vindo do município baiano do Conde, a uns 180 km de Boquim, barateando muito os custos da produção.”

Além disso, o associado Paulo Castro ressaltou a importância da transição para o substrato de fibra de coco, enfatizando os potenciais benefícios econômicos para os produtores locais: “Acredito que não só vai ser fácil essa transição como vai diminuir os custos, diminuir o valor pra gente ter um lucrozinho maior, porque o substrato que está vindo de São Paulo está muito caro pra nós e o valor dos porta enxerto não tem sido muito bom.”

O Engenheiro Agrônomo da Emdagro Valbério Paolilo destacou a viabilidade e os detalhes técnicos dessa mudança: “Estamos confiantes de que essa transição será não apenas suave, mas também resultará em uma redução significativa nos custos, permitindo aos produtores reinvestir em outras áreas essenciais para o crescimento da associação e da comunidade como um todo.”

“E o compromisso da Emdagro é levar aos produtores tecnologias que venham facilitar suas produções agrícolas, com um custo bem menor e garantir, dessa forma, uma renda a mais para eles”, concluiu Valbério.

 

 

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Última atualização: 16 de maio de 2024 09:26.