Produção alternativa de ração e bioinsumo barateiam custos com alimentação animal em comunidade quilombola

Técnicos da Emdagro levaram prática de produção de biofertilizantes e mudas de moringa para a alimentação animal


Trabalhadoras rurais do assentamento Quilombola Pirangi, localizado no município de Capela, médio sertão sergipano, participaram, na manhã da última quarta-feira (08), de um dia de prática demonstrativa de métodos agroecológicos voltados para a produção de biofertilizantes e produção de mudas com a utilização de substrato de côco. O treinamento faz parte do processo de formação continuada da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) para melhoria da qualidade de vida dos agricultores da comunidade e contou com a participação de 53 agricultoras familiares.

Na ocasião, os participantes receberam a visita da agricultora familiar do município de Nossa Senhora da Glória, Maria José de Jesus Oliveira, conhecida como Maria da Horta, que levou toda sua experiência sobre a produção de biofertilizantes e produção de mudas a partir do substrato do coco. “Essa é uma troca de experiências. Eu vim mostrar o conhecimento que adquiri com a Emdagro de como elas poderão trabalhar o solo e o controle de pragas, através da produção de biofertilizantes e do cultivo da moringa para a alimentação animal”, destacou.

Segundo o Engenheiro Agrônomo, Renato Figueiredo, a metodologia aplicada demonstrou como produzir biofertilizantes a partir do pó de rocha, esterco de vaca fresco e água, como também a produção de mudas de moringas para a alimentação dos animais. “Realizamos a prática de um bioinsumo para elaboração de um biofertilizantes foliar a ser utilizado nos cultivos do assentamento Pirangi e outra prática com o cultivo da moringa que será utilizada como alimentação alternativa proteica para compor a ração da crianção dos animais da comunidade”, disse ele.

O Agrônomo acrescentou também que nas próximas etapas novas alternativas serão aplicadas como a folha da mandioca, macaxeira, a raspa da mandioca, a própria manipueira. “É sempre dentro desse contexto que nós vamos trabalhando a comunidade, reduzindo custo e melhorando a qualidade de vida deles através dessas tecnologias agroecológicas, destacou Renato.

Para a agricultora familiar Maria Vanda Feliz de Souza, o treinamento lhe deu uma nova visão sobre a produção agroecológica. “Fiquei muito impressionada com a produção do biofertilizantes. É muito fácil de fazer e todo o material em tenho na minha propriedade. Já quanto a moringa, eu tenho mais de trinta pés em casa e aproveitar para dar para os bichos (animais) comerem”, comentou.

Ação permanente
Com esse treinamento de hoje a equipe técnica dos escritórios Central e local da Emdagro, em Nossa Senhora das Dores, já promoveram quatro encontros técnicos com a comunidade. “No primeiro dia foi feito um diagnóstico, onde foram observados os pontos positivos e negativos para se trabalhar nessas oficinas. Na segunda oportunidade, foi realizada uma prática de plantio de estacas de gliricídia, que é mais uma fonte de alimentação proteica para o animal, e foi visitada a pocilga da comunidade, que é um grande problema porque tem contaminado o meio ambiente”, esclareceu Renato.















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Última atualização: 14 de março de 2023 09:57.