Sergipe antecipa campanha de vacinação contra febre aftosa para o mês de abril

Antecipação marca o fim da obrigação de vacinação no estado

Sergipe está se preparando para um marco histórico no cenário da pecuária: a antecipação da campanha de vacinação contra a febre aftosa para o mês de abril. A campanha, que será realizada pela última vez no estado, representa o fim da obrigação de vacinação, um passo significativo para a consolidação de Sergipe como área livre da doença, sem a necessidade de vacinação.

Por determinação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a campanha não será prorrogada, destacando a importância do cumprimento do calendário estabelecido para garantir a transição suave para o novo status sanitário. Além disso, as lojas agropecuárias estarão proibidas de vender vacinas contra a febre aftosa a partir de 1º de maio, em conformidade com as diretrizes do Mapa para a implementação da suspensão da vacinação.

De acordo com a Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), a partir de maio deste ano, Sergipe terá suspensa a obrigatoriedade da vacinação contra a febre aftosa, após atender a todas as exigências estabelecidas pelo Mapa. “Esta conquista é fruto de anos de trabalho árduo e investimentos em sanidade animal, refletindo o compromisso do estado com a excelência na produção agropecuária”, destaca o secretário de Estado da Agricultura, Zeca da Silva.

O secretário destaca que a retirada da vacinação representa um ganho para a agropecuária sergipana, como também abre novas oportunidades no mercado internacional. “Com a exigência de atestados sanitários de ausência da doença por parte de diversos países importadores, a certificação de área livre sem vacinação fortalece a posição de Sergipe como um fornecedor confiável de carne bovina e bubalina”, complementa Zeca da Silva.

A diretora de Defesa Animal e Vegetal da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), Aparecida Andrade, ressalta a importância deste marco. “Esta será a última campanha no estado, mas as responsabilidades pela manutenção do status de área livre da febre aftosa serão dobradas. O agricultor tem um papel fundamental nesse momento, buscando a imunização de seu rebanho e contribuindo para que o estado atinja o índice vacinal acima de 90% de animais entre bovinos e bubalinos”, sintetiza.

O presidente da Emdagro, Gilson dos Anjos, destaca os benefícios econômicos e operacionais da retirada da vacinação. “Além de eliminar os gastos com a compra de vacinas e a contratação de profissionais para sua aplicação, esta medida simplifica os processos e fortalece a competitividade da pecuária sergipana. Estamos confiantes de que, com o apoio dos produtores e o compromisso de todos os envolvidos, Sergipe continuará avançando rumo a uma produção agropecuária cada vez mais sustentável e próspera”, aponta.

Conforme informações da Emdagro, desde 1996, Sergipe não registra casos de febre aftosa, e durante 23 anos a vacinação foi uma exigência no estado. Com um rebanho atual de aproximadamente um milhão e trezentos mil bovinos e bubalinos, o estado se prepara para esta nova fase, marcada pela autonomia e pela consolidação de sua posição como referência em sanidade animal e qualidade na produção agropecuária.

 

 

Última atualização: 1 de abril de 2024 08:31.