Governador entrega escritório da Emdagro e autoriza aquisição equipamentos para trabalhadores das pedreiras

Citricultores e criadores de gado de corte foram os que mais procuraram os serviços da Agricultura no ‘Sergipe é Aqui’ de Tomar do Geru

O município de Tomar do Geru, conhecido pela tradição cultural do carro de bois e pelas jazidas de granito, tem também na agropecuária um forte aliado na geração de renda. Para melhor atender aos criadores e agricultores, a Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) participou da 28ª edição do governo itinerante, juntamente com suas empresas vinculadas. Além dos serviços disponibilizados nas edições anteriores, o diferencial do Sergipe é aqui de Geru está na reabertura do escritório da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário (Emdagro) e na autorização do governador para compra de britadeiras destinadas aos trabalhadores da jazida, por meio da Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse).

De acordo com o secretário municipal da Agricultura, José Santos de Carvalho, em termos de agropecuária, destacam-se o cultivo da laranja e a criação de gado de corte. “São mais de três mil famílias que sobrevivem da agricultura e da criação de animais em nosso município. Esse quantitativo explica como é tão necessário o escritório da Emdagro aqui. Com a equipe de assistência técnica do governo em nosso município esta semana, foram realizadas cem vacinações gratuitas em bovinos contra a brucelose, coleta de solo para análise e emissão de Cadastro da Agricultura Familiar” detalha.

Escritório da Emdagro

Ao entrar na cidade de Tomar do Geru em um carro de bois acompanhado do secretário da Agricultura, Zeca da Silva, o primeiro ato do governador Fábio Mitidieri foi a entrega oficial do escritório da Emdagro. O novo espaço da empresa estadual de assistência técnica aos produtores rurais fica localizado na rua Rua José Baldoino, 141, centro de Tomar do Geru. O local foi cedido pela prefeitura e fica no mesmo prédio da secretaria municipal da Agricultura.

De acordo com o presidente da Emdagro, Gilson dos Anjos, a abertura do escritório foi uma determinação do governador e do secretário da Agricultura que, juntos com a Emdagro, criaram as condições de equipar o local e disponibilizar dois técnicos recentemente aprovados no concurso. “Antes, o agricultor ou mesmo o pecuarista tinha que se dirigir ao escritório de Itabaianinha ou de Cristinápolis para ser atendido. Como a reestruturação do escritório aqui de Geru eles podem ser atendidos rapidamente no município. Esse é um governo humanizado e mais próximo da  população, destaca Gilson.

O novo chefe do escritório da Emdagro de Tomar do Geru é o técnico agrícola Marcus Moreira de Matos. Ele confirmou os serviços realizados pela empresa na semana de realização do governo itinerante. “Nós estamos entregando hoje 25 amostras de solo para análise, certificado de vacinação dos cem animais vacinados durante a semana e 15 cadastros da Agricultura Familiar”, disse o Moreira. A empresa também entregou mudas frutíferas como tem feito em edições anteriores.

Crédito para projetos rurais

No estande da Agricultura uma equipe do Agro Amigo do Banco do Nordeste recebeu os agricultores para colher assinatura de carta de crédito. De acordo com o coordenador do Agro Amigo agência de Estância, Kassio Trindade, foram assinados 22 contratos durante o ‘Sergipe é Aqui’ de Tomar do Geru. “Colhemos assinatura para financiamento de uma diversidade de projetos que vão desde aquisição de gado de corte, instalação de sistema de irrigação, captação de água e implantação de sistema de energia solar, perfazendo um total de 220 mil reais em projetos rurais. Esse resultado é fruto da parceria com a Emdagro que também emite os Cadastros de Agricultura Familiar para que o cliente comprove que é agricultor familiar”.

Ação da Coderse

Na oportunidade, o governador Fábio Mitidieri assinou ordem de licitação para aquisição de compressor de ar sobre rodas. A ação visa beneficiar os geruenses da Associação dos Pequenos Produtores e Trabalhadores das Pedreiras (Aspeed), em incentivo à geração de renda por meio da exploração mineral no município. O equipamento será entregue pela Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse) com recursos de emenda parlamentar no valor de R$ 250 mil.

Ascom Seagri


Produtores da região agreste buscam soluções para doenças no cultivo de batata-doce

De acordo com a orientação técnica da Emdagro, o controle biológico representa uma alternativa sustentável para doenças como o ‘mal-do-pé’ e da broca do coleto

Os produtores do Programa de Desenvolvimento Territorial (Prodeter), na região agreste sergipana, estão enfrentando desafios no cultivo da batata-doce, resultando na baixa produtividade e em prejuízos. Em resposta a essa demanda, a equipe da Coordenadoria de Agroecologia da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) e os técnicos da unidade de Itabaiana realizaram uma visita técnica no povoado Siebra, em Malhador, e identificaram dois problemas fitossanitários significativos nos campos de batata-doce: alta incidência do mal-do-pé e da broca do coleto.

O principal sintoma das doenças é a podridão nas hastes da planta de batata-doce, que se alastra até as raízes causando morte do vegetal. A equipe técnica da Emdagro informou aos agricultores que atualmente não existem fungicidas registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para essas pragas no Brasil, o que exige encontrar métodos alternativos de controle.

Segundo o coordenador de Agroecologia da Emdagro, Waltenis Braga, a adoção do controle biológico representa uma alternativa sustentável e economicamente vantajosa para os produtores de batata-doce. “Isso especialmente em face das restrições e custos associados aos produtos químicos”, destacou. A equipe técnica enfatiza a importância de continuar investindo em pesquisas e práticas que promovam a saúde das culturas e a sustentabilidade ambiental.

O controle biológico é uma técnica utilizada para gerenciar pragas e doenças nas plantas e animais de uma forma natural. Emprega organismos vivos, como predadores, parasitas ou competidores naturais para reduzir a população ou limitar o impacto dos vetores que causam doenças. Além de ser ambientalmente correta, é economicamente viável, considerando os custos comparativos entre produtos químicos e biológicos.

A visita técnica aos produtores de batata-doce é o início de uma série de ações planejadas para apoiar os agricultores da região agreste do estado. A Emdagro está comprometida em fornecer suporte contínuo e compartilhar conhecimentos sobre práticas agrícolas inovadoras que beneficiem a produção local de batata-doce e outras culturas. “Com essas iniciativas, esperamos não apenas melhorar a produtividade e a saúde das culturas, mas também fortalecer a economia local e promover práticas agrícolas mais sustentáveis, garantindo um futuro promissor para os produtores da região agreste”, concluiu Waltenis.

 

Sergipe alcança 90,6% do rebanho vacinado contra febre aftosa

Esse resultado confirma o estado como área livre de febre aftosa sem vacinação

Sergipe comemora o êxito da campanha contra a febre aftosa: 90,6% do rebanho foi vacinado, o que representa a imunização de 1.280.374 bovinos. Com esse índice, o estado ultrapassou a meta estabelecida pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) que é de 90%. Esse marco representa não apenas um avanço significativo na saúde do rebanho sergipano, mas também um passo crucial em direção a reconhecimentos internacionais.

Coordenada pela Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), por meio da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), a campanha foi encerrada no dia 30 de abril. Os criadores sergipanos tiveram participação ativa na campanha, a vacinação chegou a um total de 33.721 propriedades, abrangendo as regiões dedicadas à pecuária de corte e áreas conhecidas pela produção leiteira.

De acordo com dados da Emdagro, o rebanho total do estado é composto por aproximadamente 1 milhão e 300 mil bovinos e bubalinos. Dos municípios que se destacaram, Lagarto e Nossa Senhora das Dores lideraram, com 98,6% e 94,63% dos rebanhos vacinados, respectivamente.

O resultado da última campanha não é isolado, mas fruto de décadas de trabalho estratégico do Governo do Estado em parceria com o Mapa e os criadores sergipanos. Após 28 anos sem registros de febre aftosa e 23 anos como área livre da doença com vacinação, Sergipe, que no último mês de março obteve seu status de área livre da febre aftosa sem vacinação, está agora posicionado para alcançar um novo marco: o reconhecimento internacional de livre de febre aftosa sem vacinação, previsto para 2026 pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).

O secretário de estado da Agricultura, Zeca Ramos da Silva, destacou que esse é um momento bastante significativo para a pecuária sergipana. “Tanto a equipe técnica do governo como os criadores sonharam e trabalharam muito para alcançar esse degrau acima na sanidade dos animais, passando a ser um estado livre de febre aftosa sem vacinação, ou seja, um estágio bem avançado de sanidade animal e boa defesa agropecuária. Isso representa muito para alcançarmos os mercados mais exigentes e mais remuneradores que estarão abertos para a carne bovina dentro e fora do Brasil”, pontuou o secretário.

Vigilância intenficada

Para assegurar esse novo status e manter a saúde do rebanho, a Seagri, através da Emdagro, está implementando medidas do Plano Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA). Isso inclui a intensificação da vigilância em estabelecimentos rurais, rodovias e eventos pecuários, assim como em abatedouros frigoríficos. Essas ações preventivas são essenciais para salvaguardar o progresso alcançado e garantir a continuidade do desenvolvimento econômico, a sanidade dos bovinos sergipanos e a segurança alimentar em Sergipe.

“Estamos extremamente satisfeitos com a adesão dos criadores sergipanos à campanha de vacinação. Esses números refletem o compromisso e a responsabilidade da nossa classe produtiva com a saúde animal e a segurança alimentar”, destacou o presidente da Emdagro, Gilson dos Anjos, ao comentar sobre os resultados alcançados.

A diretora de Defesa Animal e Vegetal da Emdagro, Aparecida Andrade, acrescentou que a conquista é o resultado de um trabalho árduo e de parcerias sólidas com os criadores e o Ministério da Agricultura. “Estamos confiantes de que, com as medidas implementadas, Sergipe continuará avançando rumo ao status de área livre de febre aftosa sem vacinação”.

Nesse novo capítulo da história pecuária de Sergipe, a prevenção e a vigilância emergem como pilares fundamentais, apoiados pela colaboração contínua dos produtores rurais e criadores locais. Com essas medidas em vigor, Sergipe avança confiante, fortalecendo sua economia e protegendo os interesses de sua população.

Produção de queijo em Sergipe alcança novo patamar com Selo de Inspeção Estadual

Certificação atesta qualidade do produto e garante segurança alimentar

 

Sergipe registrou o aumento da produção e a qualificação das queijarias. No ano de 2023, foram 2 mil toneladas de queijo que puderam ser comercializados no mercado formal graças ao Selo de Inspeção Estadual (SIE), emitido pela Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro). A certificação é fundamental para a segurança alimentar e para a saúde pública.O SIE atesta que os queijos foram submetidos ao processo de inspeção, garantindo a qualidade sensorial, sanitária e tecnológica do produto para os consumidores finais.

A diretora de Defesa Animal e Vegetal da Emdagro, Aparecida Andrade, destaca que a inspeção dos produtos de origem animal é fundamental para proteger a saúde pública e garantir a qualidade dos alimentos que chegam à mesa dos consumidores. “Na Emdagro, trabalhamos incansavelmente para assegurar que cada produto com nosso selo de inspeção atenda aos mais altos padrões de segurança e qualidade”, enfatiza.

Além da produção de queijo certificado com o SIE, Sergipe se destaca pela produção de outros produtos derivados do leite, contando com dez laticínios regularizados pela Emdagro. Três dessas indústrias possuem o selo do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi), que possibilita a comercialização dos produtos em nível nacional.

“Essa ampliação do alcance de mercado não apenas fortalece a economia local, mas também proporciona aos consumidores acesso a uma gama mais diversificada de produtos lácteos certificados. Essa correlação entre a produção de queijo e o avanço das indústrias de laticínios reflete o compromisso contínuo do Governo do Estado, da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) e da Emdagro em promover a segurança e a qualidade dos alimentos em todo o país”, destaca o presidente da Emdagro, Gilson dos Anjos.

Serviços de inspeção

Os serviços de inspeção são diferenciados de acordo com o alcance de comercialização do produto, vai desde o Serviço de Inspeção Municipal (SIM) ao Serviço de Inspeção Federal (SIF). Cada nível de inspeção tem sua própria área de atuação, garantindo que os alimentos sejam devidamente avaliados antes de chegarem aos consumidores.

“Ao escolher produtos de origem animal, especialmente queijos e outros produtos lácteos, os consumidores devem estar atentos à presença do selo de inspeção no rótulo. Caso encontrem produtos sem essa identificação nos pontos de venda, é importante notificar imediatamente a Vigilância Sanitária local. Essa ação não apenas protege a saúde individual, mas também contribui para a segurança alimentar de toda a comunidade”, alerta a diretora de Defesa Animal e Vegetal da Emdagro.

 

 

Novas medidas são adotadas para manter Sergipe com status de área livre da febre aftosa

Emdagro detalha ações contidas no Plano Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA)

A última campanha de vacinação contra a febre aftosa em Sergipe chegou ao fim na última terça-feira, dia 30 de abril, marcando um passo significativo no controle e prevenção dessa doença que afeta o gado. Com a conclusão da campanha, os produtores agora têm até o dia 10 de maio para apresentar sua declaração de vacinação, o que permitirá a avaliação do índice de vacinação.

A partir de 1º de maio, as casas agropecuárias não podem mais vender o imunizante, e os produtores que não vacinaram seus animais serão submetidos a multas no valor de 1 UFP (Unidade Fiscal Padrão), equivalente a R$ 64,56 por cabeça de gado não vacinado, além de ficarem impedidos de transitarem com seus animais diante da ausência da Guia de Trânsito Animal (GTA), enquanto não for restabelecida a normalidade sanitária.

Após o término da vacinação obrigatória, a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) passou a adotar medidas do Plano Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA), a  fim de manter o novo status de área livre da febre aftosa sem vacinação, reconhecido pelo decreto do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicado no final de março.

Essas medidas incluem a intensificação da vigilância a partir de notificações de suspeitas da doença por parte dos produtores, maior vigilância em estabelecimentos rurais e nas rodovias do estado, além da intensificação da fiscalização em eventos pecuários como exposições, feiras de animais e rodeios, bem como em abatedouros frigoríficos.

A diretora de Defesa Animal e Vegetal da Emdagro, Aparecida Andrade, destacou a importância dessas medidas para garantir a manutenção do status alcançado. “Estamos entrando em uma nova fase, em que a prevenção e a vigilância serão ainda mais essenciais. Os produtores serão nossos parceiros nesse processo, e juntos vamos manter Sergipe livre da febre aftosa, sem a necessidade da vacinação”, reforçou.

Segundo ela, com a conclusão bem-sucedida da campanha de vacinação e o comprometimento das autoridades e produtores locais, Sergipe dá um passo importante rumo à consolidação de sua posição como área livre da febre aftosa sem vacinação, fortalecendo sua economia, garantindo a segurança alimentar de sua população.

Emdagro introduz substrato de fibra de coco para produção de mudas cítricas em Boquim

Objetivo da proposta é reduzir custos com a aquisição de insumos vindo da Bahia

Na última semana, a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) promoveu uma iniciativa inovadora em Boquim, trazendo uma alternativa sustentável e econômica para os produtores de mudas cítricas na região. Fruto da reunião realizada no dia 12 de abril, membros da Associação de Pequenos Viveiristas de Boquim e produtores de mudas foram apresentados à proposta de substituir o tradicional substrato de casca de pinus por fibras de coco, um recurso mais acessível e localmente disponível.

O encontro, que contou com a presença de técnicos da Emdagro, incluindo Valbério Paolilo, Luiz Meneses, Luiz Pessoa, além do chefe do escritório regional de Boquim, Luiz Fernandes, teve como destaque a demonstração prática dos métodos para produção de mudas com o novo substrato de fibra de coco, que levou em consideração a medição inicial do teor de sais, seguido do processo de lavagem, desinfecção e novo monitoramento dos níveis sais para posterior plantio, após ser atingido níveis de salinidade adequados, aplica-se a técnica da fertirrigação para nutrição das plantas.

A mudança proposta pela Emdagro visa não apenas reduzir os custos de produção, mas também promover um impacto positivo na economia local. Atualmente, os viveiristas de Boquim enfrentam desafios com o alto custo da casca de pinus, importada do Estado de São Paulo. A substituição por fibras de coco, produzidas a poucos quilômetros na Bahia, representa uma solução mais acessível e sustentável.

O presidente da Associação de Pequenos Viveiristas de Boquim, Roberto Pereira da Mota, expressou sua satisfação com a parceria e os benefícios esperados: “Estamos nesse processo para vermos como é que vai ficar o resultado, sobretudo na redução dos custos com a produção dos porta enxertos, cujo substrato é o da fibra do coco, vindo do município baiano do Conde, a uns 180 km de Boquim, barateando muito os custos da produção.”

Além disso, o associado Paulo Castro ressaltou a importância da transição para o substrato de fibra de coco, enfatizando os potenciais benefícios econômicos para os produtores locais: “Acredito que não só vai ser fácil essa transição como vai diminuir os custos, diminuir o valor pra gente ter um lucrozinho maior, porque o substrato que está vindo de São Paulo está muito caro pra nós e o valor dos porta enxerto não tem sido muito bom.”

O Engenheiro Agrônomo da Emdagro Valbério Paolilo destacou a viabilidade e os detalhes técnicos dessa mudança: “Estamos confiantes de que essa transição será não apenas suave, mas também resultará em uma redução significativa nos custos, permitindo aos produtores reinvestir em outras áreas essenciais para o crescimento da associação e da comunidade como um todo.”

“E o compromisso da Emdagro é levar aos produtores tecnologias que venham facilitar suas produções agrícolas, com um custo bem menor e garantir, dessa forma, uma renda a mais para eles”, concluiu Valbério.

 

 

Emdagro celebra 62 anos de apoio ao desenvolvimento agropecuário em Sergipe

O órgão tem sido uma figura central no apoio aos agricultores sergipanos, com um impacto direto e indireto em mais de 30 mil produtores rurais

Nesta quarta-feira, 24, a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) completa 62 anos de dedicação ao fortalecimento da agricultura e pecuária em todo o estado. Desde sua instituição, em 1962, a Emdagro tem sido uma figura central no apoio aos agricultores sergipanos, com um impacto direto e indireto em mais de 30 mil produtores rurais.

Ao longo dessas seis décadas, a Emdagro tem sido uma força motriz no desenvolvimento rural, oferecendo assistência técnica e extensão rural, defesa animal e vegetal, além de contribuir ativamente para pesquisas fundamentais para o avanço do setor agropecuário em Sergipe.

As comemorações pelo aniversário da empresa foram marcadas por momentos de reflexão e celebração. Pela manhã, uma emocionante missa de ação de graças foi conduzida pelo Padre Alan de Jesus Valença, reunindo colaboradores e parceiros em um momento de gratidão pelos anos de serviço dedicados à comunidade rural.

Em seguida, no hall da empresa, os servidores se reuniram para prestigiar a apresentação do Coral Vozes da Emdagro, composto por colaboradores da própria Emdagro, além de membros da Codevasf e Embrapa. Sob a regência de Elias Santos, o coral entoou cânticos festivos, marcando a ocasião com alegria e harmonia.

O presidente da Emdagro, Gilson dos Santos, aproveitou a oportunidade para destacar o papel fundamental de cada servidor da empresa ao longo dos anos. Em sua fala, ele ressaltou o compromisso da Emdagro com o Estado, os pequenos agricultores e o agronegócio, enfatizando que a empresa é um dos principais agentes de inclusão social para agricultores e agricultoras familiares em Sergipe.

“A história da Emdagro é uma trajetória de evolução e adaptação às necessidades do setor agropecuário sergipano. Desde sua criação como Ancar-SE, em 1962, até sua recriação em 2008, a empresa tem se mantido como um pilar fundamental para o desenvolvimento rural do estado. Seu legado de compromisso e dedicação continua a impulsionar o progresso da agricultura e pecuária em Sergipe, garantindo um futuro sustentável para as gerações futuras”, disse o presidente.

 

 

Título de zona livre da febre aftosa sem vacinação em Sergipe reforça qualidade do rebanho bovino do estado

Conquista foi alcançada graças aos esforços conjuntos do Governo do Estado e produtores; última campanha de imunização acontece até o final de abril, quando vacinação será interrompida e deixará de ser obrigatória

Os pecuaristas em todo o estado comemoram a erradicação da febre aftosa em Sergipe. Agora, o território sergipano é considerado zona livre da doença sem vacinação. A conquista foi alcançada graças ao esforço do Governo do Estado, que tem conduzido, ano a ano, diversas campanhas para vacinar o rebanho, além de prestar assistência contínua aos criadores. A política é executada pela Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento e da Pesca (Seagri), via Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro).

A vacinação atualmente em curso, que termina ainda neste mês de abril, é a última antes do encerramento das campanhas. Depois disso, em função da erradicação, a ação periódica será suspensa. Este processo é o estágio mais recente e bem-sucedido de uma história iniciada há cerca de 30 anos, quando um forte movimento de combate à doença se instalou em Sergipe. Naquele momento, a febre aftosa ameaçava o gado e o avanço da pecuária não só no estado, mas em todo o Brasil. Há 28 anos, Sergipe não registra nenhum foco de aftosa.

“O Ministério da Agricultura e Pecuária já emitiu a portaria que torna Sergipe livre da febre aftosa sem vacinação. Mas, por exigência do ministério, precisamos fazer uma última vacinação, que foi antecipada de maio para abril. Até o dia 30, pequenos, médios e grandes criadores de Sergipe, de bovinos e bubalinos, terão que vacinar o seu rebanho contra a febre aftosa. Não haverá prorrogação”, explica o presidente da Emdagro, Gilson dos Anjos.

Com a medida, as casas agropecuárias do estado ficam proibidas de comercializar a vacina contra a febre aftosa a partir de 1º de maio, seguindo determinação do ministério. Quanto aos pecuaristas, o prazo para declarar a última vacinação vai até 10 de maio. “Aqueles que não aplicarem a vacinação ou não a declararem, estarão proibidos de transitar com seu gado dentro de Sergipe e para fora do estado. É um prejuízo enorme, porque eles não mais conseguirão emitir a GTA, que é a Guia de Trânsito Animal. Além disso, terão que pagar uma multa de R$ 64,03 por cabeça, valor da UFP [Unidade Fiscal Padrão]”, destaca Gilson.

Pecuaristas

A erradicação da febre aftosa é, ainda, um mérito dos pecuaristas sergipanos. O fazendeiro Edson Prata tem contato com a criação de animais desde a infância, herança de seu avô e de sua mãe. Ele é proprietário da Fazenda Japaratuba, em Nossa Senhora das Dores, onde cria cerca de mil cabeças de gado de corte. Também é dono de uma fazenda na Bahia, além de outras propriedades em Sergipe, em municípios como Cumbe, Capela e Aquidabã. Sua produção abastece todo o estado. Hoje, vacinando seu rebanho pela última vez, Edson destaca a importância do selo ‘livre de aftosa’.

“É um ganho imensurável. O criador de bovinos e bubalinos, a partir de maio, não mais vai ter despesa com a febre aftosa. Nem com a compra da vacina, nem com a logística de contratar profissionais para aplicá-la. Também é bom para a visão do mercado brasileiro no exterior, porque é uma garantia a mais para o comprador da nossa carne ou do boi vivo. É um selo de qualidade, e quem ganha são os produtores. Tudo isso é fruto de um trabalho muito bem-feito do Governo de Sergipe, da Seagri, da Emdagro e do Governo Federal, com as campanhas. E também do pecuarista e do trabalhador rural, que faz seu dever de casa”, resume Edson Costa.

O fazendeiro destaca, ainda, a importância da agropecuária para o desenvolvimento econômico do estado. “Aconselho a todos aplicar essa última vacinação, para garantir a liberdade que teremos agora. O setor agro gera emprego e renda. O trabalhador rural cada vez mais se especializa, qualifica e foca em uma só função, para que a produção seja a melhor possível. No Brasil e em Sergipe, a pecuária é excelência”, frisa.

De acordo com Gilson dos Anjos, a parceria entre Governo de Sergipe e pecuaristas fez com que a vacinação no estado registrasse índices acima de 90% ano após ano. “No ano passado, conseguimos de 94% a 96%. A vacinação ocorre duas vezes por ano, em maio e em novembro. No mês de maio, se vacinava todo o rebanho, e no mês de novembro, apenas animais de até dois anos”, pontua.

Hoje, Sergipe reúne um rebanho de 1,3 milhão de cabeças de gado, entre bovinos e bubalinos. No sertão sergipano, onde predomina o gado leiteiro, as raças girolando e holandês são as mais incidentes. No centro-sul, onde o gado de corte é mais abundante, prevalece o zebu, com especial atenção para o nelore. Cabe lembrar que Sergipe é o segundo estado brasileiro em produtividade leiteira. “Isso se deve ao trabalho que a Emdagro faz junto com os criadores de gado de leite no sertão, no manejo genético. Hoje, temos uma única vaca em Santa Rosa do Ermírio produzindo 97 litros de leite por dia, por exemplo”, enfatiza Gilson.

Manutenção

A proibição do uso de vacinas antiaftosa no rebanho em Sergipe segue os moldes do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa) e do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (Pnefa). O estado está sintonizado com a meta federal de alcançar o status de país livre da febre aftosa sem vacinação até 2026.

Entre os critérios para se tornar uma zona livre está a realização de concurso público na Emdagro, a criação de um fundo de reserva estadual que sirva de seguro a possíveis incidências futuras da doença e índice de vacinação superior a 90%. Todas essas exigências já foram cumpridas. Além disso, é necessário que se crie um fundo de reserva privado pelos produtores, que vem sendo gerenciado pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Sergipe (Faese).

“São mais de dois anos seguindo o Plano Nacional, implantando todos os sistemas e processos, passando por discussões e auditorias, para que a gente alcançasse o status de zona livre de febre aftosa sem vacinação. Agora, é muito importante que o produtor rural colabore nessa última vacinação e que possamos chegar ao máximo índice possível. É uma somação de esforços em que o Governo do Estado faz sua parte, junto com o Governo Federal e nós da Faese, representando a cadeia produtiva. É uma medida histórica para o nosso estado e para o setor, trazendo segurança alimentar para quem consome os nossos produtos e também segurança sanitária para Sergipe”, comenta o presidente da Faese, Ivan Sobral.

Para que Sergipe permaneça como zona livre de aftosa, o trabalho do Governo de Sergipe, dos pecuaristas e de instituições do setor prossegue. “A gente não pode permitir que rebanhos de outros estados que entram aqui passem sem a nossa fiscalização. Estamos fazendo um inquérito a partir de amostras de sangue coletadas dos animais, que estão em análise em laboratórios federais. Se porventura for detectado algum foco, temos uma equipe treinada e capacitada com veículos e equipamentos para tomar as providências devidas de imediato. Então, Sergipe vai estar vigilante o tempo todo para que nenhum foco entre aqui no nosso estado”, garante Gilson dos Anjos.

Texto/Foto: Secom/SE

 

 

Governo entrega 2 mil quilos de sementes de milho aos agricultores de Carira durante o ‘Sergipe é aqui’

Iniciativa visa ampliar o acesso às sementes para as famílias do campo que não têm condições de comprar e promover o desenvolvimento agrícola sustentável na região

 

 

Nesta sexta-feira, 19, durante a realização da 26ª edição do programa ‘Sergipe é aqui’, os agricultores do município de Carira, localizado na região agreste do estado, foram beneficiados com a entrega de 2 mil quilos de sementes de milho. A iniciativa faz parte do programa Sementes do Futuro do Governo do Estado e visa ampliar o acesso às sementes para as famílias do campo que não têm condições de comprar, assim como promover o desenvolvimento agrícola sustentável na região.

A entrega das sementes foi realizada pelo governador Fábio Mitidieri, o qual classificou o momento como essencial para as famílias que não tem condições de adquirir os insumos para o plantio. “A gente sabe a importância que tem a produção do milho para essa região do agreste e para todo o estado de Sergipe. Carira recebe hoje, aqui, duas toneladas de sementes que serão importantes para os produtores e chegam no tempo certo, no tempo do plantio, porque em outros momentos a gente já viu a semente chegar depois das chuvas e não adiantava mais nada. Então, o Estado está entregando as sementes no tempo correto, para que o pequeno produtor familiar, o pequeno agricultor familiar consiga produzir o seu milho e sustentar a sua família”, disse o governador.

O programa Sementes do Futuro foi lançado há um mês, no dia 19 de março, com a meta de distribuir 206 toneladas de sementes de milho para os agricultores familiares de 46 municípios sergipanos. Representando o secretário de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), o presidente da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), Gilson dos Anjos, ressaltou que o programa representa um compromisso do governo em fortalecer a agricultura familiar.

“O Governo do Estado adquiriu 206 toneladas de semente de milho certificada para distribuir exatamente com esses pequenos produtores rurais. Isso é uma ação de inclusão social significativa. Muitos desses pequenos produtores e agricultores rurais não têm recursos para comprar sementes, e o governo faz essa ação sabendo que os recursos investidos vão circular dentro do próprio estado, porque esses pequenos produtores vão produzir para o consumo próprio e outra parte será comercializada para que eles adquiram outros alimentos. Então é o Governo do Estado, através da Seagri, da Emdagro, fazendo seu papel social”, destacou Gilson.

Carira está entre os dois municípios sergipanos com maior produção de milho em grão. O cultivo de milho ocupa cerca de 90% da área cultivada no município e, sem dúvidas, é uma das principais atividades econômicas. Para o agricultor José Almeida de Souza, 56 anos, residente do povoado Boa Sorte, as sementes de milho chegaram em um bom momento. “Dessa vez, as sementes chegaram no tempo certo. Nós estamos esperando a terra molhar para a gente plantar. E, com fé em Deus, vamos plantar no tempo certo. Essa semente de milho é cara, até porque não é um milho comum, é milho de qualidade. E, certamente, a gente iria gastar uma quantia que, na maioria das vezes, muitos produtores não têm para gastar”, completou.

O sentimento de gratidão também foi compartilhado pela agricultora do povoado Cutias, Nilza Marques de Jesus, de 64 anos. Para ela, as sementes entregues serão essenciais para o completo plantio da sua roça, que detém de algumas frutas e animais. “Se não recebesse essas sementes hoje, não teríamos como comprar. Até porque a gente compra pouco, somente para o quintal, mas para o restante das tarefas de terra não tem como porque é muito caro. Graças a Deus, essas sementes chegaram em uma boa hora”, disse.

Aos 82 anos, o agricultor Carlos José de Barros, do povoado Altos Verdes, fez questão de comparecer ao ato de entrega e disse que as sementes vão garantir a plantação no tempo certo e que os seus filhos deverão comparecer na época da colheita. “Eu planto para comer e também para alguns bichinhos que crio. Eu planto pouco, mas quando era mais jovem plantava mais. Essas sementes chegam em um bom momento, porque eu tenho uma parte de gente em São Paulo, e são todos os meus filhos, aí quando tem espigas maduras eu ligo e eles vêm comer mais eu, fazer festas e tudo. Graças a Deus, meus filhos são bem educados, eles me atendem, eu atendo eles”, finalizou.

Produção de Milho

Segundo os dados da Seagri, o plantio de milho é realizado em 70 dos 75 municípios sergipanos. A cultura está concentrada nos municípios do semiárido, e tem Simão Dias e Carira como os principais produtores. Em 2023, a produção de milho no estado foi a maior da série histórica com 986.9 mil toneladas, colocando o estado como o 4° em produção e o 1º em rendimento médio do Nordeste brasileiro, com 5.483 Kg/h.

Texto/Foto: Secom/SE

 

Última atualização: 29 de abril de 2024 10:54.