29ª Oficina sobre a Sustentabilidade Ambiental dos Sistemas de Dessalinização encerra ciclo de capacitação em Sergipe

Cerca de 2.400 famílias são atendidas diretamente pelo programa Água Doce
No dia 20 de setembro, no projeto de assentamento Carlos Lamarca, localizado em Simão Dias, Sergipe, foi realizada a 29ª Oficina sobre a Sustentabilidade Ambiental dos sistemas de dessalinização implantados pelo Programa Água Doce – PAD. Esse evento marcou o encerramento de mais um ciclo de capacitação das famílias beneficiadas com água de qualidade na região semiárida do estado.
O Programa Água Doce, coordenado pelo Governo Federal em parceria com os governos estaduais e executado por equipes técnicas multidisciplinares, tem como objetivo fornecer água dessalinizada de excelente qualidade, livre de contaminantes, para as famílias que vivem nas áreas áridas e semiáridas do Nordeste, incluindo Minas Gerais. Em Sergipe, o programa é conduzido pela Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) em colaboração com suas vinculadas a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) e a Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse).
Cerca de 2.400 famílias, o que corresponde a aproximadamente 9.800 pessoas, são atendidas diretamente pelo programa, que fornece diariamente uma média de 17.400 litros de água dessalinizada. Antes da implantação desses sistemas, as comunidades dependiam principalmente de carros-pipa contratados pelas prefeituras ou pela Defesa Civil, além de cisternas, barreiros e açudes locais, o que frequentemente expunha a população a riscos de contaminação.
O sistema de dessalinização utilizado é considerado uma tecnologia de ponta, baseada na osmose reversa por meio de membranas. Três caixas de 5.000 litros cada são usadas no processo, com a água bruta obtida do poço sendo armazenada em uma delas. Após a dessalinização, parte da água é direcionada para abastecer um chafariz utilizado pela população, enquanto a parte restante, conhecida como rejeito devido à alta concentração de sal, é encaminhada para um tanque protegido por lona, onde ocorre a evaporação.
Além do abastecimento de água para consumo humano, a água bruta é utilizada para dessedentação animal e limpeza das casas. Algumas comunidades aproveitam o tanque de concentrado para a criação de peixes e irrigação da erva sal, que serve como forrageira para caprinos e ovinos.
O PAD adota uma metodologia específica, iniciando com diagnósticos para a seleção das comunidades, identificando potencialidades e dificuldades locais. Durante a implantação dos sistemas, é estabelecido um Acordo de Gestão em conjunto com as famílias beneficiadas, definindo direitos e deveres, horários de funcionamento, quantidade de água por família, entre outros detalhes, que são discutidos e aprovados em reuniões com os grupos de beneficiários. Três operadores por sistema são eleitos e capacitados, além de um grupo gestor responsável pela administração dos sistemas e resolução de conflitos.
“As oficinas de sustentabilidade são realizadas para sensibilizar e orientar as famílias sobre a importância de preservar a qualidade da água dessalinizada, abordando cuidados com a limpeza e vedação das caixas d’água, transporte e armazenamento adequados, e esclarecendo dúvidas sobre o uso da água dessalinizada”, explicou a Engenheira Agrônoma da Emdagro, Elisabeth Denise Campos.
Segundo ela, o Programa Água Doce desempenha um papel fundamental na vida das famílias do semiárido sergipano, não apenas garantindo o acesso a água de qualidade, mas também promovendo o diálogo, organização comunitária e preservação da saúde e do meio ambiente na região. “É um exemplo concreto de como a tecnologia e a colaboração entre entidades governamentais podem transformar a vida das populações em áreas desafiadoras”, concluiu Elisabeth.

Evento sobre Sanidade Vegetal reúne especialistas para discutir desafios e regulamentações no setor agropecuário

O evento aconteceu no auditório da Emdagro e contou com representantes de toda a cadeia produtiva da citricultura
Na busca por promover a saúde e a qualidade das plantas que alimentam o Brasil, o treinamento sobre sanidade vegetal, que aconteceu nesta quarta-feira (20), no auditório da Emdagro, em Aracaju, reuniu especialistas renomados para abordar temas cruciais no universo agrícola. O evento contou com a participação de profissionais de assistência técnica e extensão rural, comerciantes de insumos, atacadistas, varejistas, emissores de CFO’s (Certificado Fitossanitário de Origem), Responsáveis Técnicos e Produtores rurais.

A programação incluiu controle de pragas quarentenárias dos citros e banana, legislação sobre produção e comercialização de mudas, sistema informatizado de rastreabilidade de agrotóxicos e Plano Nacional de Controle de Resíduos Contaminantes com ênfase na produção e comercialização vegetal. “Esse é um treinamento importante, porque tratamos de uma questão relevante que é o controle de pragas na agricultura e, como em Sergipe o que representa a nossa agricultura é a citricultura, a gente vai dar ênfase a esse controle de pragas que assegura ao estado o status de zone livre de várias doenças”, disse.

Na ocasião, o treinamento, que é uma parceria entre a Emdagro e Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), buscou passar o alerta a toda a cadeia produtiva do citros, desde técnicos, produtores e comerciantes no tocante à pragas e doenças, sobretudo o Greening, uma praga quarentenária de altíssima periculosidade do citros. “É um alerta grande que estamos fazendo para com o cuidado de todo o processo de formação dos pomares, porque não adianta investir na sua produção se não tiver um cuidado no controle de pragas. Além disso, discutimos no treinamento a questão dos resíduos e contaminantes, que é a qualidade desse produto produzido no campo. Por isso, dois palestrantes do Mapa abordaram tanto o alerta do controle de pragas quanto à qualidade dos alimentos produzidos no campo”, destacou Aparecida.

Para o palestrante do treinamento, o Auditor Fiscal Federal e Coordenador de Controle de Pragas do Ministério da Agricultura, Ricardo Hilman, o estado de Sergipe tem todas as condições de desenvolver sua citricultura nos próximos anos diante da ausência de doenças quarentenárias, como o Greening. “Nos próximos anos, Sergipe tem toda a condição de aumentar sua citricultura, não só em produtividade, mas em competitividade. Então, é fundamental o conhecimento, alertar sobre os riscos e também uma oportunidade, porque o estado pela sua condição sanitária, sem a praga do Greening é fundamental para o crescimento e desenvolvimento de toda a cadeia produtiva”, frisou.

Segundo o coordenador, essa condição sanitária de Sergipe abre perspectivas de novos convênios para o desenvolvimento das ações que visam à sanidade vegetal do Estado. “Nós trouxemos aqui conhecimento e possibilidade de futuros convênios nessa área para que, em conjunto com o setor público e o setor privado, a gente possa manter essa condição de ser livre da doença e ter condições de desenvolvimento a citricultura local”, acrescentou.

Preocupado por ter vivenciado a tragédia da cadeia produtiva da citricultura de estados como São Paulo causada pelo Greening, o representante da indústria de suco Maratá, Luciano Andreazza, viu no treinamento um momento importante para se debater as consequências dessa doença em Sergipe. “Esse treinamento é muito importante, porque você ver uma doença como o Greening dizimar os pomares de citros de São Paulo, com 80 milhões de árvores arrancadas, não vai querer que ela chegue aqui em Sergipe, por isso que a Emdagro e o Governo do Estado têm que estar bastante atentos, porque se entrar aqui a gente vai sofrer e a citricultura, não só para o Estado de São Paulo como para o Estado de Sergipe, representa muito para a economia, para o aspecto social e ambiental, de sustentabilidade. Então é importantíssimo um evento realizado como esse aqui”, considerou.

O Citricultor Hugo Albuquerque de Rezende, acha importante a discussão sobre o tema, e reforça a participação do de toda a cadeia produtiva, especialmente, o próprio produtor na proteção da cultura no Estado. “É muito importante participar desse evento porque nós vamos saber sobre todo o trânsito na produção da laranja, evitando assim trazer as pragas de fora para nosso estado. Da mesma forma, entendo de suma importância a participação do produtor nesse processo. Que, ao comprar suas mudas, compre em viveiristas certificados, porque ele saberá que é uma muda confiável e de qualidade”.

Programação Abrangente

O treinamento trouxe também uma ampla gama de tópicos críticos para a sanidade vegetal e a agricultura sustentável. A programação incluiu palestras informativas e esclarecedoras sobre a legislação que rege a produção e comercialização de mudas. O Auditor Fiscal Federal, Engenheiro Agrônomo Carlos Alexsahander Macêdo Borges, especialista no assunto, apresentou as regulamentações vigentes e abordou as melhores práticas para garantir a qualidade das mudas e a conformidade legal.

Em seguida, a Coordenadora Estadual de Insumos Agropecuários da Emdagro, Aglênia Araújo, trouxe uma perspectiva essencial sobre o sistema informatizado de rastreabilidade de agrotóxicos. Em uma era em que a transparência e a segurança dos produtos agrícolas são fundamentais, a apresentação de Araújo foi fundamental para os participantes entenderem como essa tecnologia pode ser implementada de forma eficaz.

Encerrando o evento, o Auditor Fiscal Federal, Engenheiro Agrônomo Adriano da Anunciação Pimentel, compartilhou informações valiosas sobre o Plano Nacional de Controle de Resíduos Contaminantes, com ênfase na produção e comercialização vegetal. Pimentel discutiu os desafios e as estratégias para garantir que os produtos vegetais atendam aos mais altos padrões de segurança alimentar.

 

Greening: A ameaça silenciosa que paira sobre os citros brasileiros

Em Sergipe não há registro da doença, mas Emdagro segue vigilante.

 

No Brasil, a citricultura enfrenta uma batalha silenciosa e destrutiva conhecida como Huanglongbing (HLB) ou Greening dos citros. Esta é considerada a doença mais grave que assola as plantações de citros no país, representando uma ameaça global para a indústria citrícola. Em Sergipe, até o momento, não há registro do HLB. Contudo, os citricultores devem permanecer vigilantes, inspecionando regularmente seus pomares e relatando quaisquer sintomas semelhantes ao HLB imediatamente à Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), órgão responsável pelas ações de defesa vegetal no estado.

A Emdagro atua estrategicamente em Sergipe para retardar a entrada da doença na citricultura. Isso inclui inspeções fitossanitárias, monitoramento em áreas comerciais, armadilhamento em pontos-chave e fiscalização rigorosa do trânsito de cargas nas barreiras sanitárias. “Nós atuamos adotando estratégias de controle que envolvem o planejamento cuidadoso do plantio e da renovação dos pomares, a utilização de mudas saudáveis, monitoramento constante do vetor e inspeção regular para detectar plantas sintomáticas”, destacou a Diretora de Defesa Animal e Vegetal da Emdagro, Aparecida Andrade.

A doença já está presente em vários estados brasileiros, incluindo São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina, e está sob controle oficial nesses locais. “A citricultura em Sergipe é particularmente vulnerável, pois possui os principais hospedeiros do HLB (Citros e Murta) e o vetor, o psilídeo Diaphorina citri, embora ainda não tenha sido detectada a presença da bactéria Candidatus Liberibacter nas plantas. A disseminação ocorre principalmente por meio do inseto vetor e mudas contaminadas”, alertou a diretora.

Segundo Aparecida, a indústria de citros do Brasil enfrenta uma batalha contínua contra o HLB, e a colaboração de todos é essencial para proteger essa parte vital da nossa agricultura. “A conscientização dos técnicos e produtores é fundamental para enfrentar essa ameaça. A aquisição cuidadosa de material básico de citros, como sementes, borbulhas e mudas, é uma medida crucial para proteger nossos citricultores”, orientou.

Os Sintomas Alarmantes

A HLB não poupa nenhuma espécie cítrica e, até o momento, não há cura para as plantas doentes. Seus sintomas são inconfundíveis: folhas de ramos afetados apresentam um padrão mosqueado, com variações de verde que se misturam sem delimitações claras. As folhas se tornam opacas, com uma nervura central engrossada. Os frutos sofrem deformações, com a columela desviada e o albedo (parte branca sob a casca) engrossado, afetando o sabor da fruta. As árvores afetadas perdem prematuramente seus frutos e, em última instância, acabam morrendo. Mesmo quando são mudas, as plantas podem ser afetadas, muitas vezes sem apresentar sintomas visíveis.

Vetor e Hospedeiro

A propagação do HLB é atribuída ao psilídeo Diaphorina citri, um inseto de cor branca-acinzentada com manchas escuras nas asas. Este pequeno inseto é comum nos pomares durante as épocas de brotação das plantas e é o vetor responsável por transmitir a bactéria causadora do HLB. Além dos citros, a planta ornamental Murta também serve como hospedeira para o patógeno.

A Murta (Murraya paniculata), uma planta comum em Sergipe, é hospedeira do patógeno e frequentemente utilizada em cercas vivas e decoração. Devido a esse risco, é proibido o plantio ou manutenção de Murta em locais públicos e áreas citrícolas em Sergipe, bem como em lojas de paisagismo e plantas ornamentais.

 

Agricultores e pescadores aprovam serviços e informações ofertadas no ‘Sergipe é aqui’ em Santo Amaro das Brotas

Análises de solo, regularização de CAF, solicitação para manutenção de poços e reunião do setor pesqueiro marcaram participação da Agricultura na 11ª edição do Governo Itinerante

 

O município de Santo Amaro das Brotas se tornou a capital do Estado nesta sexta-feira, 15, e a Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) marcou presença, juntamente com suas vinculadas na 11ª edição do ‘Sergipe é aqui’. A partir da iniciativa do Governo do Estado, mais de 150 serviços foram oferecidos à comunidade local.

Dentro da programação do ‘Sergipe é aqui”, a Seagri mobilizou um encontro com secretários municipais de Nossa Senhora do Socorro, Santo Amaro das Brotas, Barra dos Coqueiros e representantes das colônias e federações de pesca e aquicultura. Participaram também representantes da Superintendência Federal da Pesca, da Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema) e da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro).

A superintendente da Seagri, Ana Patrícia Guimarães, informou que o objetivo principal do diálogo foi mostrar para todos os representantes do setor a necessidade de levantamento de dados. “A reunião foi muito produtiva, visto que conseguimos explicar sobre a importância do censo e de como precisamos do comprometimento da população pesqueira e aquicultora do estado de Sergipe, para obtermos os dados e conseguirmos políticas públicas específicas e eficazes. Todos concordaram e firmamos o compromisso para atingir o nosso objetivo”, avaliou Ana Patrícia.

Durante o encontro, o secretário Municipal da agricultura de Nossa Senhora do Socorro, David Lopes, falou da experiência de realização do censo da aquicultura e pesca. “Somos o primeiro município sergipano a fazer o censo. Os desafios são enormes, em termos de manter a equipe de pesquisadores, conquistar a confiança dos produtores e de tabulação dos dados. Mas a mensagem que eu deixo para os colegas secretários é a de que não desistam. Estes dados são fundamentais para avançarmos em termos de políticas públicas”, destacou.

Serviços para a população

No estande montado para a ocasião, a Seagri, por meio da Emdagro, ofereceu o cadastro e a coleta de 30 amostras de solo, que foram posteriormente encaminhadas ao Instituto Tecnológico e de Pesquisas do Estado de Sergipe (ITPS) para análise. Além disso, foram distribuídas mudas frutíferas, entregues Cadastros da Agricultura Familiar (CAF) e fornecidas orientações técnicas aos agricultores locais.

“Essa iniciativa reforça o compromisso do governo em levar serviços essenciais e apoio à agricultura familiar diretamente às comunidades, fortalecendo o setor agrícola e promovendo o desenvolvimento sustentável em todo o estado de Sergipe”, destacou o diretor de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) da Emdagro, Jean Carlos Nascimento.

Beneficiada com mudas de árvores frutíferas, a agricultora Marilene Demésio Pereira não escondeu a alegria em ganhar mudas de qualidades produzidas pela Emdagro. “Eu ganhei mudas de manga e pitanga e estou apostando que vou chupar frutas de qualidade”, disse a agricultora, que aproveitou o estande para tirar dúvidas sobre o CAF.

O agricultor José Neri da Cruz, da comunidade Caio Prado, em Santo Amaro das Brotas, veio buscar o resultado da análise de solo da sua propriedade. “Estou aqui hoje para pegar minha análise de solo que fiz com o apoio da Emdagro. Com essa análise, eu vou poder planejar melhor meu plantio e evitar perdas e desperdícios”.

Água para Todos

O diretor de Infraestrutura Hídrica da Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), Ernan Sena, destacou a importância em participar desse projeto. “É o Governo do Estado, por meio da Coderse, hoje em Santo Amaro das Brotas, presente em mais um ‘Sergipe é aqui’. Para nós, uma cidade muito importante, porque nós temos o programa ‘Água para Todos’ sendo efetivado, por meio da perfuração de poços nos povoados Branquinha e Areias”, destacou.

Ernan Sena explica que são comunidades onde não há o abastecimento da Deso e, para fazer essa complementação, a Coderse vem atuando em todo estado. “Tivemos aqui, no dia de hoje, alguns atendimentos relativos à manutenção de poços na região. Como em todas as edições do Governo Itinerante, seguimos sempre à disposição da população sergipana”, completou o diretor.

Curso capacita extensionistas rurais para implementação do programa Ater Mulher em Sergipe

Serão cinco dias de treinamento sobre temas essenciais para as mulheres rurais

De 11 a 15 de setembro, a sede da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) será palco de um evento inovador que marcará a história das políticas públicas brasileiras para o meio rural: o Curso Instrumental Ater Mulheres. Promovido pela Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), em parceria com a Emdagro, esse curso tem como objetivo capacitar extensionistas rurais que trabalharão com o empoderamento das 600 mulheres rurais beneficiadas pelo programa, proporcionando-lhes ferramentas para uma vida saudável e produtiva no campo.

O Curso faz parte do Programa Ater Mulheres do MDA, uma iniciativa que visa fortalecer o papel das mulheres no desenvolvimento rural, reconhecendo a importância vital que desempenham nas comunidades agrícolas. O público-alvo deste curso são as extensionistas da Emdagro, mulheres que desempenham um papel fundamental na assistência técnica às agricultoras familiares do estado de Sergipe.

Durante os cinco dias do curso, serão abordados diversos temas essenciais para as mulheres rurais, incluindo políticas públicas voltadas para elas, metodologias de assistência técnica e extensão rural específicas, inovação e tecnologias sociais, e atividades relacionadas ao edital Ater Mulher, onde 630 mulheres rurais sergipanas serão capacitadas, fortalecendo a produção e a representatividade feminina no meio rural.

“O curso representa um passo significativo na valorização das mulheres rurais, promovendo uma vida saudável e empoderando-as para que possam desempenhar papéis ainda mais relevantes no desenvolvimento do meio rural brasileiro”, comentou o Presidente da Emagro, Gilson dos Anjos. Segundo ele, essa é uma iniciativa inédita no Brasil e representa uma conquista de oito anos de luta das mulheres rurais.

Gilson destaca ainda que a Emdagro não se limitará apenas à assistência técnica, mas também abordará questões sociais, como a violência doméstica e o feminicídio, durante os dezessete meses de vigência do contrato com a Anater. “O programa Ater Mulheres inclui palestras, oficinas, dias de campo, seminários, rodas de conversa e orientações técnicas, todos com o propósito de fortalecer e empoderar as mulheres agricultoras sergipanas”, frisou o presidente.

Camilo Daniel, coordenador do Escritório Estadual do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), ressalta que, após sete anos de desmonte das políticas públicas, o Brasil retoma a assistência técnica e extensão rural, agora com um foco especial nas mulheres. Ele enfatiza a importância desse fortalecimento das mulheres rurais, que desempenham papéis cada vez mais relevantes na agricultura familiar e em programas sociais como o Bolsa Família.

Para a agricultora e líder do Quilombo Caraíbas, localizado no município de Canhoba, Xifroneze dos Santos, sua expectativa é bastante positiva em relação ao curso, que promete valorizar o trabalho das mulheres e abrir novas oportunidades de mercado para a produção rural. “É importante destacar a relevância desse programa para as mulheres quilombolas, que agora poderão levar seus produtos ao mercado, gerando renda e fortalecendo suas comunidades”, disse.

Ater Mulheres

O primeiro contrato de parceria para a implementação do programa Ater Mulheres foi assinado entre a Emdagro e a Anater no último mês de agosto. Com ele, Sergipe sai na vanguarda ao ser o pioneiro na assistência técnica específica para mulheres, beneficiando 630 mulheres em diversos municípios do estado.

O Ater Mulheres também priorizará o desenvolvimento de sistemas produtivos agroecológicos e práticas sustentáveis de uso e manejo dos recursos naturais, além de apoiar a organização de grupos produtivos de mulheres e facilitar o acesso delas ao Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF) e a políticas de crédito produtivo e comercialização.

 

Governo de Sergipe distribui sementes de palma forrageira para criadores das regiões sul e centro sul do estado

O cultivo da palma é uma opção estratégica de alimentação animal que visa fortalecer a atividade pecuária, e assim contribuir para um futuro sustentável para os produtores e criadores

O Governo de Sergipe realiza mais uma etapa do Programa Sementes do Futuro. Desta vez, com a entrega de ‘raquetes’ ou sementes de palma forrageira. Ao todo, serão distribuídas 286 mil raquetes de palma para as regiões sul e centro sul de Sergipe. O lançamento da entrega de sementes de palma aconteceu, nesta terça-feira, 5, às 9 horas, na Praça Adolfo Tavares de Andrade, no Povoado Bomfim, em Riachão do Dantas.

Hoje, 60 produtores de Riachão do Dantas foram contemplados com a entrega. Ao todo, cada um recebeu 25 sacos com 60 de sementes, o equivalente a 1.500 unidades. De acordo com o secretário de Estado Agricultura interino, Marival Santana, o material propagativo (raquetes semente de palma) é resistente às pragas, procedentes de áreas isentas de pragas e doenças, também muito mais produtiva e resistente a excesso de água, períodos de seca e tem boa aceitação pelos animais.

“As ações desse projeto serão desenvolvidas em oito municípios das regiões sul e central sul: Riachão do Dantas, Tomar de Geru, Nossa Senhora das Dores, Lagarto, Tobias Barreto, Boquim, Pedrinhas e Arauá. Estamos entregando 286 mil raquetes sementes de palma, atendendo 190 criadores, onde cada um recebe 1.500 raquetes”, explicou Marival Santana.

A prefeitura de Riachão do Dantas, Simone Andrade, agradeceu em nome dos produtores da região serrana do município a chegada do benefício. “Já temos uma parceria forte com o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura e Emdagro, que trouxe o programa de inseminação artificial, melhorando a qualidade genética do rebanho. Agora estamos trazendo a palma para complementar a alimentação animal. São duas ações e serviços que se complementam para fortalecer a bacia leiteira de nossa região que cresce em quantidade e qualidade a cada dia “, ressaltou a prefeita Simone.

O produtor José da Silva Viana disse que costumava comprar palma para complementar a alimentação de seu rebanho bovino, mas com essa oportunidade criada pelo Governo do Estado iria fazer o plantio de uma tarefa da planta forrageira. “Com o plantio de palma vou diminuir os custos com ração e garantir uma semente sadia para continuar plantando”, disse José.

A palma forrageira é uma planta de grande importância para as regiões áridas e semiáridas, devido, principalmente, a sua rusticidade, resistência à seca e elevada capacidade de produção de massa. A palma é uma planta cultivada principalmente para produção de forragem e segurança alimentar dos rebanhos.

Qualidade da semente

De acordo com o presidente da Emdagro, Gilson dos Anjos, nos últimos anos, tem-se observado um desequilíbrio entre a produção e consumo dessa forrageira, gerando sua super utilização e consequente déficit estratégico das áreas cultivadas. “Portanto, o cultivo da palma é uma opção estratégica de alimentação animal que visa fortalecer a atividade pecuária, contribuindo para um futuro sustentável para os produtores e criadores”, destacou.

Para suprir o déficit de área plantada, faz-se necessário atenção especial no sentido de fomentar  o plantio, disponibilizando material propagativo de uma variedade de alta produtividade, resistente a estresse hídrico, e a pragas (tal como a cochonilha do carmim) e bem mais tolerante a águas, a exemplo do que está sendo feito pelo Governo de Sergipe.

O diretor de assistência Técnica e Extensão Rural da Emdagro, Jean Nascimento, explica que, em Sergipe, o cultivo da variedade “Orelha de Elefante Mexicana” já foi testada pela Emdagro, em municípios do alto sertão sergipano e tem contribuído com a sustentabilidade da pecuária de leite nas pequenas propriedades. “Nossa orientação é de que os criadores e pecuaristas que estão recebendo estas sementes sigam as recomendações técnicas de plantio e terão sucesso. Para cada hectare plantado o produtor irá colher dez hectares, ou seja, 80% do que colher pode ir para o consumo dos animais e os demais 20% pode ser replantado”, orienta o diretor técnico.

Texto/Foto: Ascom Seagri

Sergipe intensifica medidas de prevenção contra Influenza Aviária de Alta Patogenicidade

Ações educativas e fiscalizações em propriedades avícolas visam proteger a avicultura e a saúde pública no estado

Em meio às preocupações com a disseminação da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), a equipe de Defesa Sanitária Animal da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) tem intensificado suas ações de prevenção e vigilância nos municípios do estado. Essas medidas são respaldadas pelo Decreto n°358 de 24 de julho de 2023, que declara Emergência Zoossanitária por Influenza Aviária de Alta Patogenicidade em Sergipe, como medida preventiva.

Até o momento, fiscalizações e vigilâncias já foram realizadas em diversos municípios, incluindo Areia Branca, Aquidabã, Estância, Indiaroba, Itaporanga, Japaratuba, Nossa Senhora de Lourdes e São Cristóvão. Durante essas inspeções, foram realizadas vistorias de registro e vigilância zoossanitária, com o objetivo de garantir que as propriedades avícolas estejam em conformidade com as normas de biossegurança.

Além das ações de fiscalização, a Emdagro está intensificando as atividades educativas junto aos produtores rurais e à população em geral. Um exemplo disso foi o Dia de Campo realizado no município de Riachão do Dantas, que contou com a participação de 107 produtores rurais. O evento teve como objetivo fornecer informações detalhadas sobre a IAAP, capacitando a população para agir de maneira rápida e eficiente em caso de um surto da doença. Treinamentos teóricos e práticos, bem como reuniões, foram realizados com a equipe de médicos veterinários da Emdagro.

“As iniciativas educativas se estendem também às redes sociais, com postagens semanais no Instagram da Emdagro e grupos de WhatsApp que envolvem produtores rurais e técnicos. Essas plataformas permitem a disseminação contínua de informações importantes sobre a IAAP”, frisou a diretora de Defesa Animal e Vegetal da Emdagro, Aparecida Andrade.

Segundo ela, em caso de suspeita da doença, a população deverá entrar em contato com a Emdagro mais próxima ou ligar para os telefones 3234-2624 (Coordenadoria de Defesa Animal) e 3234-2644 (Ouvidoria) durante o horário comercial. Além disso, o atendimento pelo WhatsApp está disponível nos números 99191-4341/3234-2608.

A estratégia central dessas ações é a prevenção da ocorrência do vírus da influenza aviária H5N1, com o objetivo de salvaguardar o desenvolvimento econômico e social da população sergipana. Todas as medidas estão alinhadas com o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA).

“É importante ressaltar que a Influenza Aviária é uma doença de notificação obrigatória à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), sendo altamente contagiosa e afetando várias espécies de aves domésticas e silvestres, além de, ocasionalmente, mamíferos. Os principais fatores que contribuem para a sua transmissão incluem aves migratórias/silvestres, a globalização e comércio internacional, bem como mercados e feiras de vendas de aves vivas”, destacou a diretora.

No Brasil, já foram detectados 88 focos da doença em seis estados, com apenas dois casos em aves de criação doméstica, demonstrando a importância das medidas de prevenção em Sergipe para evitar a disseminação da IAAP.

Serviço de Inspeção Estadual garante segurança alimentar aos sergipanos

Autoridades sanitárias fazem apelo para que o consumidor adquira apenas produtos com o selo de controle no rótulo

A segurança alimentar é uma das preocupações do consumidor na hora de levar os itens da lista de compras para casa. Uma das recomendações dos especialistas é conferir sempre o selo de fiscalização no rótulo dos produtos. Em Sergipe, o Serviço de Inspeção Agroindustrial, Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal do Estado (SIE/SE), setor da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), é o encarregado por validar as condições em que os alimentos são manipulados e armazenados. O consumo de alimentos clandestinos pode resultar em riscos à saúde.

Ainda que não haja conhecimento técnico suficiente para ler com precisão as informações do rótulo, a conferência do selo SIE na embalagem assegura a qualidade de como o produto foi processado. “Não é minha área de formação, mas entendo que a fiscalização é fundamental para garantir a nossa própria saúde. O selo comprova que os alimentos foram testados quanto à presença de contaminantes. A fiscalização contribui para que os produtores e fabricantes sigam as normas estabelecidas de higiene. Além disso, as informações sobre o produto nos ajuda a não consumir falsificações”, opinou a professora aposentada Maria Ramos.

Lucas Aragão é dono de uma fábrica de laticínios na bacia leiteira de Nossa Senhora da Glória, no alto sertão sergipano, e adquiriu o selo  do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-POA), que possibilita a comercialização da produção em todo país. O processo foi meticuloso, mas lhe trouxe o benefício de ter a possibilidade de ter colocado seus produtos à venda nos supermercados e padarias sem disputar com a temida clandestinidade, sem falar da ampliação do mercado que adquiriu. “Para conseguir o selo eu tive de passar por várias etapas e trâmites de exigências legais. Mas o Estado, principalmente a Emdagro [Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe], sempre nos ajudou e mostrou os caminhos para chegar ao resultado mais rápido”, disse o empresário.

Inspeção por meio de exames laboratoriais, saúde e educação continuada dos seus colaboradores são exemplos de atividades que toda empresa que possui o selo de inspeção no seu produto passa.

Fiscalização

Somente este ano, os fiscais agropecuários já fizeram 356 inspeções e uma delas resultou no fechamento temporário de um estabelecimento laticínio para adequação. Os locais que passam pelas etapas de controle do SIE recebem o selo de inspeção e, a partir daí, os produtos são liberados para comercialização no estado. Esta é a razão pela qual os produtores devem fazer o registro. Lista de documentos necessários está disponível no endereço www.emdagro.se.gov.br

Existem quatro tipos de serviço de inspeção: na esfera municipal está o Serviço de Inspeção Municipal (SIM), na estadual o Serviço de Inspeção Estadual (SIE) e na federal o Serviço de Inspeção Federal (SIF). O Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi) é uma espécie de intermediário entre o Estadual e o Federal, que permite a comercialização tanto no estado quanto no resto do país. Cada estabelecimento comercializa dentro de sua esfera de competência (SIM, SIE ou SIF).

O que é

O SIE realiza vistorias técnicas em estabelecimentos sergipanos de carnes, pescados, ovos, leite, mel e seus derivados, além de analisar produtos não comestíveis e projetos para construção de estabelecimentos de armazenagem. É o SIE que emite os laudos que autorizam a comercialização nos municípios sergipanos, atestando ao consumidor final um alimento de qualidade. Em conjunto com outras instituições, como Vigilância Sanitária e Ministério Público, o SIE fiscaliza o comércio varejista e atacadista de produtos de origem animal e participa das análises documental e técnica das amostras.

“A grande importância do selo é a garantia da segurança alimentar que o consumidor tem. Fazemos um apelo ao consumidor: só adquira produtos que ele saiba a origem! Que ele aprenda a ler no rótulo, ver quem fabricou, quais foram os órgãos que fiscalizaram essa manipulação”, alertou a diretora de Defesa Animal e Vegetal da Emdagro, Maria Aparecida Andrade.

O Decreto 41.039/21 e a Lei estadual 8887/21 regulamentam o SIE. Para obter o registro, o produtor deve requerer visita prévia ao diretor-presidente da Emdagro e apresentar a documentação exigida. A lista com os documentos necessários está disponível no endereço www.emdagro.se.gov.br. Entre os requisitos estão a conformidade da planta e equipamentos e o principal, que é a permanência de um médico veterinário responsável técnico da produção no local da fabricação.

“Sabemos que tem muitos produtos comercializados sem a devida inspeção. O que observamos é muito comercialização nas praças públicas, principalmente de queijo. É simples, se não tem selo, não sabemos a origem. Então é um risco muito grande para a saúde do consumidor. Tanto a manteiga quanto o queijo são produtos sensíveis, que podem deteriorar com facilidade”, alertou a diretora.

Segurança

 

Comprar produtos inspecionados é a garantia que o consumidor tem de que o alimento foi processado e armazenado de maneira adequada. A cultura de conferir o selo no rótulo é fortemente encorajada por profissionais da área de saúde. Segundo a nutricionista Flávia Freire, o produto certificado é um alimento seguro em termos sanitários. Ou seja, antes da certificação, a empresa passou por análise de boas práticas de manipulação de alimentos e foi analisado todo o processo, desde a matéria-prima, produção e distribuição, até a mesa do consumidor.

“A certificação aumenta a credibilidade e confiabilidade de todas as informações que estão ali no produto, tanto em termos do valor nutricional quanto na garantia de que sua saúde não será posta em risco. Todas as medidas higiênico-sanitárias foram levadas em consideração, o que reduz o risco de contaminação”, explicou.

De acordo com a especialista, um dos maiores problemas do consumo de produtos sem inspeção é a toxinfecção alimentar, em razão de contaminação por bactérias ou toxinas, que, inclusive, podem levar à morte. “Um alimento não seguro em termos nutricionais e sanitários pode levar indivíduos a quadros de diarreia, infecção e internação. Um alimento que não obedece normas de manipulação e conservação aumenta o risco de está contaminado por salmonella e escherichia coli, bactérias de origem fecal, levando a enfermidades que podem ser fatais, principalmente em grupos mais vulneráveis, como crianças e idosos.

Programa de inseminação artificial atinge 67% de taxa de prenhez em Boquim

A IATF é uma técnica reprodutiva que envolve a administração controlada de hormônios para sincronizar o ciclo reprodutivo das fêmeas bovinas, permitindo a inseminação em massa, em um curto período de tempo

O programa do Governo do Estado de Inseminação Artificial por Tempo Fixo (IATF) tem se consolidado como uma técnica eficiente para a reprodução bovina, em diversas regiões do Estado. No município de Boquim, localizado na região centro sul de Sergipe, o programa tem obtido resultados notáveis, com uma taxa de prenhez de 67%. Isso indica o sucesso e a viabilidade da técnica, contribuindo para o aumento da produtividade e qualidade do rebanho bovino na região. A Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), por meio da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), tem se destacado no incremento e implementação de programas de IATF, com o intuito de melhorar a eficiência reprodutiva das vacas leiteiras e de corte.

O alto índice de taxa de prenhez alcançado em Boquim por meio da IATF traz benefícios significativos para a pecuária local e a economia da região. “Com mais fêmeas prenhes, a expectativa é de que haja um aumento no número de bezerros nascidos, o que por sua vez contribui para a renovação e o crescimento do rebanho. Além disso, a introdução de características genéticas superiores nos animais resulta em bovinos mais produtivos e saudáveis, gerando valor tanto para os criadores, quanto para os consumidores. E a utilização de tecnologias avançadas fortalece a reputação da Emdagro, como uma instituição comprometida com a inovação e a melhoria contínua da cadeia produtiva da pecuária”, destacou o presidente da Emdagro, Gilson dos Anjos.

A detecção precoce da gestação é crucial para a administração adequada do rebanho. “Ela permite identificar vacas que não conceberam, possibilitando uma rápida reação com novos protocolos reprodutivos ou intervenções veterinárias. Além disso, a confirmação da gestação possibilita a separação de vacas gestantes para um manejo diferenciado, garantindo o bem-estar das mães e dos fetos, e contribuindo para o sucesso geral do programa de reprodução”, explicou a coordenadora de Pecuária da Emdagro, a médica veterinária Izildinha Dantas.

Para ela, a precisão do diagnóstico gestacional aumentou significativamente, permitindo uma identificação mais rápida e confiável das vacas prenhes e vazias. Isso resulta em uma melhor administração do rebanho, redução de custos com repetições de inseminação e otimização dos recursos disponíveis. “A integração de métodos tecnológicos, como ultrassonografia e exames hormonais, tem se mostrado uma abordagem eficaz para aumentar a precisão e a eficiência da detecção gestacional”, disse.

O produtor rural Gilvan Santos Silva, do povoado Pimenteira, em Boquim, não esconde sua satisfação pelo resultado apresentado. “Aqui na minha propriedade eu obtive 50% de vacas prenhas. Sei que em outras propriedades esse número ultrapassou os 60%. Atribuo o resultado à qualidade do material fornecido pela Emdagro e também ao manejo que faço das minhas vacas, com ração de qualidade pela manhã e à noite. Estou muito feliz com o programa e espero continuar inseminando minhas outras dez vacas”, comemorou

IATF

A IATF é uma técnica reprodutiva que envolve a administração controlada de hormônios para sincronizar o ciclo reprodutivo das fêmeas bovinas, permitindo a inseminação em massa, em um curto período de tempo. Essa abordagem oferece uma série de vantagens, como aumentar a taxa de concepção, otimizar o uso de sêmen de touros geneticamente superiores e reduzir o intervalo entre partos. Além disso, ela permite maior planejamento e organização para os criadores, resultando em uma produção mais eficiente.

O sucesso desse programa contribui para o fortalecimento da pecuária local e serve como exemplo para outras regiões, interessadas em adotar essa abordagem moderna e eficiente para a reprodução de bovinos.

Secretaria da Agricultura estuda aplicação de citricultura sustentável

Foi feita uma reunião com a equipe técnica para tratar do assunto

A poucos dias da realização do primeiro Citros Show Nordeste, evento que reuniu pesquisadores, técnicos e grandes produtores, com exposição do que existe de melhor em tecnologia para a cultura dos citros, a Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) avança na proposição de uma citricultura sustentável. Nesta quarta-feira, 23, o secretário reuniu a equipe técnica para tratar do assunto.

“Estamos cumprindo o compromisso feito com os produtores no sentido de fazer nossa citricultura desenvolver”, disse o Secretário de Estado da Agricultura, Zeca da Silva, durante encontro com diretores e técnicos da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) para propor uma política de revitalização sustentável para a citricultura sergipana.

A reunião foi o momento de apresentar o diagnóstico, realizado pela Emdagro, sobre a cultura do citros no estado com dados estatísticos oficiais, informações colhidas entre produtores e viveiristas.

Após o diagnóstico, o secretário da Agricultura, Zeca da Silva, comentou a importância do diálogo sobre o assunto.  “Neste encontro com a equipe técnica, estamos dando continuidade ao que foi discutido com os produtores no sentido de criarmos as condições para um citricultura sustentável”, disse o secretário.

O presidente da Emdagro, Gilson dos Anjos, falou sobre a proposta que o estado tem para o assunto. “A proposta inclui a capacitação permanente de técnicos e citricultores, compra de sementes para a produção de porta-enxertos para pequenos produtores e a continuidade do programa de borbulhas de citros”, afirmou.

Última atualização: 6 de setembro de 2023 11:51.