Técnico da Emater Minas Gerais explora potencial citrícola em Sergipe

Em dois dias, foram visitados diversos viveiros telados para verificação da produção de mudas de laranja

O Engenheiro Agrônomo Celso Luiz de Oliveira, da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater/MG), esteve em Sergipe por dois dias esta semana com o objetivo de entender os projetos desenvolvidos pela Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) na região citrícola. Sua visita, que foi acompanhada pelos Técnicos da Diretoria de Assistência Técnica e Extensão Rural (Dirater), incluiu inspeções a diversos viveiros, notadamente o exemplar Sergipe Citrus, de Joel Santos, em Santa Luzia, destacado como referência no Nordeste e Brasil.

Além disso, Oliveira conheceu o método de produção de mudas de citros utilizando fibra de coco como substrato, uma prática que se destaca pela eficiência na redução de custos. Em Boquim, explorou a área de produção de sementes para porta-enxerto, que integra quatro novas variedades, como os Citradarins Riverside, Indio e San Diego, a Tangerina Sunki, e o tradicional Limão Cravo Santa Cruz. Com cerca de 437 plantas, essa área diversificada visa fortalecer a citricultura local, seguindo as diretrizes da moderna citricultura que desaconselha a monocultura de porta-enxertos devido aos riscos associados a pragas e doenças.

A visita culminou em uma reunião com os técnicos da Defesa Fitossanitária da Emdagro, que destacaram os esforços preventivos contra o greening, uma ameaça devastadora para os laranjais. O presidente da Emdagro, Gilson dos Anjos, enfatizou: “A parceria com a Emater/MG fortalece nossos esforços em prol da citricultura sergipana, permitindo a troca valiosa de conhecimentos e experiências”.

Celso Luiz de Oliveira, técnico da Emater/MG, acrescentou: “A inovação e a diversificação nas práticas de cultivo que testemunhamos em Sergipe são inspiradoras. Essa colaboração interinstitucional é crucial para enfrentar desafios fitossanitários e fortalecer a resiliência da citricultura na região”.

 

Emdagro e Embrapa firmam parceria estratégica para fortalecer a agricultura Sergipana

Reunião tratou da consolidação do acordo de cooperação técnica entre as duas instituições

No último dia 12 de dezembro, representantes técnicos, coordenadores e diretores da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) estiveram reunidos com pesquisadores, agentes de transferência de tecnologia e a Chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Tabuleiros Costeiros, Viviane Talamini, para estabelecer diretrizes e ações prioritárias visando o fortalecimento da agricultura sergipana.

A reunião aconteceu na sede da Embrapa, em Aracaju, e teve como pauta principal a consolidação do acordo de cooperação técnica entre as duas instituições, que tem como objetivo a construção de um plano de ações conjuntas voltado para as cadeias produtivas com demandas críticas e urgentes no setor rural de Sergipe.

A parceria estratégica concentrará esforços nas seguintes temáticas: citros, milho, feijão, mandioca, batata-doce, Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), aquicultura (peixes, camarões e ostras), reflorestamento e recuperação de áreas degradadas, forrageiras para alimentação animal, fortalecimento das organizações de produtores orgânicos/agroecológicos e o Plano Agricultura de Baixo Carbono.

Jean Carlos Nascimento, Diretor de Ater da Emdagro, enfatizou durante a reunião: “Esta parceria representa um marco para o desenvolvimento sustentável da agricultura sergipana. Estamos unindo esforços para enfrentar os desafios críticos em diversas áreas, promovendo inovações e fortalecendo as bases do setor rural.”

As instituições envolvidas desempenharão papéis fundamentais, tanto no desenvolvimento de novas soluções tecnológicas quanto na transferência de tecnologias já validadas. Cada temática abordada contará com um responsável técnico de ambas as instituições, e será elaborado um plano de trabalho específico para cada uma delas.

Ao término da reunião, ficou acordado que a equipe da Embrapa complementará o documento discutido, detalhando os pontos focais para cada tema. Esse documento será repassado à Emdagro para contribuições adicionais, consolidando assim uma parceria que promete impulsionar significativamente a agricultura sergipana.

 

Feira agroecológica na Emdagro promove consumo saudável e aproxima agricultores e consumidores

Os produtos colocados à venda foram produzidos na OCS Areia Branca

A feira agroecológica realizada nesta segunda-feira, 18, no escritório central da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), em Aracaju, reuniu agricultores locais e servidores da instituição, em um evento dedicado à promoção de produtos orgânicos e livres de agrotóxicos. A iniciativa visa estimular o consumo de alimentos saudáveis e fortalecer a relação direta entre produtores e consumidores.

A feira contou com a participação de agricultores, em especial, Élida Rosa Vieira, produtora da Organização de Controle Social (OCS) de Areia Branca, município do agreste do estado. Em sua fala, ela expressou sua satisfação em participar do evento. “É um prazer estar com vocês aqui na casa do agricultor, porque nós somos acompanhados pela Emdagro e estarmos aqui mostrando e comercializando esses produtos é uma maravilha”, apontou.

A presença de servidores da Emdagro, como Francisco Soares, também evidencia a importância da feira. “É muito bom ter uma feira bem perto da gente, não só pela comodidade, mas por ser uma feira de produtos orgânicos, que a gente sabe a procedência, quem são os agricultores e a forma como os produtos são cultivados, sem a presença de agrotóxicos. Quero parabenizar a organização pela iniciativa”, destacou o servidor.

O diretor de Assistência Técnica e Extensão Rural da Emdagro, Jean Carlos Nascimento, ressaltou a relevância do evento para a conscientização sobre a importância de se consumir alimentos de qualidade. Ele destacou o compromisso da instituição em apoiar práticas sustentáveis na agricultura. “Este evento exemplifica o compromisso da Emdagro em apoiar práticas agrícolas responsáveis e o desenvolvimento sustentável da agricultura em Sergipe”, frisou ele.

A feira agroecológica na Emdagro não apenas proporcionou uma opção acessível e conveniente para os servidores, mas também reforçou a importância de uma alimentação saudável e sustentável, promovendo a agricultura familiar e fortalecendo os laços entre produtores e consumidores.

Na ocasião, os servidores da Emdagro tiveram a oportunidade de adquirir uma variedade de produtos cultivados de maneira orgânica pelos produtores da OCS de Areia Branca. Entre os itens disponíveis estavam tomate, pimentão, repolho, couve-flor, brócolis, alface de todos os tipos, couve, espinafre, rúcula, agrião, beterraba, cenoura, banana maçã, banana prata, laranja, mamão, macaxeira, limão, cebola e chuchu.

Sergipe conquista reconhecimento nacional ao eliminar vacinação contra Febre Aftosa após 23 anos de esforços estratégicos

A última campanha acontecerá em abril de 2024 momento em que o Estado passa a ser reconhecido como área livre da doença sem vacinação

 

Em anúncio histórico durante o 3º Fórum Nacional do PE-PNEFA (Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa), ocorrido na última sexta-feira (8), o Estado de Sergipe celebra que sua última campanha de vacinação contra Febre Aftosa, acontecerá em abril de 2024, marcando o fim de 23 anos sob a égide do reconhecimento como área livre de Febre Aftosa com vacinação. A partir do ano que vem, o estado passará a ser reconhecido como área livre sem vacinação, resultado de um trabalho estratégico conjunto entre a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), o Ministério da Agricultura e Pecuária, e os produtores rurais.

A conquista desse status representa o culminar de esforços árduos. A Emdagro, em parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária, além dos produtores rurais, trabalhou incansavelmente para atender às 42 metas do Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa e às 29 metas do Programa de Avaliação e Aperfeiçoamento da Qualidade dos Serviços Veterinários da Emdagro.

O caminho para esse reconhecimento demandou a reestruturação do serviço de Defesa Sanitária Animal da Emdagro, envolvendo a aquisição de veículos, georreferenciamento em 90% das propriedades rurais, atualização do Sistema de Integração Agropecuária (SIAPEC3), realização de concurso público, treinamento da equipe para atendimento à suspeita de febre aftosa, estruturação e montagem de laboratório de triagem, aquisição de equipamentos, e a obtenção de índices acima de 90% nas campanhas de vacinação contra febre aftosa.

O Diretor Presidente da Emdagro, Gilson dos Anjos, destacou a importância dessas ações: “Foi um desafio gigantesco, mas com comprometimento e cooperação, conseguimos atender todas as metas estabelecidas. A mudança de status é um marco não apenas para Sergipe, mas para todo o setor agropecuário do estado.”

Impactos Econômicos
Com o reconhecimento, a Emdagro agora se prepara para realizar estudos soroepidemiológicos em março, fortalecer e manter o serviço veterinário, intensificar a vigilância nas propriedades rurais, eventos agropecuários, estabelecimentos de bate e fiscalização nas barreiras. “A partir de 1° de maio de 2024, não será permitido o ingresso de animais de Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Piauí na fronteira com Alagoas”, disse a Diretora de Defesa Animal e Vegetal da Emdagro, Aparecida Andrade.

Esse avanço representa uma economia substancial para os criadores, que não precisarão mais adquirir vacinas e toda a logística da vacinação. Além disso, poderão comercializar seu rebanho nacionalmente sem restrições, abrindo portas para benefícios econômicos e fortalecendo o setor agropecuário de Sergipe.

Governo de Sergipe realiza encontro estadual de produtores orgânicos e agroecologia

O evento também possibilitou ao público conhecer produtos orgânicos inovadores no mercado sergipano, como o molho de pimenta fermentado com frutas, a polpa e o café de açaí


Com os objetivos de debater temáticas relacionadas à produção de orgânicos e fomentar a ampliação e atuação de produtores orgânicos no estado, o Governo de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri) e da Coordenadoria Estadual de Agroecologia da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário (Emdagro), realizou, nesta segunda-feira, 11, o III Encontro Estadual de Produtores Orgânicos e Agroecologia. O evento reuniu cerca de 300 pessoas entre produtores, técnicos, estudantes e público em geral no Instituto Federal de Sergipe (IFS), campus Itabaiana, no agreste do estado.

O encontro também contou com a participação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) – Unidade Tabuleiros Costeiros, Universidade Federal de Sergipe (UFS), IFS, prefeituras, escolas técnicas, associações e cooperativas, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e Banco do Nordeste.

Em Sergipe, há mais de uma centena de produtores orgânicos atuando no estado. “São agricultores que trabalham com a produção orgânica da batata doce, do amendoim, do milho, da laranja, todos produzidos de forma saudável, sendo o grande foco, de maior impacto, a produção de hortaliças. Então hoje nós estamos no caminho da agroecologia e da produção orgânica, que é o caminho que o mundo inteiro tem discutido e valorizado”, indica o diretor-presidente da Emdagro, Gilson dos Anjos.

De acordo com ele, o Encontro Estadual de Produtores Orgânicos e Agroecologia se consolida como uma ferramenta de incentivo a esse cenário. “Hoje, no mundo inteiro, e no Brasil não seria diferente, se discute muito a agricultura orgânica, a agroecologia e a produção de orgânicos, de alimentos saudáveis, e a Emdagro está exatamente nessa direção. Nós criamos a Coordenadoria de Agroecologia e Produtos Orgânicos para dar foco a esse trabalho”, destaca o gestor.

Responsável pela organização do evento, o coordenador de Agroecologia da Emdagro, Valtenis Braga, explica que o Encontro demonstra uma parte do trabalho desenvolvido pelo órgão durante todo o ano. “Através das metodologias de extensão rural promovidas pela empresa, a gente chega ao produtor rural, levando conhecimento, e aqui é um momento em que a gente reúne os produtores para avaliar o desempenho do nosso trabalho e gerar discussões a respeito das demandas que eles apresentaram durante o ano. Isso faz com que o produtor saia daqui fortalecido e sirva também de planejamento para o ano vindouro”, ressalta.

Para a presidente da Associação Orgânica Participativa de Agricultores e Agricultoras do Alto Sertão Sergipano (Copasa), Iva de Jesus, é uma alegria muito grande participar de um evento como esse. “É nesses espaços que a gente se fortalece enquanto camponês, enquanto associativismo. O estado precisa fomentar mais momentos como esse, para que o processo do trabalho, de quem tá lá fazendo a produção, de quem é responsável por levar alimentação para a mesa de todo mundo, ganhe mais visibilidade, e a produção agroecológica, a produção orgânica, cresça cada vez mais dentro do nosso estado”, pontua.

A agricultora Élida Rosa Vieira, de Areia Branca, participou pela segunda vez do encontro, onde além de expor seus produtos orgânicos, aproveitou para adquirir mais conhecimento. “Aqui é bom, porque podemos expor nossos produtos, vender para o público que vem participar, e ainda conhecemos mais um pouco sobre o que acontece com outros produtores, através da conversa e das palestras apresentadas aqui para a gente”, disse a produtora rural.

Produtos inovadores
O evento também possibilitou ao público conhecer produtos orgânicos inovadores no mercado sergipano, como o molho de pimenta fermentado com frutas desenvolvido pelo produtor Carlos César dos Santos, do município de Areia Branca, no agreste do estado. O molho de pimenta natural conta com 16 sabores de frutas diferentes, como acerola, jabuticaba, manga, maçã e jaca, entre outros. “Já estamos há mais de seis anos no mercado. Nossos produtos podem ser encontrados no shopping de Itabaiana, no mercado do Augusto Franco, em Aracaju, no mercado central, e também entregamos delivery toda sexta-feira em Aracaju e Itabaiana”, contou o sobrinho do produtor, Henrique Santana de Azevedo.

O produtor Alex Ferreira produz açaí no município de São Cristóvão, na região metropolitana de Aracaju, e aproveitou o momento para divulgar e comercializar seus produtos. “Em nossa propriedade, a gente produz a polpa do açaí, da mesma forma como é feita no Pará, sem adicional nenhum, sem açúcar, sem nada, a polpa pura do açaí. Também produzimos o café e o licor de açaí”, detalha.

Nesse contexto, ele acredita que o apoio do Governo do Estado é fundamental para que os produtores de orgânicos continuem desenvolvendo o trabalho. “A produção orgânica é uma produção muito difícil e tem que ser valorizada, e a gente precisa do apoio público também para poder crescer. A gente traz um produto diferente e que sempre desperta a curiosidade das pessoas, e um evento como este é de muita importância para a gente poder divulgar e também para observar a aceitação do nosso produto”, disse Alex.

Texto/Foto: Ascom Seagri

Emdagro impulsiona desenvolvimento sustentável para mulheres com projeto de bovinocultura leiteira em comunidade quilombola

Através de elaboração de 109 projetos produtivos, Estado de Sergipe, através do Governo Federal, investiu mais de 800 mil reais para mulheres agricultoras de Poço Redondo

 

Em meio aos desafios enfrentados pelas famílias quilombolas da comunidade Serra da Guia, a busca por soluções sustentáveis e inovadoras tem sido uma prioridade para promover o desenvolvimento local. O Programa de Fomento Mulher, aliado à experiência da assistência técnica e extensão rural Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), surge priorizando a bovinocultura de leite através da elaboração de 109 projetos, no valor total de investimento de oitocentos e setenta e dois mil reais.

O principal objetivo do programa é contribuir para o desenvolvimento sustentável da comunidade, diversificando os sistemas produtivos e fomentando a bovinocultura de leite. Ao enfrentar os desafios provocados por longos períodos de estiagem e ataques da cochonilha de escama na palma forrageira, o programa visa não apenas fortalecer a produção leiteira, mas também gerar empregos, aumentar a renda familiar, promover a inclusão social e melhorar a qualidade de vida das famílias quilombolas.

O acesso ao Fomento Mulher, viabilizado por meio desses projetos, representa um canal direto para o empoderamento econômico das mulheres na comunidade. “Ao fornecer recursos específicos para fortalecer a bovinocultura leiteira, a Emdagro não apenas cria oportunidades econômicas, mas também promove a equidade de gênero e a autonomia financeira”, explicou o Diretor de Ações Fundiárias, Marcelo dos Santos.

Santos acrescenta que a metodologia de execução inclui a aquisição de matrizes, sistema semi-intensivo de criação, pastagens artificiais, e parcerias educacionais com instituições renomadas, como a Universidade Federal de Sergipe, Emdagro, IFS e SEBRAE.

Luciano Firmino, chefe do escritório local da Emdagro em Poço Redondo, e responsável pela elaboração dos projetos, destaca o papel vital da instituição na concepção e execução dos projetos: “A Emdagro está comprometida em incentivar mudanças positivas. Cada um dos 109 projetos elaborados, com um valor individual de R$ 8.000,00, reflete nosso compromisso em fortalecer a bovinocultura leiteira na comunidade. Os mais de oitocentos mil reais destinados aos projetos terão um impacto direto na aquisição de matrizes, na implementação de práticas sustentáveis e no impulso à produção de leite”, frisou.

Beneficiária do programa, a agricultora familiar da comunidade Serra da Guia, em Poço Redondo, Valdilene Maria dos Santos Correia, diz que os projetos chegaram em momento oportuno. “Ele (o projeto) chegou na hora certa. Será mais um rendimento familiar. Meus agradecimentos à Emdagro, que elaborou nossos projetos, ao Governador Fábio Mitidieri e ao Incra por essa parceria”.

A agricultora Maria Selma Alves de Almeida, também da Serra da Guia, reconhece os benefícios do programa e agradece à Emdagro pela elaboração dos projetos. “Quero agradecer e parabenizar o técnico da Emdagro Luciano pelo belíssimo trabalho e dizer que esse projeto vai melhorar muito nossa renda familiar”.

 

Emdagro promove 5º Encontro Estadual de Avaliação e Planejamento junto às comunidades quilombolas de Sergipe

A Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) promoveu, na última quarta-feira (06), o 5º Encontro Estadual das Equipes Técnicas no Escritório Central da instituição. O evento, realizado no escritório central da empresa, em Aracaju, abrangeu discussões sobre as ações desenvolvidas junto às comunidades quilombolas de Poço Redondo (Serra da Guia), Capela (Pirangi), Brejo Grande (Batateiras e Resina), e Porto da Folha (Mocambo) ao longo de janeiro a novembro de 2023.

O objetivo central foi a socialização das atividades realizadas durante esse período, a avaliação dos resultados alcançados e a identificação de desafios. As equipes técnicas, provenientes de diferentes regiões, colaboraram na definição de estratégias para o redirecionamento das ações, contribuindo para o planejamento do ano de 2024.

As equipes presentes realizaram apresentações das ações desenvolvidas e deram destaque àquelas referentes à assessoria em pecuária de leite e de corte, avicultura, pesca, agroecologia, capacitações, diagnósticos, elaboração de projetos diversificados, cadastros da agricultura familiar, quintais produtivos, incluindo hortas e pequenas criações, entre outros.

Na ocasião, foram compartilhadas informações sobre os procedimentos adotados para a elaboração do plano de ação local e a inserção das ações executadas no Sistema de Acompanhamento (SIGA) para o ano de 2024.

“Este encontro proporcionou uma valiosa reflexão sobre os rumos da assistência técnica e extensão rural não apenas em Sergipe, mas em todo o Brasil, enfrentando desafios e buscando a inclusão sustentável de homens e mulheres do campo nos espaços produtivos, de mercado e comercialização, visando sua inserção através do trabalho e da renda”, ressaltou o Diretor de Assistência Técnica e Extensão Rural, Jean Carlos Nascimento.

O encontro contou com a participação de gestores regionais Rita Selene Quixadá (N. S. Glória), Paulo Roberto Barbosa (Propriá) e de gestores locais, Adalmir de Jesus Santos (N. S. das Dores), que se fez acompanhado pelos técnicos Valtênio Azevedo Andrade e Cintia Cristina Dantas, Ricardo Alexandre Feitosa Aragão (Porto da Folha) acompanhado pelo técnico Manoel Gomes de Freitas, Francisco Luciano Firmino Macedo (Poço Redondo), Esdras de Oliveira Pereira (Neópolis), das assessoras do Programa de Organização e Desenvolvimento Social da Emdagro, Abeaci dos Santos e Tabita Evangelista e dos Engenheiros Agrônomos residentes Laila Beatriz Santos Maciel e Matheus Pinheiro Fiais dos Santos, do Coordenador de Desenvolvimento Rural, Ary Osvaldo Ribeiro Bomfim, do Diretor Fundiário Marcelo Silva dos Santos e dos Assessores de Planejamento  Gilson Soares dos Santos e Eurídice Xavier.

Iniciativas do Governo do Estado fortalecem o setor agropecuário no alto sertão sergipano

Os municípios de Canindé de São Francisco, Porto da Folha e Poço Redondo receberam investimentos no setor agropecuário nesta segunda-feira, 4.

 

O cenário agropecuário nos municípios de Canindé de São Francisco, Porto da Folha e Poço Redondo, no alto sertão sergipano, está passando por significativas transformações promovidas por iniciativas do Governo do Estado. Por intermédio da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) e da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), nesta segunda-feira, 4, uma série de ações estratégicas foram implementadas para fortalecer o setor na região.

 

Além das obras de reforma de dois escritórios da Emdagro, em Canindé e Porto da Folha, foi realizada a entrega de títulos de propriedade, de documentos do ‘Garantia Safra’ e de arranjos produtivos. Com isso, os principais beneficiados são os próprios profissionais da Emdagro, agricultores e os assentados das colônias do Estado, que agora colhem os frutos do apoio governamental para impulsionar suas atividades e promover um desenvolvimento sustentável.

 

Apenas em Canindé, por exemplo, foram investidos R$ 172.230,31, com a finalidade de proporcionar melhores condições de trabalho aos servidores e um atendimento de qualidade aos agricultores familiares, resultando no atendimento de 1.215 agricultores até novembro de 2023.

 

Segundo o secretário de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca, Zeca Ramos da Silva, o dia foi dedicado a celebrar as conquistas do agricultor e do criador. “Hoje é um dia feliz para mim e para toda a equipe da Seagri, Emdagro e Coderse, quando estamos trazendo ações para o sertão. Hoje nós temos a felicidade de realizar, ou mesmo dar os primeiros passos para a realização de obras estruturantes, como é o caso da autorização do processo licitatório para estudos e elaboração da Adutora do Leite, um projeto que considero o ápice de todas as realizações, um grande sonho desse povo sertanejo, que o governador prometeu e está cumprindo”, considerou.

 

Ainda na ocasião, o governador Fábio Mitidieri fez a entrega 122 títulos de terra, promovendo segurança jurídica, valorização da terra e acesso a crédito rural para os agricultores assentados, proporcionando aposentadoria e outros benefícios previdenciários. A iniciativa faz parte do programa de governo ‘Desenvolver Sergipe’, com previsão de beneficiar oito mil famílias.

 

“Receber esse título de terra hoje das mãos do governador significa muito para mim. Com esse título na mão, vou dar continuidade aos meus projetos, acessar financiamentos, garantir aos meus filhos que a terra será deles também. Graças a Deus, ele chegou. Estou muito feliz!”, comemorou o agricultor José Carlos Gomes da Silva, do assentamento Manuel Dionísio, em Canindé do São Francisco.

 

Assim como ele, a assentada Luana Monteiro, do Assentamento Daniel Ricardo, ficou mais que satisfeita, e contou que está muito feliz pelo título de propriedade. “É uma maravilha ter um terreno em nosso nome e se beneficiar dos projetos do governo. Estou feliz demais em conseguir acessar as políticas”, comentou.

 

Ainda em Canindé, a Seagri e a Emdagro entregaram documentos do Garantia Safra a 233 agricultores, garantindo um aporte financeiro de R$ 1.886.976,00 para 13 mil agricultores em 22 municípios, assegurando o acesso de cada agricultor a R$ 1.200,00 em caso de perda. E as ações em Canindé de São Francisco não param por aí, visto que o governador Fábio Mitidieri também fez a entrega 189 projetos produtivos elaborados gratuitamente pela Emdagro, permitindo acesso a recursos federais no valor de R$ 4.430.175,00 para assentados das colônias estaduais.

 

O agricultor Hélio dos Santos, da Colônia Alto da Bela Vista, foi beneficiado com o projeto de fomento elaborado pela Emdagro. Ele vai receber R$ 16 mil para fortalecer a bovinocultura leiteira da região. “Foi a melhor coisa que me aconteceu. Com esse recurso, vou comprar uma vaquinha para tirar leite e plantar palma e capim, porque o ‘bicho’ não pode ficar sem comer. Agradeço muito à equipe da Emdagro aqui de Canindé, que fez esse projeto para mim”, celebrou.

 

A agricultora Elenita Teodoro Silva dos Santos também foi beneficiada com projeto de arranjo produtivo, desta vez no valor de oito mil reais, e não escondeu sua satisfação por poder começar a produzir leite. “Tem três anos que espero essa oportunidade, e hoje vim aqui receber do governador esse meu projeto. Pretendo comprar uma vaquinha para tirar leite”, relatou.

 

Porto da Folha
No município de Porto da Folha, o Governo do Estado fez a entrega do escritório da Emdagro a mais de 790 mil agricultores beneficiários. Após a reforma, a unidade passou por melhorias na cobertura e no acesso, construção de banheiro, recuperação do muro externo e pintura geral.

 

Adutora do Leite
Ainda nesta segunda-feira, 4, o governador Fábio Mitidieri assinou a autorização para estudos e elaboração de projetos da Adutora do Leite no município de Poço Redondo, num investimento de R$ oito milhões para impulsionar a produção de leite no alto sertão sergipano. Também no município, o governador assinou o Termo de Cessão de terreno e fez a entrega de 15 títulos de terra para agricultores assentados, promovendo a regularização fundiária na região.

 

“Essas ações reforçam o compromisso do governo estadual com a promoção do desenvolvimento sustentável e a melhoria das condições de vida dos agricultores em Sergipe”, reforçou o diretor de Ações Fundiárias da Emdagro, Marcelo Santos, que na ocasião representou o presidente da empresa, Gilson dos Anjos.

 

Desafios e responsabilidades no descarte de embalagens vazias de agrotóxicos em Sergipe

Em Sergipe, a Emdagro vem mantendo um trabalho permanente de conscientização sobre o uso e descartes de embalxagens.

 


O descarte inadequado de embalagens vazias de agrotóxicos é um tema de grande relevância no cenário agrícola brasileiro, levantando questões sobre legislação, práticas sustentáveis e a responsabilidade dos diversos agentes envolvidos. Enquanto a agricultura desempenha um papel crucial na economia nacional e local, é fundamental abordar as consequências ambientais desse processo e as medidas necessárias para mitigar seus impactos.

A legislação brasileira sobre o descarte de embalagens de agrotóxicos é regida pela Lei nº 7.802/89 e pelo Decreto nº 4.074/02. Essas normativas estabelecem as diretrizes para a fabricação, comercialização, utilização e destinação final de produtos agroquímicos. No entanto, apesar da existência dessas leis, o descarte inadequado ainda persiste, apresentando desafios significativos.

A Lei nº 9.974/00, que institui o Programa Nacional de Tríplice Lavagem, é um marco importante. Ela estabelece diretrizes para a devolução das embalagens vazias pelos agricultores aos estabelecimentos comerciais ou pontos de recebimento credenciados, incentivando a devolução adequada.

A diretora da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), Aparecida Andrade, destaca a importância da integração de esforços para enfrentar os desafios do descarte de embalagens de agrotóxicos. “É fundamental que todos os envolvidos na cadeia produtiva compreendam a relevância da destinação correta dessas embalagens para a preservação do meio ambiente  da saúde humana. A conscientização dos agricultores, aliada ao apoio da indústria, do governo e de entidades ambientais, é essencial para o sucesso das iniciativas de gestão sustentável”, enfatiza Aparecida.

Ainda segundo a diretora, apesar dos esforços realizados, desafios persistem no cenário do descarte de embalagens vazias de agrotóxicos. “O trabalho de conscientização realizado pela Emdagro é contínuo com o Programa Saúde no Campo. Outra coisa, a expansão de pontos de coleta e a busca por alternativas sustentáveis são aspectos que devem ser constantemente aprimorados para garantir um ambiente agrícola saudável e sustentável”, disse.

Agentes envolvidos
Os agentes envolvidos nessa cadeia são, na ponta, os agricultores, que desempenham um papel fundamental no processo de descarte responsável. A tríplice lavagem, procedimento que envolve a limpeza minuciosa das embalagens, é uma prática recomendada para reduzir os riscos ambientais. A conscientização e a adoção de práticas sustentáveis pelos agricultores são passos cruciais nesse processo.

Em seguida tem as empresas fabricantes e comerciantes (revendas) de agrotóxicos. Eles têm a responsabilidade de orientar os agricultores sobre as práticas adequadas de descarte. Tem a obrigação de fazer trabalho educativo para convencer tanto a revenda quanto o produtor rural a devolverem essas embalagens, o que, na prática, se entende por Logística Reversa. Além disso, a criação e manutenção de pontos de coleta certificados são medidas essenciais para garantir a devolução segura das embalagens vazias.Outro elo da cadeia são as autoridades governamentais. Elas desempenham um papel regulador e fiscalizador. A implementação efetiva da legislação e a promoção de campanhas educativas. E, por fim, as organizações não governamentais e entidades ambientais, que têm um papel vital na sensibilização da sociedade e na fiscalização do cumprimento das normativas. O engajamento dessas organizações é essencial para garantir a aplicação eficaz das leis existentes.

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ALERTA FITOSANITÁRIO: Mosca-da-Carambola ameaça a fruticultura Nacional

MAPA declara estado de emergência nos Estados do Pará, Roraima, Amapá e Amazonas

O Ministério da Agricultura e Pecuária declarou estado de Emergência Fitossanitária nos Estados do Pará e Roraima devido à presença alarmante da Mosca-da-Carambola (Bactrocera carambolae) e nos de Amapá e Amazonas por suas proximidades com os dois primeiros. Essa praga, uma das mais destrutivas Moscas das Frutas, coloca em risco mais de 100 espécies de frutíferas, incluindo laranja, tangerina, carambola, manga e caju, danificando seriamente a fruticultura nacional.

Recentes detecções de novos focos no Pará, especialmente em áreas movimentadas, elevam o risco iminente de dispersão para outras regiões do país. Sergipe e os principais polos frutícolas do Brasil estão sob ameaça, exigindo ação urgente para conter a propagação.

A Emdagro, desde 2017, realiza monitoramento rigoroso em Sergipe. Armadilhas estrategicamente instaladas em locais como Platô de Neópolis, Região Citrícola, Postos de Fronteira, Rodoviária, Beneficiadoras de Citros, Aeroporto e Ceasa são inspecionadas quinzenalmente. Esse esforço visa detectar precocemente a praga, assegurando a segurança fitossanitária para os produtores rurais.

As larvas da Mosca-da-Carambola destroem a polpa dos frutos, tornando-os inaptos para consumo. Formam galerias ao se alimentarem, acelerando a maturação e a queda precoce dos frutos. Além do prejuízo econômico, a praga impõe barreiras fitossanitárias em estados e países importadores.

A Diretora de Defesa Animal e Vegetal da EMDAGRO, Aparecida Andrade, enfatizou a urgência das medidas adotadas. “Estamos mobilizando esforços intensivos para conter a disseminação da Mosca-da-Carambola. Nosso monitoramento constante visa garantir a detecção precoce, proporcionando segurança fitossanitária aos nossos produtores. Como também aumentar o rigor das fiscalizações nas fronteiras do Estado. A colaboração de todos é crucial para protegermos nossa fruticultura e evitar danos irreparáveis à economia agrícola do país”.

O controle da praga envolve desafios ambientais, pois a aplicação de defensivos químicos pode ter implicações nocivas. Além disso, medidas como coleta e destruição de frutos hospedeiros e tratamento químico do solo visam conter a propagação, mas apresentam custos sociais, incluindo o risco de desemprego pela retração de cultivos comerciais.

A nação enfrenta uma corrida contra o tempo para conter a Mosca-da-Carambola e proteger a vital indústria frutífera do país.

Última atualização: 13 de dezembro de 2023 09:55.