Técnicos avaliam processo de capacitação do Projeto Águas de Sergipe

Avaliar as ações realizadas pela Emdagro no processo de capacitação em gestão de recursos naturais de agricultores familiares dentro do Projeto Águas de Sergipe, esse foi objetivo do encontro, ocorrido na última terça feira (26), no Real Praia Hotel, na Orla de Atalaia, a qual contou com a participação de 48 técnicos da empresa e 02 da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos de Sergipe (Cohidro).
O presidente da Emdagro, Jefferson Feitoza de Carvalho, fez a abertura do encontro destacando todos os esforços que a empresa empregou para a consecução do que lhe coube dentro do projeto Águas de Sergipe. “Todas as metas foram superadas. Inicialmente, estava prevista a capacitação de 1000 agricultores nas áreas de agroecologia, manejo de água e solo e irrigação, e nós ultrapassamos essa meta”, comemorou ele.
“Várias ações como cursos, oficinas, dia de campo, intercâmbios, campanhas e seminários tiveram suas metas superadas, não só na questão numérica, mas, principalmente, na qualidade dos conhecimentos que foram passados a todos os  agricultores beneficiados pelo projeto. Além disso, nós abrimos espaço não só para agricultores e técnicos da região que se propõe o projeto, mas, também, para outras regiões”, destacou Jefferson em seu pronunciamento.
Durante o encontro, foram avaliados o desempenho das ações quanto a participação de agricultores, assimilação de conteúdo, feedback, comprometimento com os temas propostos e mudança de consciência, assim como, o engajamento dos técnicos envolvidos que, reunidos em grupos, apresentaram propostas sobre agroecologia, manejo de água e solo, irrigação, organização rural e assistência técnica e extensão rural que deverão ser incluídas no planejamento da Emdagro.
Para o coordenador da empresa contratada para o programa de capacitações, Lauro Bassi, o processo de capacitação de técnicos e agricultores familiares superou suas expectativas. “De fato estamos muito satisfeitos, porque superou nossas expectativas. Os técnicos estão muito engajados e a empresa internalizou essa questão da agroecologia, com a preocupação de dar andamento às ações trazidas pelas capacitações aqui em Sergipe de forma a efetivá-las”, comentou ele.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Emdagro promove Festival de Sabores e resgata saberes com agricultores sergipanos

Para resgatar e valorizar a identidade do homem do campo, o Festival de Sabores reuniu os saberes populares presentes em receitas passadas de geração em geração, no campus da Universidade Federal de Sergipe em Itabaiana. Mais de 300 agricultores familiares de seis municípios do semiárido sergipano participaram do evento, que integrou a programação da capacitação em Gestão de Recursos Naturais do Programa Águas de Sergipe, desenvolvido pelo governo do Estado, através da Emdagro.
Durante a abertura, o diretor de Assistência Técnica e Extensão Rural da Emdagro, Esmeraldo Leal, destacou a importância do evento. “Quero valorizar a grandiosidade que foi oferecer, a mais 1.200 agricultores, informações que os capacitaram para uma mudança de postura da prática convencional de plantio para a prática agroecológica, e este Festival de Sabores vem coroar esse momento de troca de experiências, com receitas antigas, como forma de resgatar a cultura dos agricultores através de sua culinária”, disse Esmeraldo para os presentes.
O diretor do Campus da UFS em Itabaiana, Marcelo Alves Mendes, colocou a instituição À disposição da realização de outros eventos como esse. “É muita satisfação participar desse evento com agricultores e instituições que tem compromisso com a formação do nosso povo, com o fortalecimento da sociedade. Quero dizer que a UFS campus Itabaiana estará sempre de portas abertas para iniciativas desse tipo, e 

quero parabenizar à coordenação do evento por criar um debate extremamente importante sobre o manejo, o mau uso e o desperdício da terra, da água, energia e de alimentos”.
Para Fabiana Thomé da Cruz, consultora da empresa Água e Solo, contratada pelo Programa Águas de Sergipe, as boas práticas agropecuárias e de fabricação de alimentos devem ser o foco de todo aquele que busque consumir ou produzir alimentos de maneira mais saudável. “Os cuidados com higiene na preparação e consumo dos alimentos nos levam pensar a qualidade de um jeito mais amplo. Esses produtos têm um potencial muito grande em relação ao marcado consumidor e ao turismo, mas para que cheguem valorizados a esses mercados, precisam ter higiene e qualidade”, disse ela.
Ainda segundo a consultora, por meio da culinária as pessoas conseguem resgatar e valorizar suas identidades. “A gente não está falando somente de comida, mas também de autoestima, de vida, de cuidado consigo mesmo, desse resgate histórico e da questão cultural. Então, se a gente está pensando em desenvolvimento, tem que começar pensando no que tem de melhor em cada território e por meio da culinária – com o perdão do trocadilho – a gente tem um prato cheio e um horizonte de possibilidades”, brincou Fabiana Thomé.
Nas oficinas, foi constatada a necessidade de resgatar esse conhecimento através da valorização da tradição cultural gastronômica de cada local. “Nos demos conta de que há todo um conhecimento envolvido na preparação de alimentos feitos pelas avós, pelas mães. E é um conhecimento que vem se perdendo, uma vez que gerações mais novas por vezes desvalorizam esses produtos e não dão continuidade a essas receitas. Dois exemplos são pratos deliciosos, como o manjogome e a taioba, que tive a oportunidade de experimentar hoje aqui”, apontou Fabiana, surpresa.
Após as breves apresentações no auditório, os participantes do evento se dirigiram para a área externa da Universidade para degustar os pratos feitos a partir das receitas trazidas por alguns dos agricultores. “Esse festival foi muito bom em diversos aspectos, não só as receitas, mas também porque estamos aprendendo a conservar nosso solo para não chegarmos ao ponto de ver nossa terra ficar destruída e sem produzir nada. As meninas da Emdagro nos ensinaram a aproveitar o que a gente planta, a exemplo da folha da batata e da folha da mandioca, que já estávamos perdendo”, disse o agricultor Clóvis Cardoso dos Santos, do povoado Mangabeira (Itabaiana).
Aprendizados para toda a vida
A agricultora Lícia Floresta Oliveira, da Agrovila, localizada no Perímetro Irrigado Jacarecica, também em Itabaiana, disse que aprendeu muito com a perspectiva da agroecologia ao longo da capacitação. “Meus avós, que eram de outra comunidade, sempre plantaram inhame, fava, feijão e batata de forma convencional. Nesse curso vimos uma nova mentalidade quanto à questão do uso do veneno, vimos também novas práticas de cultivo e de manejo voltados para uma agricultura orgânica, agroecológica, com o sistema da integração lavoura e pecuária, isso porque estamos percebendo o esgotamento do solo, o aumento das áreas de diversificação pelo mau uso da terra e também a questão de abrir a mentalidade para as novas tendências e a mudança de comportamento”, frisou a agricultora.
Feliz por participar das capacitações e do festival de sabores, a agricultora Eliene Santana, do povoado Tapera da Serra (Campo do Brito), disse que levará os conhecimentos adquiridos para toda a vida. “O momento agora está sendo proveitoso. Estamos aqui degustando nossos sabores, descobrindo muitas delícias. Tudo o que aprendi vou levar para sempre. Cuidar da natureza, respeitar principalmente a terra e, com isso, fazer um trabalho bem melhor. Esperamos, com esses cursos, aumentar nossa renda através da melhoria da qualidade da produção, ao utilizarmos os mecanismos que a gente aprendeu aqui”, destacou.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Emdagro estende programação sobre a importância dos recursos hídricos

A Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), em parceria com a prefeitura de Lagarto, segue realizando uma programação de atividades em alusão ao Dia Mundial da Água, comemorado no último dia 22 de março. Segundo José de Almeida Cansanção, técnico do Escritório Local da Emdagro de Lagarto, “a empresa optou por estender a programação até o mês de abril, considerando a importância de debater o assunto com a sociedade”.
Nesta quarta, 27, acontece uma palestra para estudantes e professores na escola Manuel de Paula, na sede do município. Já na sexta-feira, dia 29, a palestra será para agricultores da Associação da Comunidade Gameleiro. No dia 03 de abril, uma nova palestra para estudantes e professores será realizada na escola Frei Cristóvão, também na sede de Lagarto.
No dia 05, será a vez dos agricultores da Associação da Comunidade Aracá; além dos estudantes e professores das escolas Antônio Xisto, na comunidade Olhos d’Água; e Maria Cândido, no povoado Jenipapo. No dia 09 de abril, a palestra será para estudantes e professores da escola José Antônio dos Santos, na sede do Município; e no dia 12 de abril, a programação se encerra com um bate papo com agricultores da Associação da comunidade Caraíbas, e alunos e professores da escola Antônio Francisco de Jesus, na comunidade Crioulo.
No último dia 21, a Emdagro realizou, também em parceira com a Prefeitura Municipal de Lagarto, uma caminhada alertando sobre a importância de se preservar a água. O ato envolveu 800 alunos e professores de 16 escolas municipais que percorreram ruas e avenidas da cidade. Já no dia 22, Dia Mundial da Água, técnicos da Emdagro estiveram na sede da Associação de Produtores da Comunidade Pururuca, palestrando sobre a Importância dos Recursos Hídricos.

Emdagro realiza palestra sobre produção orgânica em Estância

Despertar a consciência de um plantio mais saudável, através da adoção de práticas orgânicas, esse foi propósito da palestra sobre Tecnologias Agroecológicas, realizada no último dia 22 de março, no Povoado Colônia São José, município de Estância, que teve como facilitador o Engenheiro Agrônomo da Emdagro Renato Correia Figueiredo.
Ao todo, 50 agricultores familiares receberam formações importantes a cerca do uso da farinha de rocha como fontes de minerais na ração dos animais de criação, a exemplo das aves e suínos; elaboração de diferentes tipos de biofertilizantes e formas de aplicação aos cultivos agrícolas; abordagem sobre a relação das doenças e pragas das plantas devido ao uso de agroquímicos e ouso da farinha de rocha a partir da pedra cuma, uma rocha encontra na região, e seus benefícios aos cultivos agrícolas.
Segundo o Engenheiro Agrônomo da Emdagro, Renato Correia Figueiredo, a palestra surgiu de uma demanda levantada pelos próprios agricultores que, ao procurarem o escritório da empresa em Estância, manifestaram interesse em socializar os conhecimentos técnicos a todos no povoado. “A liderança do Povoado Colônia S. José esteve no escritório da Emdagro em Estância em busca de informações sobre titulação de terras, mas chegando lá conheceu sobre a produção agroecológica, com a utilização da farinha de rocha. Interessada, propôs aos técnicos que fosse realizada uma palestra aos demais agricultores da região”, disse ele.

Agricultores familiares participam de dia de campo sobre produção orgânica

“Hoje é um dia com uma perspectiva melhor para a lavoura, porque a gente aprendeu mais, com maior possibilidade de recursos para melhorar a nossa agricultura, por isso, pretendo mudar e fazer a transição do meu plantio convencional para o agroecológico, porque é proveitoso, gratificante e lucrativo”, essa foi a tomada de consciência do agricultor familiar José Barreto, do Povoado Capunga, Município de Moita Bonita ao participar do Dia de Campo sobre agroecologia, manejo de água e solo e irrigação, ocorrido na manhã dos dias 18 e 19, no Centro de Difusão Tecnológicas da Emdagro, município de Itabaiana.
As práticas a presentadas fizeram parte da última etapa da capacitação de agricultores familiares beneficiados pelo Programa Águas de Sergipe, desenvolvido pelo Governo do Estado, através da Emdagro, por meio da empresa contratada Água e Solo, que capacitou nos seis mês de programa 1200 agricultores familiares dos municípios de Moita Bonita, Itabaiana, Campo do Brito, Areia Branca, Malhador e Ribeirópolis. “Os agricultores foram capacitados em suas localidades e, hoje, cominou com o dia de campo, onde foi possível apresentar tecnologias que despertassem nos agricultores o desejo de mudança na forma de plantio do convencional para o agroecológico”, destacou o Chefe do Escritório Local da Emdagro, Waltenis Braga.
Segundo ele, trabalhar com agroecologia não é fácil, pois requer uma mudança de comportamento do próprio, em que ele deve rever alguns conceitos como sua forma de trabalhar, de pensar a natureza, de respeitar o consumidor e o meio ambiente. “A gente sabe que essa preparação é de médio e longo prazo, não é de imediato, mas a gente acredita que a população está demandando consumir um produto de qualidade e os espaços estão aparecendo para que o produtor possa produzir um produto mais saudável e menos prejudicial ao meio ambiente e à sua própria saúde”, disse Waltenis.
“O produtor sai daqui com a certeza de que é possível explorar a terra sem usar venenos, sem usar adubos químicos. Então esse dia de campo é uma grande vitrine onde não só para o produtor, mas também estudantes e técnicos, pois é um grande intercâmbio de conhecimentos e troca de saberes para a consolidação da agricultura agroecológica no Estado de Sergipe”, frisou o técnico.
Para o coordenador das capacitações, Lauro Bassi, da empresa contratada Água e Solo, a mudança no ser humano é extremamente difícil de conseguir. “Por isso que a gente precisa mostrar caminhos diferentes para o agricultor e ver aquele que menos degrade os recursos naturais, pois a consciência muda com a capacitação, com o aprendizado, mas ela muda de fato quando os agricultores começam a experimentar uma nova realidade.
A agricultora Cleíldes Nunes de Souza, de Moita Bonita, não escondeu sua satisfação em ter participado de todo o processo de capacitação da Emdagro. “Pude tirar minhas dúvidas de como plantar, como conservar a plantação, como economizar mais a água, o manejo do solo que é bem diferente de como eu costumo plantar. Gostei muito de tudo o que vi aqui e sei que a transição (do convencional para o agroecológico) dá um pouco de trabalho, mas também recompensa”, avaliou ela.
Metodologias
Segundo o coordenador Lauro Bassi o projeto de capacitação ocorreu de várias metodologias diferentes. “A primeira etapa que envolveu um número maior de agricultores foram os cursos teóricos e práticos, além de oficinas que realizamos nas comunidades. No ano passado, nos meses de outubro e novembro, aconteceram dois dias de campo e agora a gente está fechando com mais dois Além disso, foram realizados 5 campanhas de coletas de lixo e 5 campanhas de plantio de árvores em diferentes comunidades, o que envolveu estudantes e adultos. Tivemos também intercâmbios, onde levamos grupos de agricultores em propriedades que se destacaram dentro dos temas tratados, quais sejam, a conservação da água e do solo, agroecologia e irrigação.
Para o coordenador, a avaliação que faz de todo o processo de capacitação é positiva. “Faço é uma avaliação altamente positiva do ponto de vista da participação dos agricultores, porque conseguimos gerar neles o interesse, que até então não tinham, de fazer a transição do plantio convencional para o agroecológico. Do ponto de vista dos técnicos da Emdagro, com essa nova consciência por parte dos agricultores, conseguimos gerar demandas que podem servir como insumos para a Emdagro ter depois um grupo mais preparado para continuar com a assistência técnica, especialmente, junto àqueles agricultores que demonstraram interesse em mudar suas propriedades para fazer uma agricultura mais conservacionista e menos prejudicial à saúde e meio ambiente”.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Festival de sabores quer reunir novecentas receitas antigas

Receitas caseiras do tempinho da vovó, essa é a proposta que o Festival de Sabores do Programa Águas de Sergipe pretende resgatar, no próximo dia 21 de maço, em Itabaiana/SE.

O encontro, que faz parte da programação do Águas de Sergipe – Capacitação em Gestão de Recursos Naturais, coordenado pela Emdagro, acontecerá em espaço cedido pela Universidade Federal de Sergipe, Campus Itabaiana, tem como finalidade reunir aproximadamente 300 agricultores assistidos pelo Programa e mais de 900 receitas antigas.

“Essa será a maior troca de experiências entre agricultores assistidos pelo Programa Águas de Sergipe, onde eles poderão interagir com os demais suas vivências, receitas e formas de preparo que vem sendo passadas de geração em geração”, destacou Eugênia Maria Ramos, Assessora Técnica da Emdagro.

Emdagro capacita técnicos em gestão dos recursos naturais e certificação agroecológica

Manejo de irrigação, conservação de solo e água, e agroecologia com ênfase em certificação orgânica foram alguns dos temas abordados no curso em Gestão de Recursos Naturais iniciado na última segunda-feira, 11, pela Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe. Voltado para a capacitação de 28 técnicos da Emdagro e 12 convidados, sendo 10 da Cohidro e dois da prefeitura de Itabaiana, o curso está sendo realizado no município de Itabaiana, dentro do processo de capacitação permanente previsto pelo Programa Águas de Sergipe, fruto de um contrato de financiamento entre o governo de Sergipe e o Banco Mundial.
Dando as boas vindas aos participantes na abertura do curso, o presidente da Emdagro, Jefferson Feitoza, falou sobre a importância da produção sustentável e do consumo de produtos saudáveis. “Esta é uma grande oportunidade de atualizar conhecimentos sobre temas tão importantes quanto urgentes. A sociedade cada vez mais demanda alimentos produzidos de forma sustentável. Capacitar técnicos e agricultores familiares trará não só melhorias para o manejo do solo e dos recursos naturais, mas também o aprimoramento das técnicas de cultivo em sistemas de base agroecológica, a organização do público em relação ao comércio de produtos locais e o incremento da renda dessas famílias”, pontuou Jefferson.
Consultor da Empresa Água e Solo, Lauro Bassi foi um dos coordenadores da capacitação. De acordo com ele, o Programa Águas de Sergipe terá capacitado mais de 1.000 agricultores familiares em gestão de recursos naturais até o final de abril e, ao longo dessa semana, está capacitando 40 técnicos. “Esses sistemas de manejo de irrigação, conservação de solo e água e agroecologia já foram tratados com os agricultores, e agora estão sendo tratados de uma forma diferenciada com os técnicos. Nesse caso, a gente põe em foco a estratégia de como fazer todas essas tecnologias chegarem ao agricultor através da extensão rural”, explicou.
Ainda segundo o consultor, a capacitação dos técnicos traz a proposta de um sistema participativo de garantia, que irá assegurar que determinado produto, processo ou serviço obedeça às normas e práticas da produção orgânica. “Esse sistema é o que funciona em outros estados por causa do baixo custo, já que as certificadoras são muito caras; e é o que estamos propondo aqui. Iremos apresentar toda a metodologia de como implantar um sistema participativo de garantia para a certificação agroecológica, através do qual é possível ter a certeza de que aquele produto está dentro dos padrões exigidos pelos órgãos certificadores nacionais e internacionais”, destacou Lauro.
Para o técnico agrícola da Cohidro, Marcos Emílio de Almeida, que participa da capacitação, o curso tem a função de atualizar as formas de auxílio aos pequenos produtores, na ponta. “Um curso desses é de suma importância porque a gente trabalha no campo com vários produtores, inclusive produtores orgânicos, e temos que nos atualizar para passar esses conhecimentos para eles da melhor forma, a fim de agregar melhorias à produção e à vida desses produtores e suas famílias”, afirmou.
O chefe do escritório local da Emdagro de Itabaiana, técnico agrícola Waltenis Braga, também ressaltou a relevância dos processos de capacitação. “Muito importante poder passar por essa capacitação, porque é através de cursos como esse que ampliamos nossos conhecimentos, adquirindo outro olhar sobre a forma de fazer nosso trabalho, e levando uma Ater [assistência técnica e extensão rural] de qualidadepara os nossos agricultores assistidos. Estou muito entusiasmado com a possibilidade de auxiliar na certificação dos produtos dos agricultores que adotaram a agroecologia como meio de produção”, concluiu Waltenis.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Variedades de palmas trazem resistência à praga e dá segurança a agricultores do sertão

“Todas as parcerias que vierem não deixarei passar nenhuma, porque não é só conhecimento para mim, mas para todo mundo”, foi assim que o agricultor José Rivaldo dos Santos, do Assentamento Nova Canaã, em Canindé do São Francisco, manifestou sua satisfação com a parceria que mantém com a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) para o desenvolvimento, em sua propriedade localizada no localizado no Perímetro Irrigado Jacaré/Curituba, de uma Unidade Demonstrativa de Palma Forrageira Resistente à Cochinilha do Carmim.
O agricultor, que é um dos beneficiários do Programa Dom Hélder Câmara, reconhece a importância da variedade da Palma Orelha de Elefante Mexicano que plantou em sua Unidade Demonstrativa. “Essa palma é muito boa. Ela veio de outro estado para ver se era resistente aqui e acho que ela está se saindo muito bem. Para se ter uma idéia, nossa região teve uma ‘chuvazinha’ no mês de dezembro do ano passado e, de lá para cá, essa variedade não viu mais água em sua raiz desde esse dia, ou seja, já se vão mais de 60 dias sem água e ela (a palma) está desse jeito que você está vendo”, observou José Rivaldo, acrescentando que realmente a variedade é resistente à Cochonilha do Carmim.

Todas as qualidades relatadas pelo agricultor José Rivaldo foram verificadas quando da realização da parte prática do Seminário sobre Palma Forrageira, que acontece nos 26 e 27 deste mês, em Canindé do São Francisco e Nossa Senhora da Glória. O evento contou com a visita técnica do Pesquisador do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA/PE), Djalma Cordeiro, às propriedades dos agricultores José Rivaldo dos Santos, Jonas Barros e Júlio César, no Perímetro Irrigado Jacaré-Curituba, em Canindé do São Francisco, onde lá foram plantadas diferentes variedades de palma, a Miúda e a Orelha de Elefante Mexicano, ambas resistentes à praga Cochonilha do Carmim.
“Estamos discutindo juntamente com os produtores e os técnicos sobre as variedades, o meio ambiente, a adubação e o manejo da palma, bem como saber o que eles estão achando sobre essas variedades plantadas aqui, que são a Orelha de Elefante Mexicano e a Miúda”, disse Djalma Cordeiro, Pesquisador do IPA.
Segundo ele, o processo tem que ser analisado com um todo diante das particularidades de cada região. “Em que pese ser também sertão tanto em Pernambuco quanto em Sergipe, existem condições diferentes em cada região. Por isso, a coisa tem que analisada como um todo, levando-se em consideração a questão de fisiologia, adubação, manejo e as condições climáticas daqui do alto sertão sergipano”, justificou o pesquisador.
Já na tarde de ontem (26), o pesquisador participou de uma mesa redonda com professores e alunos dos cursos de zootecnia e agroindústria da UFS/Sertão, onde foram abordados assuntos relacionados com as variedades pesquisadas pelo IPA, as alternativas de palmas resistentes à cochonilha do carmim e as possibilidades de parcerias em pesquisas em nível de propriedade com a Emdagro/IPA/UFS.
Os trabalhos foram abertos pelo Chefe do Escritório Regional da Emdagro em Nossa Senhora Glória, Ary Osvaldo Bomfim, na presença da Coordenadora de Agricultora da Emdagro, Izildinha Dantas, de técnicos da empresa de vários municípios, produtores e Secretários Municipais de Agricultura, tanto do Estado de Sergipe quanto da Bahia.

Mas as discussões não param por aí, ao longo do dia hoje (27), no auditório do Campus da UFS, em Nossa Senhora da Glória, acontece a palestra sobre a importância da diversificação das variedades de palma para o enfrentamento das pragas Escama e Cochinilha do Carmim.
“A parceria teve início após a incidência de uma praga que tivemos aqui, a Cochonilha do Carmim, que devastou o palmal do seu José Rivaldo. Daí, nós trouxemos a variedade da palma Orelha de Elefante Mexicano do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) para fazermos esse experimento e verificarmos sua adaptação ao nosso clima semiárido do sertão sergipano e a sua resistência à essa praga”, disse o Chefe do Escritório Regional da Emdagro, Ary Bomfim.
Para o Diretor de Assistência Técnica e Extensão Rural da Emdagro, Esmeraldo Leal, o seminário apresenta novas tecnologias aos agricultores voltadas para a cultura da palma. “Esse evento reforça cada vez mais o papel da Emdagro como uma empresa de assistência técnica, extensão rural e de pesquisa, pois, trouxe um pesquisador que é referência no Brasil para o sertão sergipano, que é um pólo de produção leiteiro, para falar de uma cultura que é extremamente importante para o semiárido. A Emdagro acerta mais uma vez ao dialogar com os produtores, porque não é um evento destinado apenas para técnicos, pois eles estão tendo acesso às novas tecnologias da cultura da palma, não de forma solta, mas de forma integrada a um pólo de desenvolvimento como é o caso da bacia leiteira”.

Pensando em todas as ações voltadas para a produção de palma resistente em Sergipe, o Presidente da Emdagro, Jefferson Feitoza de Carvalho, que esteve em Pernambuco na última semana, disse que o Governo do Estado de Sergipe e o Instituto Agronômico de Pernambuco firmaram parceria para a transferência de tecnologias, com o intuito de produzir na palma forrageira in vitro. “Essa parceria busca soluções para o semiárido sergipano através da viabilização das tecnologias utilizadas no IPA em nossa Bofábrica, em Sergipe, para que possamos produzir nossas próprias mudas de palma”, disse ele.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Parceria SE/PE prevê transferência de tecnologias para a produção de palma forrageira

Uma das principais fontes de alimentação do gado no semiárido, sobretudo, em razão dos longos períodos de estiagem que caracterizam a região, a palma forrageira tem sido uma reserva estratégica para o homem do campo na manutenção de seu rebanho. Pensando nisso, o governo do Estado articula, por meio da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) junto ao Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), a transferência de tecnologias para a produção de mudas de palma resistentes a pragas, para produção na Biofábrica, em Sergipe.
Para dar andamento às tratativas visando à formatação da parceria, o presidente da Emdagro, Jefferson Feitoza, visitou a Estação Experimental de Itapirema, do IPA/PE, onde foi possível conhecer todas as etapas de produção de palma na Biofábrica pernambucana. “Através desse intercâmbio, pudemos conhecer e trocar experiências, com o único objetivo de buscar soluções para o semiárido sergipano através da viabilização das tecnologias utilizadas no IPA em nossa bBofábrica, para que possamos produzir nossas próprias mudas de palma”, explicou Jefferson.
Durante a visita ao Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), estiveram presentes o diretor de Pesquisa, Gabriel Maciel; e os engenheiros agrônomos e pesquisadores, Manoel Américo de Carvalho, chefe da Estação Experimental; e Manoel Urbano Ferreira, responsável pela Biofábrica de plantas. Ainda sobre o mesmo tema, a Emdagro realiza em Nossa Senhora da Glória, nesta terça e quarta-feira, 26 e 27 de fevereiro, seminário sobre Palma Forrageira e suas variedades resistentes à Cochonilha do Carmim – praga que pode comprometer a produtividade ou até dizimar milhares de hectares de palmais.
Introduzida no semiárido nordestino no final do século XIX, com o intuito da produção de corante carmim, a palma forrageira foi explorada por pouco tempo com essa finalidade. Após a grande seca ocorrida em 1932, a palma foi descoberta como uma excelente alternativa forrageira. Neste período, o governo Federal implantou o primeiro programa com a espécie, favorecendo a sua disseminação. A partir da década de 50, estudos mais aprofundados se debruçaram sobre a espécie, visando o melhor aproveitamento. Entre 1979 e 1983, durante uma estiagem prolongada, a palma ganhou de vez espaço no semiárido. Estima-se que, hoje, haja cerca de 500 mil hectares de palma forrageira no Nordeste brasileiro. (Fonte: grupocultivar.com.br)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Emdagro realiza seminário sobre a importância da palma forrageira para o semiárido

Para debater a importância da palma forrageira para o Semiárido, nesta terça e quarta-feira, 26 e 27 de fevereiro, a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe – Emdagro realiza seminário, em Nossa Senhora da Glória. No evento, serão discutidas as diversas variedades de palma forrageira resistente à Cochonilha do Carmim – praga que pode comprometer a produtividade ou até dizimar milhares de hectares de palmais.
A programação contará com a presença do palestrante Djalma Cordeiro, pesquisador do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), que já no dia 26 fará uma visita às duas Unidades Demonstrativas de Palma Forrageira Orelha de Elefante Mexicano dos produtores José Rivaldo e Júlio [este produtor de Palma Miúda] – ambas localizadas no perímetro irrigado Jacaré/Curituba, Assentamento Nova Canadá, no município de Canindé de São Francisco.
Na tarde do dia 26, será realizada uma Mesa Redonda com a participação de técnicos da Emdagro, da Universidade e do Instituto Federal de Sergipe (UFS e IFS), do pesquisador e de agricultores assistidos. No dia 27, no auditório do Campus da UFS, em Nossa Senhora da Glória, acontece a palestra sobre a importância da diversificação das variedades de palma para o enfrentamento das pragas Escama e Cochinilha do Carmim.

Última atualização: 28 de fevereiro de 2019 10:55.