Produtores de plantas ornamentais são orientados sobre problemas fitossanitários e nutricionais dos vegetais

O trabalho faz parte da assistência técnica do Governo do Estado ao cultivo de plantas ornamentais em Boquim, onde os produtores contabilizam uma produção superior a 50 mil mudas por ano.

Produtores de plantas ornamentais de Boquim, na região sul de Sergipe, receberam técnicos e

pesquisadores da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), na terça-feira, 4, em continuidade ao trabalho de assistência técnica iniciado no município e coordenado pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri). A ação, realizada na comunidade Três irmãos, reuniu 17 produtores locais que puderam falar sobre as principais doenças e pragas que têm afetado suas plantações. Amostras das plantas foram coletadas e encaminhadas para análise técnica laboratorial, a fim de diagnosticar a causa dos problemas que vêm ocorrendo especialmente com as mudas de mini ixória, dracena e palmeira ornamental. 

De acordo com o pesquisador da Emdagro, Marcelo Mendonça, o objetivo da atividade foi orientar os

produtores sobre potenciais problemas fitossanitários e nutricionais que estão ocorrendo nas mudas de plantas ornamentais e que vem causando transtornos para sua produção e comercialização. “A Emdagro está realizando esse diagnóstico, a fim de conhecer a realidade dos produtores de plantas ornamentais e gramíneas. Vamos continuar investindo e apoiando esses produtores que vivem de forma direta ou indireta da produção e comercialização desses itens, onde a maioria deles contabiliza uma produção superior a 50 mil mudas/ano”, destacou Marcelo, que coordena a pesquisa com o apoio da também pesquisadora Luzia Tabosa. 

O chefe do escritório da Emdagro, em Boquim, Jeotônio Ferreira Neves, observou que a atividade com plantas ornamentais já existe no município há uns 20 anos. “São cerca de 100 famílias que produzem nas comunidades de Olhos D’Água, Miguel dos Anjos, Punga e Três Irmãos. Além desse trabalho de assistência técnica, fizemos a distribuição de três toneladas de um substrato novo, rico em fósforo e material orgânico, fornecido pela Ambev, para teste em três propriedades do município, a fim de verificar a sua viabilidade e futuramente difundirmos em larga escala, para outros produtores da região”, divulgou.

Cacau e palma forrageira

Ainda em Boquim, a equipe da Emdagro visitou a Fazenda Bonfim, de propriedade  do produtor agrícola Antônio Pereira Nascimento, onde será implantada uma unidade demonstrativa de cacau e de palma forrageira. “Já delimitamos a área e orientamos sobre a preparação do solo para receber uma cultivar de palma Mexicana, espécie bem tolerante à seca, resistente à umidade e com alto teor de proteína, para alimentação dos animais”, destacou o técnico agrícola Luiz Menezes dos Santos, observando que a propriedade também será a primeira no município a plantar cacau, como forma de diversificar a atividade frutícola na região. 

Para o diretor de Assistência Técnica e Extensão Rural da Emdagro, Jean Carlos Nascimento, é preciso termos esse olhar atento e acompanharmos de perto o que tem ocorrido com os produtores, a fim de corrigirmos o que for preciso. “Nesse trabalho realizado em Boquim, com os produtores de plantas ornamentais observamos uma troca de experiência entre eles e nossa equipe técnica. São cerca de 100 produtores que viabilizam a geração de 400 empregos diretos na região e a partir desse diagnóstico pudemos conhecer melhor suas necessidades, atuando com orientações mais precisas e qualificadas”, afirmou. “Também com a implantação dessa unidade demonstrativa da palma Mexicana e do plantio de cacau, que terá todo o acompanhamento de técnicos da Emdagro”, pontuou Jean Carlos.

Produtores de plantas ornamentais recebem apoio e assistência técnica da Emdagro

Após a realização de um diagnóstico socioeconômico, o Governo do Estado inicia trabalho de fomento e assistência aos produtores

O município de Boquim, localizado na região sul de Sergipe, começa a despontar no mercado como

produtor de plantas ornamentais. Palmeiras, ixoras, ixoras minis, além da grama esmeralda, são as principais culturas produzidas na região. Após a realização de um diagnóstico, para traçar o perfil socioeconômico dos produtores, a Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), por meio da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), iniciou, no último dia 27, um trabalho de assistência técnica e extensão rural com cem produtores de plantas ornamentais.

A ação consiste na disponibilização de substratos a duas propriedades. O grupo, formado na sua maioria por pequenos agricultores, com propriedades de aproximadamente um hectare de área plantada, tem desenvolvido as espécies cuja produção, além de abastecer o mercado interno sergipano, também é vendida para os estados da Bahia, Alagoas, Pernambuco e Minas Gerais.

De acordo com a pesquisa realizada pela diretoria de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) da

Emdagro, com o apoio do escritório local e regional de Boquim, foi observado que mais de 50% dos produtores são naturais do município. Entre os entrevistados, 85 produzem plantas ornamentais e 16 produzem grama, sendo que a maioria deles realiza a venda para outros estados. Em Sergipe, além da capital, Aracaju, os municípios de Lagarto, Itabaiana e Estância se destacam por serem os principais municípios importadores.

O diagnóstico também apontou como principais dificuldades dos produtores da região, o alto custo d

o substrato, escassez de mão de obra e a falta de água. Quando questionados, 97% dos produtores afirmaram durante a pesquisa que desejam receber assistência técnica da Emdagro para continuarem comercializando as Ixoras, crótons, Ixoras mini, palmeiras, dracenas e clúsias.  O agricultor José Sivaldo dos Santos, da comunidade Olhos d’Água, em Boquim, diz que iniciou com o cultivo de plantas ornamentais há sete anos, sem nenhuma experiência, quando um colega o orientou a trabalhar com o cultivo.

O agricultor se diz muito feliz com a notícia do início da assistência técnica por parte da Emdagro. “Eu tive uma perda muito grande ano passado por conta de uma praga e me questionava o fato de não termos assistência técnica. Agora, com o início desse trabalho por parte da Emdagro, vejo um futuro excelente, porque vamos trabalhar com mais gosto, disposição e profissionalismo, já que vamos ter uma orientação sobre aquilo que vínhamos fazendo às cegas, sem nenhuma orientação. A partir de agora, a gente pode avançar muito mais”, comemorou.

Doginaldo Gomes de Lima, produtor da comunidade Três Irmãos, cultiva plantas ornamentais em sua propriedade de aproximadamente duas tarefas e meia. “Trabalho com plantas há mais de 30 anos. Aqui eu produzo mais 60 variedades de plantas que comercializo nos municípios de Serrinha, Feira de Santana, Salvador, Jacobina e Alagoinhas, na Bahia, e até para Recife, em Pernambuco”, observou, ao demonstrar estar muito satisfeito com a proposta de assistência técnica da Emdagro. “Muito importante a gente receber os conhecimentos dos técnicos da empresa, porque vai nos ajudar muito a produzir melhor, com mais técnica”, reforçou.

Assistência técnica

O técnico agropecuário da Emdagro em Boquim, Luiz Menezes, explicou que após feito o diagnóstico, onde foi traçado um perfil socioeconômico de 100 produtores de plantas ornamentais, foi feita a distribuição do substrato para três deles. “Inicialmente eles vão fazer alguns testes com os substratos nas plantas e, uma vez dando certo, a Emdagro tem um plano de firmar uma parceria com a Ambev para fornecer mensalmente esse material a esses agricultores”, frisou. Menezes acrescentou que, uma vez os agricultores vindo a constituir uma organização de produtores, eles terão a possibilidade de adquirir esse material diretamente do fornecedor, sem a interferência do governo, ganhando, assim, maior autonomia. 

Segundo o diretor de Assistência Técnica e Extensão Rural da Emdagro, Jean Carlos Nascimento, atualmente as culturas vêm se desenvolvendo com base na troca de experiências entre os agricultores produtores.  “Com o início da assistência técnica por parte da Emdagro, as orientações passarão a ser precisas e qualificadas, buscando aperfeiçoar, ainda mais, todo o trabalho empregado pelos beneficiados, seja no manejo da cultura, no combate a pragas e doenças, no aumento da produção e também na comercialização”, reforçou.

 


 
 

Governo de Sergipe prepara área irrigada para produção de novas variedades de laranja

No Centro de Fruticultura Tropical da Emdagro, em Boquim, cerca de 550 mudas de quatros variedades diferentes serão plantadas em uma área de 1,5 hectare irrigado, para multiplicação das mudas que serão distribuídas para produtores sergipanos


Importante segmento para a economia do estado, o setor citrícola sergipano recebe incentivo do Governo de Sergipe para produção de novas variedades de mudas de laranja. O objetivo é a renovação e diversificação dos pomares. A iniciativa é realizada pela Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca, por meio da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), que também intensificou a fiscalização sobre o transporte e comércio de mudas clandestinas nas fronteiras.

Para o Governo do Estado, o setor citrícola é importante para o desenvolvimento de Sergipe, com a geração de milhares de empregos e produção de uma grande variedade de frutas cítricas, como laranja, limão, abacaxi, maracujá e acerola, que fortalecem a economia local. São 14 municípios produtores nas regiões sul e centro-sul do estado. Uma comprovação da importância deste setor produtivo é o resultado positivo na balança comercial, com 81% da pauta de exportações do estado originada da citricultura. Os dados de exportação foram divulgados pelo Centro Internacional de Negócios (CIN/SE), da Federação das Indústrias do Estado de Sergipe (Fies).

Novas variedades


Segundo a Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), para continuar garantindo a quantidade e qualidade dos pomares cítricos, o governo está produzindo mudas de quatro novas variedades de laranja com alta qualidade produtiva a partir de porta-enxertos fornecidos pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em cooperação técnica com a Emdagro.

De acordo com Gilson do Anjos, presidente da Emdagro, a Embrapa forneceu 600 borbulhas de quatro novas variedades de porta-enxertos – como as Sunki Tropical, Riverside, Índio e San Diego –, que garantirão a produção de mudas de alta qualidade genética. “As mudas serão multiplicadas no Centro de Fruticultura Tropical da Emdagro, em Boquim, onde cerca de 550 mudas serão plantadas em uma área de 1,5 hectare, por meio de sistema de produção irrigada de mudas. Nesta área serão produzidas cerca de um milhão de mudas de citros por ano para distribuição com os produtores sergipanos”, destaca Gilson.

De acordo com o engenheiro agrônomo da Emdagro e, também, coordenador de Agricultura e Desenvolvimento Sustentável, Eduardo Cabral, com essa ação, os pequenos produtores terão a chance de diversificar sua produção, já que atualmente usam o limão cravo como porta-enxertos. Segundo ele, a razão para o uso exclusivo deste enxerto é o alto custo das sementes. “Um litro de sementes da variedade de porta-enxertos Riversaide, por exemplo, chegou a ser comercializada por R$ 1.000,00”, explica Cabral. Porém, usar base única de porta-enxertos traz riscos à produção. Ainda segundo o agrônomo, laranjais com porta-enxertos de limão cravo são altamente susceptíveis à doença ‘morte súbita’, que se alastra pela produção, dizimando-a.


Outra ação do Governo de Sergipe que se intensificou foi a fiscalização sobre o transporte e comércio de mudas clandestinas, que podem estar contaminadas com pragas e doenças. Dessa forma, deve-se coibir a prática ilegal de entrada de plantas sem certificação fitossanitária.

De acordo com o secretário da Agricultura, Zeca da Silva, as duas ações estruturantes feitas pelo Governo de Sergipe continuarão garantindo a quantidade e qualidade dos nossos pomares cítricos. Em agosto de 2023, as mudas estarão prontas para o plantio e essa ação reforça o protagonismo que a citricultura, em especial a laranja, tem em Sergipe. “Somos o menor estado da federação, mas ainda ocupamos uma posição importante como 5º lugar na produção nacional de laranja, e o 2º no Nordeste. Temos ainda o suco de laranja não fermentado como um dos principais produtos exportados e de equilíbrio da balança comercial sergipana”, completa Zeca.

Emdagro participa de fórum que reuniu agências de defesa agropecuária de todo o Brasil

Fonesa e Senagri ocorreram na capital mineira de Belo Horizonte


A Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) participou, no período de 13 a 15 de junho, na capital mineira de Belo Horizonte, da reunião do Fórum Nacional dos Executores de Defesa Agropecuária – FONESA e do Seminário Nacional sobre os Insumos Agrícolas – SENAGRI. Na ocasião, a Diretora de Defesa Animal e Vegetal, Aparecida Andrade, representou a empresa que discutiu sobre os principais temas voltados para a defesa agropecuária nos estados, a exemplo da Influenza aviária, que foi o tema mais debatido no encontro.

“O Fonesa é um fórum necessário para discutir e harmonizar estratégias que constituem a base para as políticas públicas de Defesa Agropecuária”, comentou a diretora. Segundo ela, a influenza Aviária foi uma das principais pautas. “Lá foi discutido a importância da regionalização do país com relação a ocorrência de focos de influenza aviária, a fim de tentar minimizar possíveis impacto as exportações, discutiu também o uso de tecnologias como drones e helicópteros para otimizar o enfrentamento da doença”, disse.

Outro tema importante, de acordo com Aparecida, foi o processo de retirada da vacinação nos Estados. “Nessa questão, o Ministério da Agricultura (Mapa) será acionado para definir estratégias e orientação para os Estados”.

SENAGRI
No Seminário Nacional sobre Insumos Agrícolas (SENAGRI), aconteceu um amplo debate entre os representantes dos órgãos de Defesa Agropecuária a fim de viabilizar a elaboração e cumprimento de normas legais em todo território nacional, de forma harmonizada, levando em consideração as realidades regionais. “Com isso a Emdagro implantará em Sergipe uma série de melhorias para atender melhor o produtor rural e garantir segurança alimentar para população”, completou a Aparecida.

Seagri, Emdagro e ITPS se unem para levar serviço de análise de solo ao ‘Sergipe é aqui’ em Dores.

Para os agricultores e produtores rurais, a novidade da 6ª edição do ‘Sergipe é aqui’ realizada nesta sexta, 16, em Nossa Senhora das Dores, foi o serviço de análise de solo viabilizado pela parceria entre Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) e Instituto Tecnológico e de Pesquisas do Estado de Sergipe (ITPS). O objetivo foi coletar amostras para análise e, com o resultado, recomendações serão feitas para os agricultores melhorarem suas plantações. Além desta novidade, a Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) se fez presente juntamente com suas vinculadas, para levar outras ações e serviços.

Durante toda a semana, uma equipe técnica da Emdagro visitou 30 propriedades de pequenos agricultores familiares no município, coletando amostras de solo, a fim de encaminhar para análise no ITPS, órgão delegado do Inmetro em Sergipe. “Essas amostras agora seguem para o ITPS analisar em seus laboratórios e definir as recomendações técnicas que devem ser adotadas pelos agricultores, a fim de melhorar o solo e, consequentemente, o plantio em suas lavouras”, explicou o diretor-presidente da Emdagro, Gilson dos Anjos. “A partir dessa análise é possível definir o que falta de nutrientes no solo e qual tipo de adubo e calcário a terra está precisando”, reforçou. 

O agricultor Gildo Meneses, de 40 anos, ficou satisfeito em receber a equipe da Emdagro em seu sítio, no povoado Acensso, onde planta mandioca, milho e feijão. “Foi muito bom ter essa oportunidade, de analisar o solo de minha terra e saber como cuidar melhor dele”, disse. 

Para o agricultor Fábio Santana, que há dez anos planta milho e cria gado no povoado Itaperoá, foi importante participar desse projeto. “Com o resultado dessa análise saberemos usar melhor os recursos que temos para tratar da terra, usando o adubo correto e, assim, garantindo uma melhor colheita no final”, atestou. 

De acordo com o técnico agrícola da Emdagro, Gilberto Santana, a coleta de amostras de solo atende a uma série de critérios previamente estabelecidos. “A maioria dos agricultores visitados não vislumbra a importância dessa atividade, então fazemos também um trabalho educativo, demonstrando a importância de conhecer o solo onde plantam, para fazerem o uso correto de adubos e fertilizantes”, enfatizou. 

Entrega de certificados

Outro serviço oferecido pela Seagri, por meio da Emdagro, no ‘Sergipe é aqui’, foi a emissão e entrega do Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF). A agricultora Maria Aparecida dos Santos, do povoado Acensso, na zona rural de Dores, veio ao Colégio Estadual General Calazans para receber seu CAF. “É um documento que todos nós agricultores familiares precisamos ter e foi de grande importância para minha aposentadoria”, disse a produtora rural, que é viúva e tem três filhos. 

O casal Marleide Alves e José Renilson de Souza Dantas, que possui um sítio no povoado Mundo Novo, em Dores, também esteve no local para receber o documento da Emdagro. “Com o CAF em mãos, a gente consegue acesso a um empréstimo no banco para investir em nossa roça e colocar outros projetos pra frente”, disse o agricultor, que planta mandioca, feijão, entre outras culturas, e agora vai investir também na criação de gado de corte.

 

Emdagro intensifica fiscalização sobre o trânsito e a comercialização de mudas cítricas

A medida visa coibir o trânsito de mudas clandestinas em Sergipe.

As mudas cítricas têm papel de destaque na cadeia produtiva do estado e tem recebido manutenção do status fitossanitário de ‘livre de pragas quarentenárias’ dos citros. Para manter a proteção dos pomares sergipanos, a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca, tem intensificado as fiscalizações sobre o transporte e comércio dessas mudas. A medida visa coibir a prática ilegal das já conhecidas mudas clandestinas que não possuem origem definida, uma vez que os materiais usados na produção delas não possuem certificação fitossanitária e apresentam alto o risco de estarem contaminados com pragas e doenças.

Além da realização de “blitz” em rodovias federais e estaduais, principalmente na região centro-sul do Estado, a equipe da fiscalização agropecuária da Emdagro tem intensificado os trabalhos na divisa com o estado da Bahia e feiras livres dos principais municípios sergipanos produtores de citros. “Mudas cítricas clandestinas são produzidas fora de ambiente protegido, utilizando como substrato o próprio solo e sem nenhum tipo de certificação, não garantindo ao produtor a origem genética e, tampouco, a isenção de pragas e doenças”, é o que observa a diretora de Defesa Animal e Vegetal da Emdagro, Aparecida Andrade.

Segundo ela, o HLB Greening é um exemplo de doença extremamente perigosa para a citricultura brasileira e uma ameaça à citricultura mundial. “Essa doença pode atingir todas as variedades e espécies de citros e não há medidas de controle capazes de eliminá-la completamente”, alertou a diretora. Ela reforça que a Emdagro sempre orienta a aquisição de mudas cítricas certificadas, ou seja, que são produzidas em viveiros telados, utilizando substrato livre de patógenos, com identidade genética livre de pragas e doenças, e obedecem a padrões estabelecidos em normatização federal.

Outras doenças

Outras doenças bastante importantes para a cultura são o cancro cítrico e a leprose. A primeira, por exemplo, afeta todas as espécies e variedades de citros de importância comercial. Os impactos desta doença estão relacionados à desfolha de plantas, à depreciação da qualidade da produção, pela presença de lesões em frutos, à redução na produção pela queda prematura de frutos e à restrição da comercialização da produção para áreas livres da doença.

Já a leprose é uma das principais doenças da citricultura e atinge, principalmente, laranjeiras doces. Nos frutos as lesões geralmente são rasas e necróticas, distribuídas por toda a superfície. Nos frutos verdes, observa-se um halo amarelo em torno da lesão e, à medida que ele amadurece, as lesões se tornam escuras e pouco deprimidas.

Serviço de Inspeção da Emdagro trabalha na regularização de mais um laticínio em Sergipe

Laticínio Milk Vida, em Porto da Folha, recebeu a visita da equipe técnica da Emdagro.

Um trabalho importante desenvolvido pela Emdagro é a regularização dos estabelecimentos de produção de queijo para a obtenção do Serviço de Inspeção Estadual (SIE) dos produtos de origem animal, na qual tem sua qualidade sanitária avaliada. Essa ação garante que a produção de alimentos esteja apta ao consumo e permite a comercialização destes produtos entre os diversos municípios Sergipanos. Exemplo dessa realidade, o Laticínio Milk Vida, localizado no Povoado Junco, em Porto da Folha, de propriedade de Carlos José Soares, recebeu, na última semana, a visita técnica da equipe da Emdagro para acompanhamento das orientações demandadas pelo Serviço de Inspeção de Produto de Origem Animal, para a emissão do SIE.

A vistoria foi realizada conjuntamente com os técnicos da Emdagro da Inspeção e Engenharia e técnicos da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), que discutiram os aspectos técnicos construtivos, as alterações detalhadas dos projetos arquitetônicos, hidráulicos e sanitários em comparação com os aspectos executivos checados com as normas técnicas. “As discussões se estenderam sobre a operacionalidade do empreendimento, considerando o fluxo de produção, armazenamento, conservação e expedição, além das medidas sanitárias implantadas com a participação da equipe técnica do empreendimento”, comentou a coordenadora da inspeção de produto de origem animal, a médica Veterinária da Emdagro, Tâmara Roxana.

De acordo com a diretora de Defesa Animal e Vegeta da Emdagro, Aparecida Andrade, as visitas técnicas multiprofissionais são importantes para orientar os produtores a conquistarem novos mercados através da certificação do SIE. “Importante enfatizar que é indispensável a regularização dos estabelecimentos, pois aqueles que não possuem o registro são considerados clandestinos, podendo ter seus produtos apreendidos e destruídos pelas autoridades competentes” esclarece.

Com os desafios que vêm encontrando e suas conquistas e sonhos sendo realizados, o produtor José Carlos Soares, proprietário do Laticínio Milk Vida, não esconde o orgulho de está próximo de conseguir o selo do Serviço de Inspeção Estadual (SIE). “Há menos de 10 meses o projeto que fizemos era para uma fábrica de até 2 mil litros/dia, mas depois de conseguir um bom negócio com a aquisição da antiga instalação da Coopeagril, situada em Porto da Folha, solicitei ao engenheiro para alterar o projeto para uma indústria de capacidade de até 20 mil litros/dia. Por isso, nossa gratidão a toda a equipe técnica da Emdagro e Seagri pela visita realizada. Agradeço também o governador Fábio Mitidieri pela preocupação com a geração de emprego e renda no Estado. É a realização de um sonho em poder vender meus produtos legalizados direitinho e para todo Sergipe, e , quem sabe além fronteiras”, destacou o produtor.

Nascem as primeiras bezerras do programa de inseminação artificial Mais Pecuária Brasil

Produtores de qualquer município que tenham interesse em participar desse programa devem procurar um escritório da Emdagro, levando documentação específica


Melhorar geneticamente o rebanho bovino de Sergipe é uma das metas do Governo do Estado. Para alcançar esse objetivo, uma das principais ações tem sido a realização do programa Mais Pecuária Brasil, de Inseminação Artificial por Tempo Fixo (IATF). Realizado pela Confederação Nacional de Agricultores e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer), em todo o país, o programa é coordenado em Sergipe pela Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), por meio da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), e já começou a render frutos. Nesta semana, nasceram no município de Itabi, no médio sertão, as duas primeiras bezerras resultados da inseminação feita em agosto do ano passado. O processo ocorreu na fazenda Bacurada, do produtor Orlando Meneses Neto, localizada no povoado Boa Hora.

Com foco em rebanhos de pequenos produtores, o programa IATF teve um percentual de prenhez de 55% das 402 matrizes inseminadas em 2022 no Estado de Sergipe. Além de Itabi, também foram contemplados os municípios de Amparo do São Francisco, Nossa Senhora de Lourdes, Lagarto, Monte Alegre, Nossa Senhora da Glória, Poço Verde e Porto da Folha. De acordo com a médica veterinária Izildinha Dantas, coordenadora de Pecuária da Emdagro, esse é um índice percentual considerado bom.

“Os técnicos da Conafer têm elogiado esse resultado. Em breve, também teremos bezerros de Nossa Senhora de Lourdes, onde a IATF ocorreu no dia subsequente à de Itabi”, disse, destacando que o programa tem resultados em produção e produtividade muito significativos, com alta qualidade genética, como constatado a partir dos animais de Itabi.

Para ser atendido pelo programa, o beneficiado precisa ser produtor familiar, com rebanhos de até 50 vacas e instalações mínimas (brete) para contenção dos animais. Estes precisam ser vacinados contra brucelose e febre aftosa, vermifugados, descarrapatizados e mineralizados. “A aceitação ao programa IATF é grande, mas ainda percebemos uma certa dificuldade de atendimento aos requisitos. Por outro lado, é muito gratificante para nós, que participamos do trabalho, ver a alegria dos produtores que já foram contemplados em outros projetos quando nascem os produtos desse trabalho de inseminação”, destacou Izildinha.

 


É o caso do pequeno produtor José Lima Júnior, mais conhecido na região de Poço Redondo como Najo Cachimbeiro. Com um plantel de 38 cabeças de gado, ele realizou pela primeira vez a inseminação apenas como produtor. Das duas vaquinhas inseminadas, uma deu cria. Há pouco mais de um ano, José Lima participou de um treinamento para capacitação de novos inseminadores, promovido pelo Governo do Estado, por meio da Seagri e da Emdagro, em parceria com a indústria de Laticínios Betânia. Ele próprio inseminou seus animais. “Estou muito satisfeito pelo resultado positivo. Das 13 fêmeas que inseminei, nove ficaram prenhes. Agora, é só esperar o período certo para o nascimento dos bezerrinhos”, comemorou o produtor, que reside em um território quilombola, no povoado Serra da Guia.

Segundo o secretário de Estado da Agricultura, Zeca Ramos da Silva, com o IATF, o Governo de Sergipe cumpre um papel de indutor de desenvolvimento da cadeia produtiva do leite, economicamente importante para o estado. “Os projetos visam dar mais sustentabilidade à cadeia do leite em Sergipe, com o aumento da produção de leite e da produtividade.Isto deve ocorrer em consequência da participação de animais provados geneticamente, através do uso de uma tecnologia mais avançada para o pequeno produtor”, comentou.

Meta para 2023

O diretor de Assistência Técnica e Extensão Rural da Emdagro, Jean Carlos Nascimento, observa que a previsão para 2023 é fazer a inseminação de 500 a 600 animais, atendendo tanto à pecuária de leite como à de corte. “Até o momento, já temos 15 produtores cadastrados, e um número de 181 vacas selecionadas. A ação ocorrerá nos municípios de Boquim, dia 21 de junho, e Riachão do Dantas, dia 3 de julho”, declarou, frisando que o programa está disponível para todos os municípios, desde que os produtores atendam os requisitos. O diretor informou ainda que o produtor de qualquer município que tenha interesse em participar deve procurar um escritório da Emdagro munido de documento pessoal (RG, CPF ou CNH), comprovante de residência, documento da propriedade e declaração de vacinação contra aftosa e brucelose.


“Em 2023, esperamos ultrapassar a meta do programa, com a inseminação de animais das raças holandesa, gir leiteiro, girolando e guzerá, para rebanho de leite. Para rebanho de corte, pretendemos inserminar animais das raças Nelore, Brasford, Brangus, Polled Hereford e Angus”, reforçou Jean Carlos, ao explicar que as raças são escolhidas pelo produtor. Para tanto, é necessária a orientação de um técnico da Emdagro, que verifica a genética existente na propriedade, a disponibilidade de alimentos e o tipo de manejo, entre outros aspectos.

Sergipe realizará simulado de preparação para que estado obtenha certificado de zona livre de febre aftosa sem vacinação

 
Ação acontecerá nos dias 27 a 31, em Aracaju e Lagarto, com o objetivo de treinar médicos veterinários em respostas rápidas e efetivas às possíveis ameaças da doença
 

Há 27 anos como zona livre da febre aftosa com vacinação, Sergipe agora está em vias de obter também o certificado de zona livre da doença sem vacinação. Para isso, o menor estado da federação precisa estar preparado para qualquer tipo de emergência. Diante dessa realidade, a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) estará realizando, no período de 27 a 31 de março, o primeiro simulado de atendimento à suspeita de febre aftosa, com o objetivo de treinar médicos veterinários em respostas rápidas e efetivas às possíveis ameaças da doença.

O simulado conta com o apoio e metodologia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e está dividido entre aulas teóricas e práticas, que acontecerão em dois momentos. As aulas teóricas serão realizadas em Aracaju, nos dias 27 a 29 e as aulas práticas, nos dias 30 e 31, no município de Lagarto, região centro sul de Sergipe. Serão abordados temas como a implementação das ações do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PNFA), a situação epidemiológica na América do Sul, os aspectos clínicos e epidemiológicos da doença no mundo e, na parte prática, um simulado de campo, em quatro propriedades já definidas.

De acordo com a diretora de Defesa Animal e Vegetal da Emdagro, Aparecida Andrade, o treinamento é de fundamental importância para o processo de retirada da vacina contra a febre aftosa no Estado. “O simulado tem como objetivo fortalecer os conceitos a respeito da epidemiologia, vigilância e ocorrência da febre aftosa. Também sobre os procedimentos a serem aplicados em cada uma das fases de investigação, de uma suspeita de doença vesicular, no atendimento de animais, colheita de material, biossegurança e fase de alerta dos casos suspeitos e prováveis de doença vesicular”, explicou.

O diretor-presidente da Emdagro, Gilson dos Anjos, vê com muita expectativa toda essa movimentação de retirada da obrigatoriedade da vacinação, nos próximos anos, em Sergipe. “Com a realização do simulado, o estado demostrará ao Ministério da Agricultura que estará preparado para a retirada obrigatória da vacinação contra a febre aftosa. Por meio dessa ação, teremos a oportunidade de treinar os médicos veterinários do serviço oficial da empresa, naquelas ações que devem ser tomadas, diante de uma situação real de emergência sanitária”, frisou.

Assistência técnica permanente da Emdagro reconhece e valoriza trabalhadoras rurais

 
Ferramenta metodológica foi criada para facilitar e ajudar no dia a dia da trabalhadora rural
 

Neste 8 de março, quando se comemora o Dia Internacional da Mulher, muito tem o que se destacar pelo protagonismo da mulher no desenvolvimento do setor agrícola, em Sergipe. Além do cuidado com a família, elas se destacam na produção de alimentos, na criação de animais, produção de artesanato, no plantio desde a semeadura até a colheita de forma sustentável e ainda são exemplos como guardiãs da biodiversidade. As mulheres trabalhadoras rurais também têm conquistado maior visibilidade e reconhecimento de seu papel na segurança da renda familiar.

O trabalho permanente de assistência técnica e extensão rural desenvolvido pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) e de sua vinculada, a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), vem motivando as mulheres trabalhadoras do campo a avançarem ainda mais em seu trabalho diário a exemplo de ações como horta comunitária com abordagem sustentável, assistência à criação de animais como ovinocaprinocultura e avicultura, artesanato e a aplicação de método monitoramento com as cadernetas agroecológicas.

Ferramenta metodológica criada para facilitar e ajudar no dia a dia da trabalhadora rural, as cadernetas agroecológicas contribuem para o entendimento de que a produção agrícola não lhe traz apenas uma renda complementar, e sim essencial. “Nelas as mulheres agricultoras anotam a produção obtida, considerando os produtos que consomem, vendem, trocam ou fazem doação, o que tem contribuído muito para mensurar o empoderamento econômico dessas trabalhadoras rurais, assim como tem feito a conexão com diversas políticas públicas”, observa Abeaci dos Santos, gestora de Organização e Desenvolvimento Social da Emdagro.

“A ferramenta auxilia especialmente na Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, a exemplo quando se discute as formas de aproveitamento dos alimentos, os desperdícios no momento da colheita e do transporte, do acondicionamento dos produtos e ainda a preocupação com o alimento seguro e livre das práticas intolerantes ambientais”, ressaltou.

Abeaci explica que, a partir da abertura e apoio oportunizado pela Constituição Federal de 1988, observou-se que as mulheres trabalhadoras rurais começaram a participar de diversas organizações, fortalecendo ainda mais suas lutas, em busca da ampliação de oportunidades de trabalho e renda, e contribuindo de forma mais concreta com o crescimento e desenvolvimento de suas comunidades, seus municípios e do próprio país. 

“Foi durante esse processo que ocorreu a inserção das mulheres, de forma definitiva, nos espaços produtivos, nos mercados e na comercialização dos produtos, fato que caracteriza uma coisa que chamamos de Negócio Agrícola, visto que as mulheres passaram a entender que era possível dar um rumo diferenciado às suas atividades produtivas”, destacou Abeaci. “Também devemos considerar o manejo sustentável dos recursos naturais, que é uma marca importante da base econômica das mulheres e com isso, elas vão ganhando notoriedade”.

A produtora rural Ângela Maria de Jesus Feitosa, de 56 anos, fala com orgulho de tudo que conquistou na agricultura até hoje. Natural de Aquidabã, é a segunda do total de nove filhos, de um casal de agricultores, e mãe de duas filhas, criadas e educadas graças à força e perseverança de seu trabalho na terra, conforme ela faz questão de ressaltar. “Tenho uma filha engenheira florestal, formada pela Universidade Federal de Sergipe e a mais nova também já cursando a faculdade e isso se deve ao meu esforço, juntamente com meu marido, em nosso pedaço de terra, onde plantamos desde hortaliças a batatas, mandioca, feijão, inhame, macaxeira, entre outras culturas, sempre observando e respeitando o meio ambiente”, disse a agricultora que planta e comercializa seus produtos na Colônia Treze, município de Lagarto. “Devo muito do que conquistei até hoje à Emdagro, por ter me dado o conhecimento necessário, por meio de cursos e tecnologias apresentadas que me ajudaram muito a chegar até aqui”, ressaltou Ângela.     

Encontro no Dia da Mulher
Para marcar o Dia das Mulheres com as mulheres do campo, a Seagri, por meio da Emdagro, realiza encontro com as trabalhadoras rurais da comunidade Piragi, município de Capela. Na oportunidade será feita uma avaliação sobre as ações já realizadas e debate com as agricultoras sobre “Diversificação de Cultura”. A comunidade já é atendida com o projeto de horticultura, com distribuição de sementes de hortaliças.

* Matéria produzida pela SEAGRI

Última atualização: 14 de março de 2023 11:35.