Sergipe inicia 2ª etapa da campanha contra a febre Aftosa

Nessa etapa da campanha deverão ser imunizados mais de 1 milhão de bovinos de todas as idades

Cerca de um milhão e cem mil bovinos e bubalinos de todas as idades serão alvo da segunda etapa da campanha de vacinação contra a febre Aftosa, que começa hoje dia 1º e termina no próximo dia 30 de novembro. Segundo a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), as vacinas podem ser compradas em uma das 100 revendedoras autorizadas a partir do início da campanha e mantidas entre 2°C e 8°C, desde a aquisição até o momento da aplicação – incluindo o transporte e a aplicação – já na propriedade.

Além de vacinar o animal, o produtor deve também declarar junto à Emdagro, cuja declaração pode ser feita presencialmente nos escritórios do órgão, nos municípios, ou através do e-mail: codea@emdagro.se.gov.br ou pelo aplicativo de mensagens WhatsApp, através do número 79 9 9191-4341. “Os criadores terão todo o mês de novembro para vacinarem seu rebanho e a declaração pode ser feita na medida que eles foram vacinando seus animais, contudo, esse prazo de declaração será até o dia 10 de dezembro”, frisou a responsável pelo Programa Nacional de Vigilância da Febre Aftosa da Emdagro, Adriana Frias.

A vacinação é obrigatória e de responsabilidade dos proprietários de bovídeos. Se o criador optar em fazer sua declaração presencialmente, deverá comparecer a um dos escritórios da Emdagro munidos com o formulário de declaração do rebanho, que deve ser preenchido após a vacinação dos animais, discriminando a quantidade de bovídeos existentes e vacinados, de acordo com o sexo e idade, bem como o total de animais de outras espécies.

“Enquanto não imunizar e não comprovar a vacinação dos animais, o produtor não tem permissão para transitar com o rebanho e comercializar os produtos cárneos e lácteos obtidos de sua criação. Além disso, estão sujeitos a sanções administrativas”, reforçou Adriana Frias.




Programa de incentivo à vacina contra a Brucelose vai imunizar até 10 mil bezerras

Agricultores familiares, colonos, assentados, indígenas e quilombolas que possuem até dez vacas podem acessar o Programa do Governo do Estado de incentivo à vacinação contra a Brucelose bovina. O objetivo da campanha é vacinar gratuitamente até 10 mil bezerras, de 3 a 8 meses que residam em municípios do Territórios do Alto e Médio Sertão e municípios adjacentes com influência significativa na bacia leiteira sertaneja.

O programa tem parceria com a Secretaria de Estado da Agricultura e Desenvolvimento Rural (Seagri), a Secretaria de Assistência Social, Seas, e a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), e beneficiará os pequenos produtores de assentamentos, de áreas quilombolas, de crédito fundiário e colônias.

Segundo a coordenadora do projeto, Izildinha Dantas, o produtor que solicitar a vacina receberá a visita do veterinário, que aplicará a vacina B19, e fará o levantamento do rebanho, cadastrando os animais no Sistema de Integração Agropecuária, SIAPEC, do Ministério da Agricultura. Em contrapartida, o produtor só precisa reunir as bezerras na data agendada, fornecer informações sobre o rebanho, e apresentar documentos de identificação pessoal e da propriedade, explica a equipe técnica da Emdagro.

O programa terá duração de cinco meses e para informar-se sobre a vacinação, o produtor deverá entrar em contato através do Whatsapp da Coordenadoria de Pecuária 79 99851-0808 ou visitar escritórios locais da Emdagro.

Para Dantas, com a vacina, os produtores vão proteger a sua própria criação e, consequentemente, a saúde dos consumidores dos alimentos derivados da sua produção. “A vacina servirá para o controle de doenças nos animais e para a saúde pública, já que a doença é transmissível pelos alimentos como o leite, a carne”, completa.

Prazo de transição da Declaração de Aptidão ao Pronaf para o Cadastro Nacional de Agricultura Familiar encerra dia 31 de outubro

A Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) continuará sendo emitida até o fim de outubro, quando será substituída pelo Cadastro Nacional de Agricultura Familiar (CAF)


O Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF), a partir do mês de novembro, substituirá a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP). O documento é a porta de entrada do agricultor familiar para fins de acesso às políticas públicas de incentivo à produção, geração de renda e aos empreendimentos familiares rurais apoiados com recursos públicos. Em Sergipe, a Secretaria de Estado da Agricultura informa que continuará emitindo a Declaração de Aptidão pela Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) e pela Pronese até dia 31 outubro, com validade de dois anos.

A mudança está sendo feita pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que desenvolveu um novo sistema eletrônico para registro, o CAF, com mecanismos capazes de reconhecer adequadamente a categoria de produtores rurais definida pela Lei da Agricultura Familiar e pelo Decreto 9.064/2017. A nova plataforma será integrada às bases de dados do governo federal, o que possibilitará a imediata validação das informações declaradas pelo agricultor.

O agricultor familiar Henrique Rogério dos Santos Ribeiro, do município de Laranjeiras, foi o primeiro pequeno produtor a receber o seu CAF emitido pela Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) diretamente das mãos do presidente do órgão, Jefferson Feitoza de Carvalho. “Hoje o Henrique recebe o cadastro que o identifica e o qualifica como beneficiário do Programa Nacional da Agricultura Familiar, instituído pela Lei nº 11.326 de 2006. A Emdagro para poder emitir o documento precisou fazer parte da Rede de Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (Rede CAF)”, explicou o presidente.

Segundo o chefe da Divisão de Crédito Fundiário da Emdagro, Deodato Lima Filho, o sistema estará aberto até o dia 31 de outubro para inscrição ou atualização da DAP. “De acordo com o Ministério da Agricultura, a emissão da DAP continuará sendo feita somente até o dia 31 de outubro de 2022, mas até lá os dois sistemas (DAP e CAF) estão disponibilizados para as instituições já habilitadas. Somente a partir daí, em novembro, apenas a emissão do CAF estará disponível para habilitar e qualificar o agricultor familiar e essa inscrição terá caráter permanente e a validade do registro será renovada a cada dois anos”, esclareceu.

Deodato acrescentou ainda que a transição entre os sistemas está se dando normalmente e que os beneficiários que possuem DAP válida podem ficar tranquilos, pois à medida que elas perderem a validade, novas inscrições serão emitidas por meio do CAF. “Essa implementação ocorrerá de forma gradativa e regionalizada, visando garantir que não ocorra a interrupção do acesso dos agricultores familiares às principais políticas públicas, por isso, não é necessário que o beneficiário se antecipe ao fim da vigência de sua DAP, que tem validade de dois anos”.

São divulgados critérios e prazos para inscrição no Programa Mão Amiga Bacia Leiteira

Lista com criadores de gado leiteiro enquadrados nos critérios sai dia 10 de outubro e pagamento do benefício inicia no mês de dezembro


Técnicos da Empresa de Desenvolvimento Agropecuária de Sergipe (Emdagro) vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca, em parceria com a Secretaria de Estado da Inclusão e Assistência Social (Seias) estão encaminhando o cadastramento para atender os beneficiários do Programa “Mão-Amiga – Pró-Sertão Bacia Leiteira”, no próximo exercício. No último dia 27 de setembro, os técnicos estiveram em Nossa Senhora de Lourdes com o objetivo de orientar os técnicos da prefeitura municipal sobre a inclusão do município na próxima etapa do programa e sua operacionalização, onde na oportunidade foram explicados os procedimentos, critérios, inscrição, cadastramento e prazos para encaminhamento da documentação para a Seias.

Segundo a secretária de Estado da Inclusão e Assistência Social, Lucivanda Nunes Rodrigues, o Programa já atendeu cerca de 2.158 pequenos criadores de bovinos de seis municípios do Sertão sergipano (Canindé de São Francisco, Gararu, Monte Alegre, Nossa Senhora da Glória, Poço Redondo e Porto da Folha). Com a inclusão do sétimo município, aproximadamente 320 famílias de Nossa Senhora de Lourdes podem ser beneficiadas a partir deste ano. O Programa Mão Amiga nas modalidades cana-de-açúcar, laranja e bacia leiteira garante benefício de R$ 1.000,00 para cerca de 12 mil famílias, conforme reajuste concedido em 2022. “No Orçamento deste ano, o Programa Mão Amiga tem garantido cerca de R$ 10 milhões. Além disso, dada sua importância para o trabalhador, já está assegurada previsão no orçamento para 2023”, informa a secretária.

De acordo com o coordenador de Desenvolvimento Rural da Emdagro, Ary Osvaldo Bomfim, o criador deve procurar os escritórios da Emdagro nos municípios do Alto Sertão no período entre os dias 10 a 30 de outubro. Trabalho este que será feito em parceria com as secretarias municipais da Agricultura e da Assistência Social. “Serão beneficiados pequenos criadores que possuem até 10 cabeças e que se encontram adimplentes com a vacinação de aftosa conforme informado no Sistema de Integração Agropecuária – Siapec”, disse Ary Osvaldo. Ele acrescentou que os criadores beneficiados vão receber quatro parcelas de R$ 250,00 e, em contrapartida, terão a obrigação de vacinar as fêmeas contra brucelose.

Critérios

A Emdagro orienta que os produtores observem se estão enquadrados nos seguintes critérios para acessar ao benefício: possuir de 01 a 10 cabeças de bovinos leiteiros, desde que possua no mínimo uma fêmea no rebanho leiteiro; a propriedade deve estar localizada no Território do Alto Sertão Sergipano; as famílias beneficiadas devem ser selecionadas a partir do Cadastro Ativo no Sistema de Integração Agropecuária do Ministério da Agricultura – Siapec III; o programa deve beneficiar somente um membro da Unidade Familiar; o criador deve apresentar como contrapartida a vacinação de brucelose das fêmeas do rebanho leiteiro; o pagamento da quarta parcela está condicionado à vacinação do rebanho.

Segundo a Seias, o pagamento do benefício se inicia no próximo mês de dezembro. A estimativa total de investimentos para o Programa “Mão-Amiga – Pró-Sertão Bacia Leiteira”, conforme previsão legal, poderá alcançar o montante de até R$ 3,7 milhões, beneficiando até 3.700 criadores.

Sobre o programa

Criado em 2021, o Programa Pró-Sertão na modalidade Bacia Leiteira tem por finalidade mitigar os efeitos da seca na cadeia produtiva do leite no território do Alto Sertão Sergipano, visa também capacitar as famílias beneficiadas com vistas ao aumento da produtividade e qualidade do leite produzido, assim como incentivar o cuidado com a saúde do rebanho e da população.

Emdagro aborda suinocultura em dia de campo sobre agroecologia

Reunindo 20 agricultores, evento foi organizado pela Prefeitura de São Cristóvão com o apoio da Emdagro, Sebrae e Projeto S.O.S Abelhas


Em São Cristóvão, 20 agricultores do Povoado Candeal e adjacências participaram de Dia de Campo, para uma produtiva troca de experiências sobre suinocultura, avicultura e apicultura, e discussão sobre as potencialidades da região. O evento foi promovido pela Diretoria de Agricultura da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico de São Cristóvão, com a participação do chefe do escritório local da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) no município, engenheiro agrônomo Renato Figueiredo, que abordou a temática da importância da criação de suínos dentro dos parâmetros agroecológicos.

Além do técnico da Emdagro, também participaram do evento representantes do Sebrae, que trataram sobre o tema da avicultura; e os apicultores do Projeto S.O.S Abelhas, que demonstraram o trabalho realizado através das abelhas sem ferrão. “Essas são três atividades que prometem ser rentáveis nessa área do nosso município, haja vista que, nos próximos anos, ela passará por uma grande expansão, com o advento da rodovia Irmã Dulce, que interligará o Centro Histórico de São Cristóvão ao aeroporto de Aracaju”, avaliou Anderson Cardoso, diretor de Agricultura da secretaria de Desenvolvimento Econômico de São Cristóvão.

Ele destacou a importância, para os agricultores locais, do trabalho desenvolvido pela Emdagro na assistência técnica e extensão rural (ATER) e desse intercâmbio de conhecimentos. “Uma troca de experiências entre os proprietários que já têm um trabalho com avicultura, com os apicultores do Projeto S.O.S Abelhas, Sebrae e a Emdagro é muito importante. A Emdagro, como sempre, tem sido uma parceira essencial, não só por seu conhecimento técnico, mas tambpem por trazer para os nossos agricultores informações sobre documentos, a exemplo da DAP [Declaração de Aptidão ao Pronaf]”, disse Anderson.

O agricultor José Renilson Barros, conhecido com Dedé da Verdura, definiu o evento como “uma maravilha”, diante da importância dos temas abordados. “Tem acontecido coisas boas aqui no povoado. O primeiro e o segundo dia de campo ocorreram lá em nossa propriedade, na nossa horta, e hoje está sendo aqui na propriedade de Luciano, o que é maravilhoso. Esse encontro é muito bom, por trazer e levar experiências sobre agroecologia, um tema bastante importante para debatermos”, salientou. Luciano Nascimento de Jesus também relatou ter se sentido gratificado por recepcionar o dia de campo em sua propriedade. “Estou muito feliz pelo apoio do pessoal da prefeitura de São Cristóvão, da Emdagro e da Associação; e nos colocamos sempre à disposição para realizar outros eventos como esse aqui”, disse o agricultor.

Em sua abordagem sobre a criação de suínos nos parâmetros agroecológicos, o chefe do Escritório Local da Emdagro em São Cristóvão, Renato Figueiredo, destacou a importância da criação de pequenos animais (aves e suínos) como forma de se obter uma fonte natural de nitrogênio, se manejados de forma agroecológica. “Tratamos também da importância dos minerais das rochas para saúde do solo, das plantas e animais, promovendo por consequência a saúde dos agricultores e consumidores dos produtos agroecológicos”, afirmou. Renato abordou, ainda, o problema gerado pelos dejetos suínos e orientou os agricultores sobre como testar novas formas de abordar e alterar o manejo da criação, com o objetivo de resolver o problema. “Por isso é importante o uso de bioinsumos sólidos e líquidos, como forma de recuperar a saúde do solo e das plantas”, concluiu.




























Técnicos da Emdagro realizam visita técnica à propriedade agroecológica em São Cristóvão

O assessoramento técnico é uma das ferramentas para o sucesso de qualquer negócio. Na lavoura essa atividade se dá por meio de profissionais Engenheiros Agrônomos e Técnicos Agrícolas, Médicos Veterinários entre outros da área afim, que, juntamente com o agricultor, avaliam as potencialidades da propriedade, elaboram projetos e são responsáveis pela assistência técnica e o acompanhamento junto aos produtores desde o planejamento, definição de insumos necessários, prospecção de mercados, até a fiscalização de produtos para a comercialização. É assim que a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe – EMDAGRO leva conhecimento ao homem do campo.

Na última semana, os Engenheiros Agrônomos Ary Osvaldo Bomfim, Elizabeth Campos e Maria Cleusa realizaram visita técnica para conhecer o desenvolvimento da cultura do açaí, o sistema de produção adotado, bem como o beneficiamento e comercialização da produção e prestar o apoio e acompanhamento técnico requeridos.

A propriedade Recanto da Gigi, do agricultor Alex Monteiro Gomes Ferreira, fica localizada no Município de São Cristóvão, a 22 km da capital Aracaju. Há 8 anos ele explora e beneficia o açaí, transformando em polpa e geleia, aproveitando, ainda, as sementes para produção de café de açaí. Sendo a diversidade de cultivos uma das práticas que preconiza, também tem plantado na área outras espécies tais como o cupuaçu e o mogno e preserva a vegetação nativa existente. “Adotamos aqui na propriedade um sistema de produção sustentável, com a utilização de técnicas e práticas agroecológicas, como a cobertura permanente do solo, para evitar formação de processos erosivos e a compostagem, por exemplo. Tudo isso tem favorecido a melhoria das condições físico químicas do solo e contribuído para a biodiversidade funcional através da ciclagem de nutrientes, evitando o desequilíbrio ecológico”, contou o agricultor.

“A Emdagro tem um papel fundamental de apoiar, fomentar e prestar assistência técnica a produtores interessados em adotar práticas que promovam mudanças e transformações e dar inicio ao processo de conversão para sistemas produção sustentáveis, o que além do reequilíbrio do ecossistema poderá trazer agregação de valor a seus produtos”, comentou o Coordenador de Desenvolvimento Rural, Eng. Agrº Ary Bomfim.

Ary aproveitou a visita técnica e orientou o agricultor a realizar a análise de solo por meio do programa desenvolvido pela Emdagro para esse fim, com apoio do Eng. Agrônomo Renato Figueiredo, chefe do escritório local da Emdagro em São Cristóvão. Além disso, foi recomendado pelas eng. agrônomas Elizabeth e Cleusa o envolvimento com outros produtores orgânicos da região com a finalidade de criar uma organização formal para certificação e venda da produção. Visitas técnicas têm comprovado que, com interesse, trabalho, orientação técnica e práticas integrativas, é possível recuperar o solo, preservar o meio ambiente e produzir de forma sustentável.









Novos estudos da tuberculose bovina vão definir a prevalência da doença em Sergipe

O exame é a única forma de prevenção para a tuberculose em animais


A tuberculose bovina é uma doença perigosa e que afeta criadores em todo o Brasil. Apesar de não haver dados suficientes sobre os números de casos da doença em Sergipe, ela está presente no nosso Estado, e sua única forma de prevenção é o exame. Este cenário deve mudar, em breve, com a realização de novas pesquisas na área, que ajudarão a definir dados reais dos casos da doença no Estado.

De acordo com Edizio Oliveira de Azevedo, professor de doenças epidemiológicas e infecciosas de animais domésticos, da Universidade Federal de Sergipe, UFS, a frequência de casos de tuberculose nos abatedouros é baixa, o que não quer dizer que a doença seja incomum. “Na hora do abate nos matadouros, sempre aparece um ou outro animal com lesões semelhantes às de tuberculose. A frequência é baixa mas não diria que são raros”, completa.

Com o intuito de difundir a importância da prevenção e avançar em algumas pesquisas nessa área, a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe, EMDAGRO, e a UFS, estão ajustado um convênio para uma pesquisa que levantará dados sobre os casos de lesões da doença no Estado. “A ideia é que os inspetores nos enviem as amostras das lesões nos animais para que possamos analisá-las nos laboratórios e saber se são lesões de tuberculose”.

Nos animais, as lesões podem surgir em diversos órgãos e tecidos, como pulmões, fígado, baço e até nas carcaças. No entanto, a depender da fase de infecção, as alterações causadas pela tuberculose são imperceptíveis. Devido à ausência de uma vacina para a doença em animais, o animal doente deve ser isolado do contato com os outros e realizado um teste para saber confirmar a doença. Com o resultado positivo, os animais são abatidos.

O veterinário da EMDAGRO, Diogo Telles Corcunda Maia, reforça que exame preventivo é o grande aliado do criador para o controle e prevenção da doença. Segundo Maia, apesar de existir um Programa de Controle Nacional da Brucelose e Tuberculose, Sergipe ainda está atrasado no que diz respeito ao cumprimento das normas deste. No entanto, este cenário poderá mudar com a realização do inquérito nacional para identificar a doença – que em Sergipe terá início em Outubro -, através do Ministério da Agricultura e Universidade Federal de São Paulo – UPS. Segundo o veterinário, trata-se de um estudo sorológico da tuberculose para identificar a prevalência da doença, e decidir quais medidas tomar a partir dos resultados – seja manter o controle ou fazer a erradicação da doença. “Em Sergipe, os casos não são altos, mas acredito que pode ser devido a uma subnotificação. Com este inquérito, teremos um estudo real dos casos da doença em Sergipe, aproximando-nos da realidade”.

Enquanto, o estudo toma forma ao redor do Brasil e em breve no nosso Estado, profissionais da área são unânimes sobre importância do exame preventivo e incentivam os criadores a testarem seus animais com frequência. A prevenção evita prejuízos econômicos para os criadores, que podem ter todo seu rebanho contaminado, e protege a população do consumo de carne e do leite e seus derivados de animais contaminados, que comprometem a saúde do homem. “Existe um risco de infecção por ingestão da carne e do leite não pasteurizado. Essa contaminação também pode acontecer através da manipulação da carne, por exemplo antes, de ir à panela. A melhor forma de evitar danos à saúde, é conscientizar os criadores da importância do exame”, finaliza Edizio Azevedo.

Emdagro entrega sementes de arroz aos produtores do Baixo São Francisco

Produtores prejudicados pelo excesso de chuvas recebem maior quantidade de sementes


Estamos no período de plantio do arroz em Sergipe que iniciou em julho e vai até final de setembro. Para a safra 2022, os irrigantes parceleiros dos perímetros irrigados de Cotinguiba/Pindoba, Betume e Propriá, no Baixo São Francisco, receberam 125 toneladas de sementes certificadas de arroz, doadas pelo Governo Estadual, por meio da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro). Segundo os agricultores, este foi um dos anos mais aguardados para o recebimento das sementes subsidiadas pelo governo, em virtude dos danos causados pelas chuvas que afetaram a colheita do grão na safra anterior.

O presidente da Emdagro, Jefferson Feitoza de Carvalho, foi quem fez a entrega oficial, representando o Governador Belivaldo Chagas e o Secretário de Estado da Agricultura Zeca da Silva, e contou com as presenças da Secretária de Agricultura de Ilha das Flores, Celi Calulby, do Coordenador Regional da Empresa, Paulo Roberto Barbosa, dos supervisores locais dos municípios de Propriá e Neópolis, Edmundo Gualberto Batista e José Heriberto Vieira, respectivamente, e do Coordenador de Desenvolvimento Rural, Ary Bomfim.

Jefferson destacou que o programa de distribuição de sementes possibilita o incremento da produção de alimentos para consumo familiar, como também para a geração de excedentes comercializáveis, gerando emprego e renda ao produtor rural. “O Governo do Estado faz anualmente a aquisição e distribuição de sementes certificadas de arroz aos produtores da região do Baixo São Francisco, por entender a importância econômica e social dessa atividade no Estado de Sergipe”, destacou.

O presidente frisou também que, com o advento dos danos e perdas de safra no ano passado, provocados pelo excesso de chuvas e, consequentemente, acamamento da cultura de arroz, muitos produtores de arroz foram prejudicados. “Ao todo 59 produtores, 15 do perímetro irrigado de Betume e 44 do Cotinguiba/Pindoba, foram os mais prejudicados com o excesso de chuvas. Para estes produtores, o Governo do Estado distribuirá uma quantidade maior de sementes de arroz, como forma de compensação pelas perdas ocorridas, isso tudo em comum acordo com as representações dos perímetros irrigados, Secretaria de Estado da Agricultura e Emdagro”, destacou o presidente.

O secretário de Estado da Agricultura disse que Sergipe reafirmou a decisão de assegurar mais sementes para os produtores que tiveram perda total. “Não poderíamos deixar o produtor sem a condição de plantar, portanto, aqueles que tiveram perda total está recebendo mais sementes para compensar o prejuízo”. Conforme informou o secretário, citando dados do IBGE, Sergipe é o terceiro maior produtor de arroz do Nordeste com estimativa de produzir 39.281 toneladas na safra 2022, e deve manter-se como o maior em rendimento médio da região na produção de arroz com 7.654 Kg/ha.

Segundo o produtor Carlos Alberto de Freitas, conhecido como Gararu, as sementes entregues pelo Governo do Estado são de boa qualidade. “São sementes certificadas das variedades Catiana e 431 que se adaptaram muito bem à nossa região, garantindo uma produtividade muito boa, ou seja, aproximadamente 10 toneladas por hectare produzido”, contou Gararu.

Também estiveram presentes na entrega das sementes representantes da Associação do Perímetro Irrigado de Propriá, Crizelvan Souza Cardoso, da Associação do Perímetro Cotinguiba/Pindoba, João Marcos R. Santos, da Associação do perímetro irrigado de Betume, Carlos Alberto de Freitas, Genivaldo Souza Rocha e Ezio Ramos.

Emdagro fiscaliza casos de raiva em bovinos no município de Siriri

A doença é considerada uma zoonose o que pode contaminar todos os mamíferos, inclusive o homem


Médicos Veterinários da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) realizaram fiscalização em propriedades rurais no povoado Siriba, no município de Siriri, região leste do estado, para averiguar suspeitas de raiva em bovinos, equinos e asininos (jumentos) que apresentaram sintomatologia nervosa, como incoordenação motora, movimentos de pedalagem e óbitos. A doença é uma zoonose e não tem cura.

A equipe da Defesa Animal da Emdagro foi acionada pelos próprios proprietários dos animais que enviaram vídeos produzidos por celular em que mostravam alguns animais com sintomas da Raiva. “Chegamos em uma das propriedades e verificamos o óbito de um potro um jumento que apresentavam sintomatologia compatível de raiva paralítica. Na ocasião, foram coletados os materiais para análise no Laboratório Central de Sergipe (Lacen)”, disse Marcella Porto.

Segundo a Veterinária, além da coleta das amostras, a equipe da Emdagro aproveitou e orientou os proprietários sobre os cuidados e a importância da vacinação contra a raiva. “Também tivemos uma conversa com a Secretaria Municipal de Saúde/Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica do município, para que eles promovessem a vacina contra a raiva de todas as cinco pessoas que mantiveram contato com os animais doentes. E, frisamos a importância da notificação à Emdagro de casos suspeitos da doença, que pode ser feita pessoalmente, pelo telefone 3234-2634, whatsapp (79 9 9191-4341) ou pelo e-mail codea@emdagro.se.gov.br “explicou Marcella.

A veterinária informou ainda que a Emdagro é o órgão responsável por operacionalizar o Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros (PNCRH) em Sergipe. O trabalho desenvolvido pela empresa prevê a vigilância ativa em áreas de maior risco de raiva, a investigação epidemiológica e laboratorial de todos os casos suspeitos da doença em herbívoros domésticos e em morcegos. A empresa faz também o diagnóstico laboratorial acessível a todos os casos suspeitos, a vacinação estratégica dos herbívoros domésticos; o uso da pasta anticoagulante em animais espoliados por morcegos, nos rebanhos de maior risco de raiva; como também o monitoramento de morcegos hematófagos visando detecção de atividade viral nas colônias.

Na continuidade do processo, o responsável pela equipe de captura de morcegos da Emdagro foi até o local logo após a realização da fiscalização para localização e georreferenciamento de furnas e capturas de morcego.

Raiva dos Herbívoros

A raiva é uma doença letal causada por um vírus, que pode acometer todos os mamíferos, inclusive os seres humanos. Ela é transmitida por meio da arranhadura, mordedura ou lambedura de animais raivosos. Animais de produção: geralmente apresentam raiva paralítica, começando com mudança de comportamento e evoluindo para perda de apetite, andar cambaleante, dificuldade de respirar e engolir, paralisia e morte. A melhor forma de prevenção é a vacinação periódica dos animais.

Com apoio da Emdagro produtor de orgânico realiza reflorestamento em comunidade onde produz

Agricultor plantou 350 mudas florestais com apoio do Sergipetec


Técnicos do escritório central e do escritório local Itabaiana da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) participaram, no último dia 14, de um trabalho de reflorestamento na Serra de São José,  da comunidade Mangabeira, município de Campo do Brito, agreste sergipano, promovido pelo agricultor familiar e produtor de orgânicos José Adelson Fonseca, que objetivou o enriquecimento da vegetação nativa existente no local com o plantio de 350 mudas de espécies florestais.

As mudas que o agricultor familiar trabalhou para o reflorestamento foram fornecidas pela SERGIPETEC/CODEVASF através de articulação da equipe de Sustentabilidade Ambiental da Coordenadoria de Agricultura e Sustentabilidade Ambiental (COASAM), que atendeu à demanda do agricultor aproveitando o período das chuvas. “A área que estamos é uma área devastada e nós estamos reflorestando com o apoio da Emdagro, que ajudou na aquisição das mudas na Sergipetec. Não basta só destruir para cultivar, temos que também que reflorestar porque temos que pensar em nosso planeta e no futuro de nossos filhos”, alertou o agricultor José Adelson Fonseca.

Durante o trabalho, os técnicos da Emdagro esclareceram sobre a importância da atividade de reflorestamento para o meio ambiente e destacaram a necessidade de todos contribuírem para a preservação ambiental e fazerem a sua parte, restaurando a vegetação das áreas de Reserva Legal (RL) e das Áreas de Preservação Permanente (APP), a fim de preservar a biodiversidade do ecossistema entre outras funções ambientais. “Essa atividade de reflorestamento reforça o compromisso da Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) com as questões ambientais de forma a mitigar os impactos com o nosso agroecossisteemas”, comentou o chefe do escritório local da Emagro em Itabaiana, Waltenis Braga.


















Última atualização: 1 de novembro de 2022 08:26.